Canto do Livro
Entre o pó e as traças de uma gaveta de livreiro
quinta-feira, agosto 14
Casa
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Ato de contrição
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Pelo que não fiz, perdão! Pelo tempo que vi, parado, correr chamando por mim, pelos enganos que talvez poupando me empobreceram, pelas esper...
Peste da insônia
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Uma noite, na época em que Rebeca se curou do vício de comer terra e foi levada para dormir no quarto das outras crianças, a índia que dormi...
Com outros olhos
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Da ampla janela, aberta sobre o jardinzinho pênsil da casa, via-se, como que pousado no azul vivo da fresca manhã, um ramo de amendoeira flo...
Vídeo-tape da insônia
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Da casa em que nasci não me lembro nada. Contam que via o demônio e o apontava na parede, alvoroçadamente, como se fora um anjo. Minha vida ...
quarta-feira, agosto 13
Leitora
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O tempo e seus mistérios
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No sábado havia acabado de ler a crônica de Agualusa que falava de um livro “Me chamem Cassandra”, a ser lançado brevemente no Brasil, pela ...
Do supérfluo
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Também as cousas participam de nossa vida. Um livro. Uma rosa. Um trecho musical que nos devolve a horas inaugurais. O crepúsculo acaso vist...
Chuva insidiosa
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De novo o ar livre da manhã — só que desta vez não é o sol, é a chuva, com trovões e relâmpagos para completar. (Não deveriam nunca soltar o...
Divagação sobre as ilhas
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Q uando me acontecer alguma pecúnia, passante de um milhão de cruzeiros, compro uma ilha; não muito longe do litoral, que o litoral faz falt...
terça-feira, agosto 12
Exibicionista
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Decisão
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O vento gelado cortava meu rosto enquanto eu permanecia imóvel na beirada da ponte. Abaixo, o rio serpenteava, suas águas profundas me chama...
Amor imorredouro
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Ainda continuo um pouco sem jeito na minha nova função daquilo que não se pode chamar propriamente de crônica. E, além de ser neófita no ass...
As casas (I)
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As casas vieram de noite De manhã são casas À noite estendem os braços para o alto fumegam vão partir Fecham os olhos percorrem grandes dist...
O acidente
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Doutor Levi dá plantão no Hospital dos Operários, que fica perto de uma favela. Ele é meio conhecido na favela porque sobe o morro de vez em...
segunda-feira, agosto 11
O bom descanso
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Paz indecifrável
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Releio passivamente, recebendo o que sinto como uma inspiração e um livramento, aquelas frases simples de Caeiro, na referência natural do q...
Impressionista
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Uma ocasião, meu pai pintou a casa toda de alaranjado brilhante. Por muito tempo moramos numa casa, como ele mesmo dizia, constantemente ama...
O vício
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Há aqueles que não podem imaginar um mundo sem pássaros; Há aqueles que não podem imaginar um mundo sem água; Ao que me refere, sou incapaz ...
História de uma bota
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Quando os amigos chegaram, o dono da casa estava sentado na pedra de amolar, pregando uma correia nova na alpercata. Levantou-se e foi acaba...
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