terça-feira, agosto 26

É hora de uma nova Bienal


O modelo de Bienal, eternamente criticado pelos profissionais do livro, já deu
Frequento a Bienal de São Paulo desde os anos 1970. No começo, apenas como mais um dentre tantos visitantes. De 1996 para cá, como profissional do livro. Desta vez, no entanto, ao me deparar com o mesmo ambiente de anos, que é alvo de críticas – minhas e de muitos outros – também há tempos, veio-me a sensação de que está mais do que na hora de mudar. Que algo precisa ser feito a respeito, e rápido.

 As fotos que apresento junto a esse artigo são amostras da atmosfera de improviso e total falta de profissionalismo que rege a Bienal de São Paulo. E do porquê de, mais uma vez, a Editora Évora, com seus dois selos (Évora e Generale) e da qual sou presidente e fundador, não ter estande no evento. Optamos por colocar nosso catálogo em estandes parceiros. A Évora e muitas outras editoras, inclusive grandes, como a Objetiva. É a via mais fácil, que extingue o risco e coloca algum dinheiro no bolso, mas que, por outro lado, nos mostra acomodados, satisfeitos com o pouco que temos e a léguas de aproveitarmos adequadamente as oportunidades latentes em um cenário em mutação. Talvez meu atual excesso de peso, mais do que descuido com a saúde, seja um símbolo em âmbito pessoal dessa acomodação. Vou pensar mais a respeito... Distribuidores?! Alguém os viu por aí? Estão quase em extinção no evento. A maioria só apareceu como visitante, de passagem, na sexta-feira.

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