sábado, julho 25

Uma biblioteca que salvou vila do interior na China


A biblioteca é uma ferramenta para atrair as pessoas para a vila
Li Xiaodong, professor da arquitetura da Universidade de Tsinghua, em Pequim
Jiaojiehe, China. Escondida entre castanheiras, nogueiras e pessegueiros em um vale cercado de montanhas altas e irregulares, a aldeia de Jiaojiehe sofre por estar próxima da capital do país. Os jovens seguem em debandada para a cidade grande, deixando os idosos para trás, solitários e pobres.

Na China atual, pequenas cidades como essa geralmente tentam desenvolver uma sensação de bem-estar, abrindo, por exemplo, uma nova clínica médica ou modernizando o abastecimento de água.

Porém, Li Xiaodong, premiado arquiteto que une o tradicional design chinês aos temas ocidentais, tinha uma ideia diferente para Jiaojiehe. Ele ficou fascinado com o potencial dos recursos naturais abundantes da aldeia, os galhos de seus milhares de árvores que os habitantes usam como combustível.

Então, ele construiu uma biblioteca – com um toque diferente. Em sua base, há uma caixa de aço e vidro inspirada no plano aberto de Philip Johnson da década de 50, mas suas paredes externas e o telhado são cobertos com galhos de árvores frutíferas.

As varas finas estão dispostas em fileiras verticais, e suas formas irregulares permitem que a luz natural penetre na sala de leitura da biblioteca, mantendo o edifício fresco no verão e aconchegante no inverno. Elas também agem como uma espécie de camuflagem, deixando a forma retangular da biblioteca quase imperceptível na paisagem para os visitantes que se aproximam da vila pela estrada estreita e sinuosa.


O interior da biblioteca é basicamente uma sala grande, simples, forrada por estantes abertas e uma coleção eclética de obras incluindo “A Audácia da Esperança”, do presidente Barack Obama, “Forrest Gump” e romances tradicionais chineses sobre a dinastia Qing. Não há cadeiras ou mesas, apenas um assoalho de madeira encerada com várias plataformas onde os leitores podem se acomodar com seus livros.

Porém, atender às necessidades de leitura das aproximadamente 50 famílias que permanecem na aldeia é algo secundário. O propósito do edifício é basicamente atrair turistas de Pequim, ansiosos por escapar da poluição e sujeira perpétuas da cidade em busca de um pouco de beleza e tranquilidad
e.
 Leia mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário