segunda-feira, janeiro 17

Quando o livreiro é o burro

Chegou a época da compra dos livros para a escola e as barbaridades contra a literatura brasileira, principalmente, estão em ritmo acelerado. Nem adianta o livreiro demonstrar que Machado de Assis, por exemplo, morto há 102 anos, não voltou do túmulo para reescrever “Dom Casmurro”. Sequer imagine dizer que as edições nas prateleiras, apesar de editoras diferentes, mantém o mesmo texto.
As mães, muito preocupadas com o ensino dos filhos, confessam uma reverência irrestrita aos professores. Sem terem qualquer conhecimento do que estão comprando – sequer leram ou um dia lerão aquela obra -, não admitem que se compre qualquer outra edição do livro que não seja a recomendada. O cúmulo é afirmarem, com ares doutorais, que a obra foi alterada pelos editores e só aquela edição, a da lista (bem mais cara), pode ser a “original”.
Enfim, a época é dos livreiros serem os burros.

quinta-feira, janeiro 13

Filosofia de balcão

‘Livro não tem perna e anda’
O livreiro estabelece um novo princípio depois de tanto encontrar livros bem longe da estante em que deveriam estar.

quarta-feira, janeiro 12

Ainda em limpeza

O livreiro se faz estivador cultural. Nem bem se assentou o ano e haja o que carregar. Daqui pra lá, de lá para acolá, os caminhos são infindáveis mesmo em pouco espaço, mas haja estantes. É preciso arrumar. E no tira daqui e coloca ali, o livreiro vive como operário braçal. Faz por merecer um troféu, pois a livraria ganha uma limpeza que não pensava em ter.
Começamos, pois, o ano novo!