Uma belíssima jovem e seus velhíssimos anões completam hoje 200 anos de muita fantasia para o público infantil. Com “Branca de Neve”, nesta data, também aniversariam “A Bela Adormecida, “O Chapeuzinho Vermelho” e “Hansel e Gretel” (no Brasil, “João e Maria”), todos protagonistas das histórias publicadas naquele distante 20 de dezembro de 1812, quando saiu nas livrarias “Os contos de fadas dos irmãos Grimm”, a segunda obra mais lida da literatura alemã depois da Bíblia de Martinho Lutero e que hoje, traduzida para 170 idiomas, integra desde 2005 o programa Memória do Mundo da UNESCO.
Jacob e o irmão Ludwig Emil Grimm, que completarão em 2013 o sesquicentenário de morte (respectivamente 20 de setembro e 4 de abril), eram lingüistas e filólogos que escreveram obras sobre gramática, mitologia e mesmo um dicionário de alemão. O interesse dos irmãos pelos contos populares, iniciado na Universidade de Marburgo, fez com que recopilassem e escrevessem relatos da tradição oral alemã, que atualmente não seriam aptas para crianças. Nas sucessivas edições foram suavizados muitos dos argumentos, inclusive com a eliminação de referências sexuais e mesmo detalhes de crueldade da versão original como o uso de sapatos de ferro em brasa pela madrasta de Branca de Neve até a morte.
As celebrações serão realizadas no próximo ano em Kassel, onde os Grimm trabalharam entre 1798 e 1841. A cidade apresentará a “Expedição Grimm”, como uma das sedes de Documenta, a maior mostra de arte contemporânea do mundo que acontece na cidade a cada cinco anos.
* Ilustração antiga de "Hansel e Gretel"
* Ilustração antiga de "Hansel e Gretel"
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