Com o passar dos anos, nestes tempos moderníssimos, bate esta nostalgia de luz e sombras. A lâmpada que nos iluminava uma pequena área para ler e esquentava os abajures (ainda existirão?). O resto do espaço ia se desfazendo em sombras até a escuridão. O breu tão perto era o reino da imaginação ainda mais quando os olhos percorriam histórias de suspense. No escuro, passavam personagens e cenários em preto&branco como também nos cinemas ainda era tudo p&b.
Gretchen Deahl |
Quantas leituras ambientadas sob as velhas incandescentes? As noites de leitura ganhavam clima adequado sob aquela luz como nos filmes.
Agora a companheira lâmpada será compulsoriamente aposentada para acabar também com essa ambientação para a leitura à meia luz, expressão que também se vai longe com tanta claridade técnica e tanta escuridão ainda nas gentes.
É preciso urgentemente guardar uma lâmpada incandescente, ou duas, ou três, sabe-se lá quantas, para que nossas leituras não se percam insossas sem ambiente amarelecido. Cuidar bem dessas remanescentes para que possam ainda durar até quando nós duremos para que não se apague também esse claro e escuro em que convivemos mesmos que tudo seja friamente iluminado.
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