segunda-feira, outubro 22

Vivendo da literatura

Desempregado, indisposto com meu pai, sem poder, portanto, recorrer a ele, eu cortei um duro, nesse período. Possuía, já, uma pequena biblioteca, adquirida no tempo em que tinha dinheiro; passei a vendê-la, aos poucos, nos sebos. Lembro-me de ter dito uma tarde, de brincadeira, a Paschoal Carlos Magno:

- Acho que sou o único escritor, no Brasil, que vive da literatura...

Luís Martins, "Noturno da Lapa"

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