Na semana passada, os noruegueses lembraram o 150º aniversário de nascimento de um dos seus mais importantes nomes na literatura: Knut Hamsun (1859-1952), Prêmio Nobel de 1920 e considerado por muitos o pai da novela moderna com o lançamento de “Fome” em 1890. Depois do teatrólogo Henrik Ibsen, o escritor é o mais conhecido nome norueguês. Para muitos, como Thomas Mann, Camilo José Cela, Paul Auster, Franz Kafka, Thomas Mann, Henry Miller e Charles Bukowski. O norueguês marcou a literatura com uma obra que é um monólogo de um homem que sobrevive nas ruas de uma cidade, que não tem misericórdia com ninguém, como acontece em “Fome”.
Entre uma extensa obra de 39 títulos, Hamsun deixou livros como “Pã” (1894), “Um vagabundo toca em surdina” (1909), “Os Frutos da Terra” (1917), e “Vagabundos” (1927).
No entanto, a Noruega só agora está saldando sua dívida com o escritor diante de sobreviventes da Segunda Guerra e associações judaicas contrários às celebrações de aniversário devido à postura do escritor em relação ao nazismo. Hamsun celebrou a Alemanha nazista, que ocupou por cinco anos o seu país, com gestos como a oferta do seu Nobel a Joseph Goebbels e um elogio fúnebre para Adolf Hitler, como “Guerreiro da humanidade”.
O governo norueguês desde o início do ano, em comunicado, saiu em defesa das vitórias literárias de Hamsun e inclusive inaugurou o Centro Hamsun( foto) num prédio em Prestid, a 1.500 km ao norte de Oslo, já no Círculo Polar Ártico. A obra é de Steven Holl, arquiteto norte-americano, criador também do Museu Quiasma de Helsinki.
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