quinta-feira, abril 30

Atibaia pode ser Cidade da Leitura

Atibaia, a 803 metros acima do nível do mar e a 65 km de São Paulo, é considerada pela Unesco como o segundo melhor clima do mundo, superada apenas por Davos, na Suíça. Mas agora deve ganhar um melhor título no país: Cidade da Leitura. Através da nova secretária de municipal de Educação, nada menos do que a professora Marisa Lajolo, uma das maiores especialistas em leitura no Brasil, os 126 mil habitantes já podem falar orgulhosamente no projeto Leitura na Praça, que foi lançada numa parceria com grandes editoras brasileiras, entidades nacionais do livro e apoio do Ministério da Cultura.
Marisa Lajolo deve ainda levar para a cidade um projeto que o Ministério da Cultura está quase colocando em ação: Cidade da Leitura. Atibaia deve ser, naturalmente, uma das primeiras beneficiadas.
As informações foram divulgadas pelo Blog do Galeno.

quarta-feira, abril 29

Rio vai ser Cidade de Leitores

A secretária municipal de Educação, Claudia Costin, lançou o programa Rio: Uma cidade de leitores, similar ao criado em São Paulo, para ampliar e fortalecer o prazer pela leitura nas mais de mil escolas e cerca de 200 creches municipais. O projeto conta com três eixos principais: Composição de acervos, Formação de mediadores de leitura, e Ações culturais e educacionais de incentivo à leitura. Alguns dos projetos já planejados são o Livros para professores, no qual serão adquiridos 15 mil livros de quatro títulos para entregar aos professores durante o primeiro semestre de 2009; o curso Leitura, Literatura e Formação de leitores, coordenado pelo FNLIJ, que será executado em cinco turmas de polos descentralizados da cidade; e Ações culturais e educacionais de incentivo à leitura, como a realização do Salão do Livro que pretende atingir 13.800 alunos das escolas municipais e o apoio à I Festa Literária de Santa Teresa.

terça-feira, abril 28

Feira de Lisboa com 'receita' de livreiro

A 79ª Feira do Livro de Lisboa, que será aberta nessa quinta-feira no Parque Eduardo VII, com o tema "Viver a leitura", será dedicada ao Brasil, país convidado deste ano e representado pelos escritores Fabiano dos Santos, Laurentino Gomes, Silviano Santiago, José Castilho, Carlos Nejar e Cristóvão Tezza.
O evento, com 140 participantes em 236 pavilhões renovados, terá uma programação cultural nos 18 dias com 200 eventos e ações num total de mais de 300 horas de atividades voltadas para o livro e para a leitura.
O livreiro Jaime Bulhosa, da Pó dos Livros, sempre excelente em seus textos, em “Carta aberta aos leitores desprevenidos em tempos de crise" alerta “para que mantenham os bons hábitos de leitura. Sobretudo nesta época de crise, onde uma visita à Feira do Livro pode pôr em causa toda uma dieta literária, engordando de forma desmesurada as suas prateleiras com livros sem qualquer valor nutritivo, muito prejudiciais para a sua linha e carteira. Para que isto não lhe aconteça, tem de perceber que há livros e livros”.
A receita de Bulhosa é universal e pode ser seguida, sem qualquer contra-indicação, por leitores nas feiras de livros de todo mundo. E para os que estarão em setembro na Feira Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, é bom desde logo decorar as regras do livreiro português, polvilhadas de bom humor.

1.ª Regra: Elabore previamente uma lista dos livros que pretende consumir. Tome nota dos seus respectivos autores, editores e preços. Pode fazê-lo na livraria, com a ajuda do seu livreiro. E, lembre-se, os melhores produtos nem sempre se encontram nas grandes superfícies.

2.ª Regra: Se quiser arriscar e não seguir a primeira regra, então não compre por impulso nem comece pelas novidades. São as mais apetecíveis, mas normalmente também são as mais caras. Deixe-as para o fim.


3.ª Regra: Não se deixe enganar por preços demasiado baixos. Os livros não são como os remédios. O livro genérico não tem o mesmo composto químico do livro de marca, apesar de alguns terem o mesmo título e autor. Não esqueça a relação preço qualidade.


