quinta-feira, janeiro 28

Monstro também gosta de ler

Era uma vez um monstro terrível que, certo dia, à beira de uma floresta encantada, encontra um estranho objeto, abandonado por uma menina assustada. Após cheirá-lo e lambê-lo, atira-o ao chão, irritado com sua falta de cheiro e de gosto. Sua curiosidade pelo tal objeto é tanta que o transforma primeiro em ávido leitor e depois num excelente contador de histórias – o que revoluciona toda a floresta e subverte a organização social dos monstros.
A história de “O monstro que adorava ler” (36 páginas, R$ 30) foi escrita por Lili Chartrand, que a Edições SM está lançando com ilustrações do também canadense Rogé (Roger Girard).

quarta-feira, janeiro 27

Velha dama indigna

Há dessas senhoras acima de qualquer suspeita que percorrem, à tardinha, prateleiras de livros. Todos confiam nos cabelos brancos até que, ligeirinha, coloca um volume na bolsa e dispara pela calçada. À livreira, ao telefone, só dá tempo de dizer adeus ao livro.

quinta-feira, janeiro 21

Este ano faltaram as rosas e o conhaque

Quem foi este ano na terça-feira ao cemitério de Baltimore, nos Estados Unidos, para visitar o túmulo do escritor Edgar Allan Poe, teve uma surpresa. Depois de 60 anos o visitante misterioso, que deixava todo ano na mesma data três rosas e meia garrafa de conhaque, não compareceu. Desde 1949, quando se comemorou o centenário de nascimento de Poe, o misterioso personagem nunca faltou com o “compromisso” no dia 19 de janeiro, o que virou uma tradição, e atração no cemitério, agora encerrada.

quarta-feira, janeiro 20

Bibliotecas volantes para São Gonçalo

Com aproximadamente um milhão de habitantes, e apenas a biblioteca pública que funciona no Centro Cultural Joaquim Lavoura, o município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, vai ganhar duas unidades volantes. O decreto com emenda ao orçamento estadual deste ano já foi publicado no Diário Oficial, destinando a verba de R$ 600 mil para a implantação de duas bibliotecas públicas, instaladas em ônibus, no município. O recurso foi garantido através de uma emenda apresentada pela deputada estadual Alice Tamborindeguy (PSDB).

terça-feira, janeiro 19

Lisboa quer ser Capital Mundial do Livro

Lisboa vai se candidatar a Capital Mundial do Livro 2012, segundo anunciou Manuel Maria Carrilho, embaixador português junto à Unesco, em Paris, depois que a ideia foi “bem acolhida pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL)", organização que será a responsável pela elaboração do programa. Para Miguel Freitas da Costa, secretário-geral da APEL, em entrevista ao jornal Público, "além de um autor lisboeta que tornou a cidade famosa em todo o mundo, como Fernando Pessoa, Lisboa tem sido usada por vários autores estrangeiros nos seus textos", como o francês Antoine Volodine, que escreveu “Lisbonne, dernière marge”, o suíço Pascal Mercier, autor de “Train de nuit pour Lisbonne”, e a croata Dubravka Ugresic, autora de “Museum of Unconditional Surrender”, que tem um episódio passado em Lisboa.
A Unesco criou a Capital Mundial do Livro em 2001 e escolheu as cidades de Madri, Alexandria e Nova Deli para as primeiras edições. As próximas capitais do livro serão Ljubljana, este ano, e Buenos Aires (2011).

quinta-feira, janeiro 14

O lixo no livro vira exposição

A Biblioteca Municipal Doutor Júlio Teixeira, de Vila Real, segundo o jornal Público, abriu a exposição “Coisas que Aparecem no Meio dos Livros” como cartas de amor, flores secas e postais ilustrados, descobertos entre os milhares de livros antigos do acervo português. Para o coordenador Vítor Nogueira, "trabalhar na limpeza desses volumes é muitas vezes confrontar-se com pequenos segredos, marcadores improvisados, que ficaram esquecidos, pequenas curiosidades que o tempo e os livros decidiram preservar". Segundo a biblioteca portuguesa, há necessidade de se disponibilizar esse patrimônio escondido entre as páginas para que os visitantes vejam o que pode ser encontrado em velhos livros.
A exposição não é uma novidade para a livraria Canto do Livro, que entre 2006 e 2008 manteve em moldura a mostra “O lixo no livro” (em detalhe acima), reunindo alguns dos objetos encontrados nos livros como agora promove a biblioteca. A maior parte das peças servia de marcador como rótulos de chá e de champanha francesa, antigos cartões lotéricos, notas antigas, fotografias, bilhetes, folhas secas, postais, santinhos, que ainda hoje são colecionados na Canto do Livro quando da limpeza dos volumes. Novos achados entre os velhos livros estão reunidos para uma próxima exposição, agora avalizada pelo trabalho feito em Portugal.

terça-feira, janeiro 12

Ano começa com + Leitura na cidade

A livraria Canto do Livro começa a distribuir a nova edição de + Leitura em vários pontos de Maricá (RJ). O primeiro número do ano traz como destaque a aprovação do projeto de inclusão de bibliotecas em escolas públicas e privadas de todo o país. A iniciativa da ex-deputada Esther Grossi (PT-RS) foi aprovada no final do ano também pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara. Também são destaque a criação da primeira Biblioteca Parque no país, a ser instalada no Rio, e o novo conceito que passa a ser adotado no Rio de Janeiro para as bibliotecas municipais. Ainda são anunciadas a mortandade dos idiomas no mundo e a volta do projeto Vale Cultura à Câmara, entre outros assuntos. No editorial, + Leitura dá os parabéns à biblioteca Monteiro Lobato e à Viação Nossa Senhora do Amparo, que protagonizaram em 2009 os dois melhores incentivos à leitura no município sem qualquer apoio do governo local.

quinta-feira, janeiro 7

Leitor, hoje é seu dia

Ainda que apenas 25% dos brasileiros, entre 15 e 64 anos, tenham habilidade plena de leitura, hoje se deve comemorar o Dia do Leitor. Embora as estatísticas não sejam nada animadoras - há 8% são analfabetos absolutos e 30%, capazes de entender informações simples, e 37% lêem e entendem textos curtos, o Brasil pode festejar alguns avanços significativos.
O livrômetro, relógio da leitura no Brasil criado pelo Blog do Galeno, registrou que, de janeiro até fins de dezembro de 2009, os brasileiros leram 830 milhões de livros, mesmo tendo o país um dos mais baixos índices de leitura no mundo com 3,7 livros por habitante.
Se é pouco em relação, por exemplo, aos franceses, com a média de sete livros por ano, melhorou em muito, uma vez que se tem reduzido o número de analfabetos e ampliado as ofertas de incentivo à leitura.
Parabéns, leitor
(Ilustração: Jonathan Burton)