domingo, dezembro 3

O último crime da mala

Na mala que nem o Anjo da Guarda, nem o Delegado do Distrito, nem eu mesmo consigo encontrar, está a minha imagem única, fechada a chave — e a chave caída no fundo do mar!

Não adianta chamar escafandro, nem homens-rãs, nem a sereia mais querida, nem os atenciosos hipocampos, nada adianta.

E, por falar em querida, jamais se viu um crime tão perfeito:

— Não existem vestígios de mim.

Mário Quintana, "Caderno H"

Nenhum comentário:

Postar um comentário