4.ª Regra: Observe e manuseie os livros antes de os adquirir. Não se deixe enganar pelos temas uniformizados, capas brilhantes com altos e baixos-relevos, cheias de cores e muito apetitosas, nem com cintas com frases apelativas, autocolantes com muitos números de edição e muitos milhares de livros vendidos. Habitualmente, estes livros só servem para acumular peso, alargando muito as suas estantes. Também não costumam ter qualquer sabor ou valor nutritivo. Costuma-se dizer: «A fruta mais saborosa é aquela que tem bicho.»


5.ª Regra: Cheire os livros, sinta todos os seus aromas. Depois, com cuidado, prove as contracapas, as badanas, os índices, os cólofons, os prefácios. Se possível, leia as fichas técnicas, onde pode perceber a origem, os componentes e efeitos secundários. Veja o tamanho da mancha, a fonte de letra e a gramagem do papel. Repare também se têm data de validade e selo de qualidade, isto é, autor.


6.ª Regra: Depois de todas as anteriores regras terem sido cumpridas, resta para escolha muito menos de metade de todos os livros disponíveis. Poderá consumi-los à vontade, na certeza de que levará para casa um produto de qualidade. Acrescento que alguns devem ser consumidos de imediato, engolindo-se de uma só vez. Não se preocupe - são mesmo feitos para isso e não fazem mal. Outros são para saborear, mastigar, digerir devagar. Dê tempo ao seu organismo para que absorva todos os nutrientes de forma a alimentar corpo e de uma maneira saudável e equilibrada.
(Quem desejar pode encontrar fotos, como acima, e informações sobre a Feira de Lisboa no site da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros)

Marca expressiva

O portal de venda de livros Estante Virtual atingiu esta semana a marca de 5 mil cidades com leitores cadastrados. É um resultado expressivo uma vez que, no Brasil, há livrarias apenas em 245 cidades.

segunda-feira, abril 27

Livros fazem sonhar

(Ilustração: Sonhar, de Almada Negreiros)

"Os livros não matam a fome, não suprimem a miséria, não acabam com as desigualdades e com as injustiças do mundo, mas consolam as almas, e fazem-nas sonhar"
Olavo Bilac, em Diário do Rio, página de crônica que mantinha no jornal O Estado de São Paulo entre 1897-1898

domingo, abril 26

Receita para criar best-seller

“Haverá best-seller enquanto houver leitores”. É o que afirma Manuel Rodríguez Rivero em seu excelente artigo “Como se fabrica um best-seller”.

Cómo se fabrica un ‘best seller’
"Qué tienen en común El extranjero, Los cipreses creen en Dios, Los hombres que no amaban a las mujeres, La Biblia, El club Dumas, Diez negritos, Juan Salvador Gaviota, Corazón tan blanco y las Citas del presidente Mao? Probablemente sólo su condición de best sellers. Todos ellos son libros que en un instante o a lo largo del tiempo, en un territorio o en varios, en sólo una lengua o traducidos a muchas, han conseguido una especial notoriedad –más allá de cualquier consideración literaria– por el hecho de haber sido adquiridos –y leídos, aunque las dos cosas no siempre coinciden– por un gran número de personas. ¿Cuántos ejemplares se necesitan para hacer un best seller? Depende: las cifras varían desde el millardo atribuido a todas las ediciones de la Biblia o del Libro rojo a los 10 millones de ejemplares vendidos del más popular de los misterios de Agatha Christie, o a los casi 2 millones de la séptima novela de Javier Marías. Aunque las cantidades de siete cifras no son imprescindibles: 20.000 o 30.000 ejemplares son suficientes para que una novela en euskera se convierta en superventas en el País Vasco, un número casi despreciable si tomamos como referencia la canónica y codiciada lista de best sellers de The New York Times, donde, quizá, ese hipotético libro, un día traducido al inglés, podría convertirse en un millonario éxito internacional".
Leia mais no jornal El País.

sábado, abril 25

Mexicanos fazem festa com leitura

Os mexicanos responderam à convocação dos organizadores da Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) e 7.714 leitores mostraram que no país se lê e se festeja o livro. Apenas em Guadalajara, 411 leitores participaram da maratona de 12 horas de leitura de “Contos de amor, de loucura e de morte”, do uruguaio Horacio Quiroga. Cada leitor em 68 municípios do Estado de Jalisco, na Cidade do México e em Mérida recebeu um livro de Quiroga, a obra “20 años de la Feria Internacional del Libro de Guadalajara” e uma rosa, de acordo com a tradição catalã de Sant Jordi.
No ano passado, o mesmo evento reuniu 6.572 leitores em 60 municípios de Jalisco, segundo ainda informa Myriam Vidriales, coordenadora geral de Imprensa da FIL.

sexta-feira, abril 24

Pára-quedas de todos nós

"A leitura é como o pára-quedas: em condições normais, serve aos que têm espírito aventureiro, mas em caso de emergência salva a vida de qualquer um"
Juan Villoro

(A frase consta do texto de Villoro, "Leer para vivir...", divulgado no blog Libreros. A ilustração é daqui)

quinta-feira, abril 23

Frase encontrada em gaveta

"Ler é melhor do que ir ao cinema, viajar ou usar porcarias que tiram o sujeito do sério. Ao ler você produz, dirige e estrela o filme dentro da sua cabeça; viaja sem os inconvenientes da viagem; e penetra em mundos dos quais volta mais humano e mais sábio. Nada expande mais a consciência do que um bom romance ou qualquer livro inteligente. Pensando bem, ler é a segunda melhor coisa do mundo. A primeira é escrever. A que você está pensando é hors-concours"
Ruy Castro
(Encontrado entre o pó e as traças de uma gaveta em feriado de arrumação)

O talento do leitor

Artigo de Enrique Vila-Matas sobre o leitor foi publicado no jornal El Pais. Boa opção de leitura para lembrar o Dia Internacional do Livro.

quarta-feira, abril 22

A rosa do conhecimento
Rosely Boschini*

É insólito o resultado prévio do estudo Brasil Ponto a Ponto, que acaba de ser divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A educação, com 20% das indicações do expressivo universo de 360 mil entrevistados, aparece como o tema que mais afeta a vida nacional, à frente da criminalidade e do desemprego, tradicionais líderes do ranking das pesquisas sobre as preocupações do brasileiro. Dentre os que se manifestaram pela questão do ensino, a qualidade do aprendizado é o principal desafio a ser vencido, representando 25% das respostas.
Numa feliz coincidência, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) sugere que, este ano, o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor — 23 de abril — enfatize o vínculo entre a leitura e o ensino, destacando sua importância para o aprendizado de qualidade e sua relação com os direitos humanos. O mote resgata, com muita força, o conceito que marcou a instituição da data pela entidade, em 1995: o reconhecimento de que o livro é historicamente o instrumento mais eficaz na difusão do conhecimento e que todas as iniciativas para promovê-lo são fatores de enriquecimento cultural.
Essa inquestionável constatação da Unesco evidencia a imensa responsabilidade da cadeia produtiva do livro, cuja atividade transcende em muito ao universo dos negócios. Não basta produzir e vender livros com foco na demanda do mercado privado. É preciso, em especial em países que ainda não alcançaram o desenvolvimento, viabilizar a multiplicação do acesso à leitura, de modo que seja um direito inerente à cidadania e uma ferramenta de aperfeiçoamento do ensino e melhoria do aprendizado e não mero privilégio ligado ao poder aquisitivo.
Assim, foi muito importante a mobilização conjunta das entidades representativas do setor — CBL, Snel, Abrelivros e Abeu, além do Observatório da Leitura —, no sentido de que o Governo Federal restituísse em 2009 a verba de R$ 150 milhões, extinta no ano passado em deliberação do Congresso, para que a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) compre livros. Felizmente, o governo mostrou-se sensível a documento apresentado pelas entidades, elaborado pelo Observatório da Leitura, no qual estavam enumeradas as graves consequências da suspensão da verba.
Os recursos evitarão que 37 milhões de estudantes da rede pública de ensino fiquem sem dicionários neste ano letivo em que entra em vigor a Reforma Ortográfica. Também terão continuidade os programas de Aquisição de Livros para Portadores de Deficiência e o Nacional da Biblioteca Escolar (PNBE), que distribui anualmente milhões de obras de literatura nas escolas públicas de todo o País. Isso, é importante frisar, sem prejuízo ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
As entidades de classe não devem manter a antiga postura de representatividade passiva de um setor de atividade. É premente que trabalhem de maneira proativa para estimular, defender, ter voz política e contribuir para o fortalecimento do segmento em que atuam seus associados. No caso do livro, este fiador do desenvolvimento e da justiça social, é decisiva a sinergia do mercado em torno de seus organismos representativos, de modo que todas as medidas e estratégias voltadas à disseminação da leitura tenham ainda mais força e possam ampliar o acesso dos brasileiros à informação e à cultura.
No caso específico do restabelecimento da verba de R$ 150 milhões da FNDE, a mobilização das entidades de classe do setor editorial respondeu aos anseios dos brasileiros revelados na pesquisa do Pnud e ao mote de 2009 do Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor. Portanto, há este ano, no País, um caráter ímpar nessa comemoração, que enaltece a imortalidade de Cervantes e Shakespeare, falecidos em 23 de abril de 1616, e celebra o nascimento de autores como Maurice Druon, K. Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo. Em paralelo à vida e obra desses antológicos escritores, outra ideia inspiradora da Unesco para instituir a efeméride advém da tradição catalã, na Espanha, de, também nesse dia, dar uma rosa a quem compra um livro. É a rosa do conhecimento, que precisa ser cada vez mais cultivada no Brasil!
*Rosely Boschini, da Editora Gente, é presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL)

terça-feira, abril 21

Banheira de livros

Invernou. E nada como um bom banho de banheira, com a companhia total de livros, para equilibrar com o chuvisco frio lá de fora. Para um bom início de noite num feriado.
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Vem aí um novo produto Dan Brown

O norte-americano Dan Brown está de novo na mídia com o anunciado lançamento de “The lost symbol” (“O símbolo perdido”), que marca a volta do personagem Robert Langdon para uma nova super vendagem. A Random House lançará 5 milhões de cópias no dia 15 de setembro na Inglaterra, Canadá e Estados Unidos.
O milionário escritor, que conseguiu vender 7 milhões de cópias de “O código Da Vinci”, e ainda arrecadou 750 milhões de dólares com o filme homônimo interpretado por Tom Hanks, ainda deve embolsar mais alguns milhões com o lançamento, em maio, de “Anjos e demônios” com o mesmo Tom Hanks.

A última novela de Nabokov

Estátua em bronze de Nabokov, em Montreux. O escritor ainda tem um museu dedicado à sua obra em São Petersburgo
A editora Penguin está anunciando a publicação, em novembro, da última novela de Valdimir Nabokov (1899-1977), “O original de Laura”, que o escritor russo pedira para ser destruída após sua morte. A edição deve conter as 138 páginas manuscritas e a transcrição do texto na página oposta.
Segunda a BBC, o herdeiro Dmitri Nabokov recebeu 1 milhão de dólares pela publicação da obra que está guardada na caixa-forte de um banco suíço há mais de 30 anos. A mesma editora também anuncia para 2010 a publicação da obra poética de Nabokov nunca traduzida para o inglês e, em 2011, deve surgir a publicação das cartas inéditas entre o escritor e sua mulher.

segunda-feira, abril 20

Chávez faz livro de Galeano ter alta de vendas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mais uma vez se torna garoto-propaganda de bons livros. Com o inspirado presente para o colega Barack Obama, dos Estados Unidos, Chávez provocou a procura de "As Veias Abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano, que denuncia séculos de imperialismo na região. O livro foi o segundo mais vendido na lista de domingo da Amazon.com, logo após encerrada a 5ª Cúpula das Américas, realizada em Trinidad e Tobago.
Hugo Chávez também já provocou uma alta de vendas súbita do livro "O Império Americano: Hegemonia ou Sobrevivência", do linguista e comentarista político Noam Chomsky, logo depois de citar a obra em um discurso na ONU.

Casa dos sonhos de leitor

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Santa Teresa vai ter festa literária


O bairro de Santa Teresa, no Centro do Rio, conhecido pelo tradicional bondinho e por ser um local que abriga muitos ateliês, já tem programada para maio sua festa literária. Segundo Joaquim Ferreira dos Santos, em sua Gente Boa, no dia 16, escolas, centros culturais, cafés e livrarias do bairro vão receber escritores para palestras.

