O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas nos 5.565 municípios brasileiros – apenas 600 sem biblioteca entre 2007 e 2008- e divulgado hoje pelo Ministério da Cultura, mostra que 93% dos municípios fluminenses possuíam, em 2009, ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde a 138 bibliotecas em 86 municípios. Em 1% dos casos, ainda estão em fase de implantação ou reabertura e em 5% estão fechadas, extintas ou nunca existiram. Considerando as que estão em funcionamento, existe 0,86 biblioteca por 100 mil habitantes.
O levantamento aponta que, no Rio de Janeiro, as bibliotecas emprestam 223 livros por mês e concentram acervo superior a 10 mil volumes (45%). Mais da metade possui computador com acesso à internet (55%) e 30% oferecem este serviço para o público. Os usuários frequentam o local uma vez por semana e utilizam o equipamento preferencialmente para pesquisas escolares (71%). Quase todas funcionam de dia (99%), de segunda à sexta (100%), algumas aos sábados (22%), poucas aos domingos (2%). No período noturno, somente 10% estão abertas aos usuários.
A região Sudeste tem 104 municípios sem bibliotecas – atrás apenas do Nordeste (161) – contando com a média de 2,12 bibliotecas por 100 mil habitantes. O município fluminense com maior número de bibliotecas por 100 mil habitantes é Macaé (1,54). O pior índice do estado é em São Gonçalo (0,10).
Segundo o documento, os fluminenses vão menos à biblioteca para o lazer (4%) do que a média nacional (8%), mas, como no restante do Brasil, o uso é maior para pesquisas escolares (71%), superior à média nacional (65%). Ainda assim a média de visita é de uma vez por semana, índice abaixo do nacional (1,9/semana) e do regional (1,6). Também os empréstimos de livros no Estado (223/mês) são inferiores às médias regional (421/mês) e nacional (296/mês).
No Rio de Janeiro a maior parte dos acervos são superiores a 10 mil volumes (45%). Nas demais faixas: entre 5 mil e 10 mil volumes (28%), entre 2 mil e 5 mil (23%) e abaixo de 2 mil (4%). Na média brasileira, as bibliotecas têm acervo entre 2 mil e 5 mil (35%). No entanto, apenas 4% das bibliotecas oferecem serviços para deficientes visuais, índice inferior ao nacional (9%). No caso dos serviços especializados para surdos-mudos, deficientes mentais ou físicos, o índice é o mesmo (4%), enquanto a média brasileira é de 6%.
À noite, apenas 10% das bibliotecas fluminenses estão abertas, equivalente a menos da metade da média nacional (24%). Segundo a pesquisa, 99% dos estabelecimentos funcionam de dia, de segunda à sexta (100%). Mas a pesquisa mostrou também que 22% abrem aos sábados – quase o dobro da média brasileira (12%) – e 2% aos domingos (o dobro da nacional).
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