Ler e beber
O vinho parece estar na moda no mundo inteiro – cada vez nascem mais produtores e enólogos (mulheres também!), e as revistas dedicam-lhes páginas e mais páginas todas as semanas. Embora não beba vinho regularmente, confesso que um bom vinho durante uma refeição especial compõe muito, mas há pessoas que até gostam de um copo de vinho sem comida, degustado em pequenos goles diante de uma lareira de Inverno ou numa bonita esplanada de Verão. Os italianos, que têm bons vinhos como nós, tiveram a belíssima ideia de associar o néctar à literatura (percebo-os: uma vez sonhei com uma colecção de livros chamada «Escrevinhar» que incluísse livros de todos os géneros que falassem de vinho). Uma marca específica – Matteo Corregia, da região de Canale d'Alba – decidiu até criar uns rótulos de garrafas que são pequenos livros (o projecto chama-se justamente Librottiglia, de «libro» e «bottiglia»,livro e garrafa). Cada rótulo tem três histórias diferentes que, segundo leio, se adequam ao tipo de vinho que está dentro da garrafa e ao seu nome; por exemplo, num vinho chamado L’Omicidio, haverá certamente histórias de crimes de sangue... A ideia é gira e as garrafas ficam assim mais bonitas, ora vejam. Tudo serve, enfim, para se fazer leitores.Maria do Rosário Pedreira
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