A contadora Tiquetaque


A editora Zastras está lançando “A contadora de histórias”, de Maureen Haselhurst, que conta a história de uma cidade onde havia uma contadora de histórias, chamada Tiquetaque, que estava sempre muito apressada, porque todas as crianças queriam ouvir uma história ao mesmo tempo. Até que Tiquetaque teve uma idéia para resolver o problema. O livro traz uma série de atividades que podem ser desenvolvidas por pais e professores junto às crianças, e que vão estimular a criatividade e ajudar a aprimorar a leitura e criar o hábito de ler.

domingo, abril 19

Leitura de hoje

"Coimbra, 15 de novembro - Ler, ler, ler... É quase um desespero. Quando me lembro dos antigos, que com meia dúzia de manuscritos faziam a festa!..."
Miguel Torga, Diário V



sábado, abril 18

Lobato no Prosa

O artigo "Monteiro Lobato e seus colabores mirins", de Josy Fischberg , publicado no jornal O Globo, trata do escritor de cartas compulsivo, especialmente para seus leitores mirins.

Parabéns, Monteiro Lobato


Neste dia, há 127 anos, em Taubaté (SP), nascia José Renato Monteiro Lobato, nome que modificaria mais tarde para José Bento Monteiro Lobato desejando usar uma bengala de família gravada com as iniciais J. B. M. L. Mas o nome que realmente ficou gravado na história da literatura infantil e juvenil brasileira foi, com letras maiúsculas, Monteiro Lobato, patrono deste Dia Nacional do Livro Infantil.É o mais justo patrono de datas nacionais, e deveria ser mais reverenciado (há ainda governos que esquecem sua importância). Como editor, revolucionou o mercado a partir da compra da Revista do Brasil; como escritor, alimenta ainda gerações, e muitas ainda alimentará, com a criatividade de suas histórias infantis desde "A Menina do Narizinho Arrebitado", de 1920. Em janeiro do ano seguinte, anunciava pela imprensa a distribuição de exemplares gratuitos de "Narizinho" nas escolas, num total de 500 doações, tornando-se um fato inédito na indústria editorial e a conquista definitiva da criança brasileira com uma série de personagens inesquecíveis, mesmo para os hoje velhos, que conheceram o Sítio do Pica-Pau Amarelo e nunca esqueceram as maravilhosas aventuras com seus personagens.
Frase eternamente atual
“Um país se faz com homens e livros”. A frase foi publicada por Monteiro Lobato há 77 anos no livro “América”. Depois de servir por esse tempo para muita propaganda e gasta em rodas de salão ou de bar para exibir uma cultura de orelha, só há pouco começa a ser posta em prática no país dos analfabetos – mais de 80 % da população compostas por funcionais. Crescem as iniciativas em favor dos livros e da leitura, mas será praticamente inútil se não se for extinto o monstro do analfabetismo, que tem que ser atacado com tudo. Se entidades e empresariado fazem sua parte, deve-se exigir muito mais dos governos em todos os níveis para mostrar a verdade de Lobato: só se tem realmente um país quando os homens todos souberem ler e tiverem livros.

'Emília', padroeira


A livraria Canto do Livro mantém em exposição permanente quadros com as biografias de Hans Christian Andersen, Miguel de Cervantes e José Bento Monteiro Lobato, numa reverência permanente aos patronos de três datas importantes para a leitura e o livro. Mas é o brasileiro quem mais espaço tem na loja. Reproduções dos personagens infantis de Lobato estão em paredes como o Visconde de Sabugosa, o Saci e a boneca Emília, nossa “padroeira”. A afeição é tanta que, além de sua imagens, os livreiros expõem no alto de uma parede uma "Emília", entronizada em um balanço. A irreverente e crítica boneca é bem o símbolo de livreiros que consideram os livros como nossas moradas eternas.

Lobato, esquecido em Maricá


Maricá, nesta manhã ensolarada de sábado, se congratula com a Secretaria de Cultura e a Fundação Cultural de Maricá por deixarem passar em branco o Dia Nacional do Livro Infantil e a data de nascimento de Monteiro Lobato, o maior autor do gênero no país. O município também deve agradecer ao prefeito, professor e sociólogo, como alardeia, e a seus inúmeros professores e intelectuais, comissionados em secretarias, subsecretarias, coordenadorias etc, por esta grande iniciativa de no mês em que se festeja o livro, em todo o mundo, não organizarem nenhum evento comemorativo. Afinal são sábios demais para saberem dessa coisa chamada livro ou mesmo saberem quem foi Lobato, Cervantes ou Andersen.
O povo também deve congratular-se para o sucesso do secretário em sua performance deste sábado em uma praça local como parte da programação da Cia. de Teatro Máscaras, que lembrou de comemorar o Dia Nacional e Mundial do Teatro para a Infância e Juventude (dia 20). Se não temos Monteiro Lobato, vamos ver a performance do secretário-poeta, bem mais importante para o Brasil do que a obra do paulista de Taubaté.

