quinta-feira, maio 31

Bienal-SP: Transformar através dos livros

“Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas” será o tema da  22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, entre os dias 9 e 19 de agosto, que terá como homenageados os escritores Jorge Amado e Nelson Rodrigues e a Semana de Arte Moderna de 1922. O evento, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Zona Norte paulista, estará distribuído em 30 mil m² por 400 expositores. A previsão é que visitem o pavilhão, durante a Bienal, aproximadamente 800 mil pessoas.
O anúncio foi feito hoje pela comissão organizadora, que terá como curadores Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor-executivo do Museu da Língua Portuguesa, e os jornalistas Paulo Markun e Zeca Camargo.
Segundo a presidente da CBL, Karine Pansa, a  Bienal é “uma verdadeira metamorfose: de visitantes de feiras em leitores, frequentadores de bibliotecas e livrarias, motivo este que nos levou a escolher o tema 'Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas'”.
História da Bienal
A primeira Feira Popular do Livro montada pela CBL aconteceu no ano de 1951, na Praça da República, em São Paulo. Surgiu com o intuito de se introduzir no País a tradição europeia das feiras de livros que aconteciam na França, Alemanha e Itália. Em 1961, promoveu-se, em parceria com o Museu de Arte de São Paulo, a 1ª Bienal Internacional do Livro e das Artes Gráficas, que se repetiu em 1963 e 1965.
A 1ª Bienal Internacional do Livro, organizada exclusivamente pela CBL, ocorreu entre 15 e 30 de agosto de 1970, no mesmo edifício da Bienal de Arte. Esseprimeiro evento reuniu algumas centenas de editoras nacionais e internacionais e atraiu milhares de adultos, jovens e crianças. Na 2ª Bienal, em 1972, o total de visitantes chegou a 80 mil e o de expositores ultrapassou 700.
Em 1996, com o propósito de ampliar o número de expositores e proporcionar mais conforto ao público, o evento transferiu-se para o Expo Center Norte. Com o crescimento contínuo de público e expositores, em 2002, a Bienal passou a ser realizada no Centro de Exposições Imigrantes (com 45 mil m2 de área). Somente em 2006, chegou ao Anhembi – o maior Centro de Exposições da América Latina. Em 2008, na 20ª Edição, o público infanto-juvenil foi contemplado com o projeto “Ler é a Minha Praia”.
Em 2010, a CBL levou à Bienal – que passou a ser realizada pela ReedExhibitions Alcantara Machado – uma programação cultural intensa e diversificada, atraindo 743 mil visitantes e ampliando o prestígio e importância destinada a esse tipo de evento em São Paulo.

Justiça mantém casa de Conan Doyle

O Tribunal Superior de Londres acatou o recurso contra a demolição da casa, em estilo vitoriano, de sir Arthur Conan Doyle (  ) em Surrey, onde o escritor escocês escreve 13 das novelas do personagem Sherlock Holmes. Segundo a agência EFE, o juiz Rossa Cranston alegou “erros legais” na decisão de demolição pela comunidade de  Waverley, em 2010.  A autora da ação foi a fundação Undershaw Preservation Trust por considerar o valor literário e cultural da mansão desenhada pelo próprio Conann Doyle, que ali viveu de 1897 a 1907. Desde 1920 e até 2005, a casa Undershaw serviu como hotel, que fechou naquele último ano. Desde então estava se deteriorando e o projeto previa inclusive a demolição dos estábulos para a construção de uma garagem que atenderia ao condomínio de oito casas de luxo.

segunda-feira, maio 28

Caso de amor

Pode ser que haja momentos de crise. Algum desânimo, uns e outros aborrecimentos, muito trabalho. Mas tudo vale a pena, pois a alma de livreiro não é pequena, nem menor o amor por sua livraria, ou o carinho com o leitor. Não importa tamanho, quantidade e qualidade de acervo, esteja numa megalópole ou numa vila. Livreiro ama o livro em qualquer situação e ai de quem a ele (o livro) fizer algum desfeito! Ganha fácil um inimigo. Ao leitor, dispensa a dedicação, a informação, a orientação. Faz de cada um amigo, companheiro de leitura.   
Há um caso de amor entre o proprietário e os milhares de autores, vivos ou mortos, que hospeda com prazer e dedicação nas prateleiras. Alguns conhece há séculos, outros são recém-chegados. E espaço não falta para aqueles que virão. Um clubinho especial, que ainda recebe mais selecionado público: o leitor.
Se há uma razão para viver, segundo o livreiro, é a livraria. Conjuga o objeto amado à expressão de amor e carinho a cada um que chega. Enfim, livraria é um coração movido pelo amor.
E a Canto do Livro há oito anos não perde o ritmo. Feliz aniversário neste 28 de maio