quinta-feira, fevereiro 2

A ficção molda a realidade?

Não custa repetir: a leitura muda o cérebro, tanto no funcionamento quanto na estrutura física. É o que dizem os neurocientistas. Quando lemos muito, sobretudo obras de ficção (romance, novela, conto, poesia), percebemos melhor o mundo a nosso redor, melhor nos adaptamos aos desafios, melhor nos saímos com o sexo. Até no sexo, quem diria. É fato: bons leitores e boas leitoras arrumam parceir(a)os com maior facilidade. Tem mais: o cérebro dos que leem muito também custa mais para envelhecer.

Sim, a leitura de romances, contos e novelas é um tipo de seguro de vida, quase uma garantia de que provavelmente chegaremos à velhice com boa saúde mental. Dois estudos recentes feitos nos Estados Unidos comprovaram, uma vez mais, esses benefícios.

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O primeiro estudo, executado na Universidade Tufts, em Boston, demonstrou que a leitura desenvolve melhores circuitos cerebrais, isto é, constrói um tipo de via expressa no cérebro por onde os impulsos elétricos circulam com maior velocidade que nas pessoas que não leem. Em outras palavras, quem lê raciocina mais rápido.

A outra pesquisa, feita na Universidade de Stanford, na Califórnia, constatou que, nos leitores assíduos, os neurônios, sobretudo os do hemisfério esquerdo do cérebro, custam muito mais para envelhecer. Esse benefício não acontece com pessoas analfabetas ou pouco chegadas aos livros, diz o resultado final. Uma pena.

Resumindo a questão: além de raciocinar mais rápido, quem lê raciocina por muito mais tempo e com melhor qualidade. Como costumo dizer, leitura é uma questão de saúde pública. Só falta descobrirmos o óbvio.

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