"É preciso procurá-las, mas podem ser encontradas em todas as capitais de províncias espanholas, aquelas obscuras livrarias, tesouros de obras raras que, em sua maioria, não ultrapassam as fronteiras das cidades ou das províncias, quase sempre publicadas por um editor local, escritas por autores desconhecidos. (...) Nessas lojas, não podemos virar para trás ao pegar um livro, uma pilha desaba em outra prateleira, o livreiro acompanha cada gesto desse estranho freguês, visivelmente estrangeiro, remexendo justamente entre os livros que todo o mundo costuma deixar de lado, e pode até acontecer que o próprio dono da loja seja o escritor ou o poeta."
Cees Nooteboom, in “Caminhos para Santiago” (Nova Fronteira)
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