Era nesses momentos mágicos que nos transportávamos para o Sítio do Pica-pau Amarelo e personagens de Monteiro Lobato, seriados de aventura encenados ao vivo, como Falcão Negro, e recitais infantis, como a Grande Gincana Kibon, entre outros. O encantamento chegava até os intervalos comerciais: jingles filmados, como os da pasta de dentes Lever SR, “refrescante de tinir”, ou os da Varig; propaganda dos chocolates da Lacta – uma menina guardava vários deles em um saquinho de papel pardo, anunciando nomes e… preços!, uma bela moça – Branca Ribeiro – saboreava goiabada ou marmelada da Cica com seu bocão de lábios umedecidos.
Mas, por que lembro tudo isso agora? É que as garotas-propaganda estão de volta, via internet, e são muitas. Elas visitam lojas, restaurantes, confecções, mostram cidades e suas atrações turísticas e culturais, provam roupas para o espectador ver como ficam, criam cupons de desconto em vários estabelecimentos, orientam o consumidor sobre o que comprar ou evitar.
Se contássemos aos mais novos que estas são versões atualizadas dos anos 50/60, talvez não acreditassem. O nível de sedução, porém, é o mesmo: consumismo não depende das gerações e está cada vez mais up to date. Compre, compre, compre, mesmo que o fim do mês traga pesadelos. Ou, como certas meninas antigas, lembre, lembre, lembre…

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