sexta-feira, abril 17

Manuscritos de 'Madame Bovary' na internet

As 4.500 folhas manuscritas de “Madame Bovary” já estão disponibilizadas na internet depois de mais de dois anos de trabalhos para criar o portal Les manuscrits de Madame Bovary. O escritor Yvan Leclerc dirigiu os trabalhos da Universidade de Rouen, cidade natal de Gustave Flaubert, e a Biblioteca Municipal da cidade, coordenando 130 internautas que atenderam ao convite pela internet e transcreveram as páginas em conjunto com universitários, num total estimado de 600 pessoas envolvidas.

Leitor não segue à risca o próprio lema

Uma remessa de livros que chega sempre promete surpresas. E livreiro, ser curioso quando se trata de livros, vasculha com a maior ansiedade o que aparece. Quem sabe uma edição diferente, seja em que língua for, apesar de conhecer poucas; um autor desconhecido; uma 1ª edição (eureka!).
Mas invariavelmente encontra surpresas protagonizadas pelos próprios leitores. Na recente compra de um lote, a antiga leitora adotou como lema, à caneta, na folha de guarda: “Usar é um
prazer. Cuidar é um dever”. Infelizmente, em alguns volumes, não seguiu à risca o próprio dístico. Foram lidos com prazer, mas sem nenhum cuidado.

quinta-feira, abril 16

Jornal abre portal para Dia Internacional do Livro

O jornal espanhol La Vanguardia lançou hoje um especial da festa de Sant Jordi com informação sobre livros onde os leitores podem encontrar notícias, entrevista, opinião, vídeos, propostas de leitura, curiosidades, que serão atualizados diariamente artigos até o dia 23, data em que se reverencia são Jorge, padroeiro da Catalunha, e se celebra o Dia Internacional do Livro.
O portal, inclusive, oferece uma navegação pelos últimos 80 anos do Dia Internacional do Livro.
Boa navegação em Sant Jordi 2009

quarta-feira, abril 15

Literatura ilustrada em exposição

O Círculo de Belas Artes de Madri está apresentando a exposição Literatura Ilustrada, de Fernando Vicente, reunindo 104 peças de acrílico sobre papel, que ilustraram artigos, cartazes e capas de livros de várias editoras. Apaixonado pela literatura hispano-americana e a novela de suspense, Vicente registra o mundo da literatura e retratos de grandes autores.
Aqui

Morre 'O menino do dedo verde'

O escritor francês Maurice Druon, 91 anos, morreu ontem em Paris, onde nasceu no dia 23 de abril de 1918. Sobrinho do também escritor Joseph Kessel, com quem fez a letra do célebre “Chant des Partisans” (1943), hino da Resistência francesa. Druon era bisneto do escritor, jornalista e político maranhense Odorico Mendes (1799-1864), que se notabilizou como tradutor de Homero e Virgílio.
Membro do Conselho Franco-Britânico, ministro da Cultura e secretário perpétuo da Academia Francesa, o escritor tornou-se conhecido mundialmente pela série “Os Reis Malditos”, sete romances históricos que estão traduzidos em todo o mundo, e do livro “O menino do dedo verde”, sua única obra infanto-juvenil.

Uma noite para os livros

Madri está pronta para a Noite dos Livros, a grande festa das livrarias e das bibliotecas, que acontecerá no dia 23, Dia Internacional de Livro, em homenagem ao nascimento de Miguel de Cervantes. A Secretaria madrilenha de Cultura, Desporto e Turismo programou uma série de atividades envolvendo os livros e a leitura, os grandes protagonistas da festa, com 400 eventos culturais que agitarão a cidade das 17 horas do dia 23 à 1 hora do dia seguinte.
Estarão envolvidos mais de 400 escritores, músicos e artistas nacionais e internacionais. Também participam 202 livrarias da municipalidade, 50 a mais do que no ano passado, que ficarão abertas até a meia-noite, como pontos de encontro dos escritores, além de fixarem nesse dia descontos de 10%. As bibliotecas públicas, no total de 85 entidades, durante todo o dia também realizarão uma série de atividades que irão de oficinas de HQ a mesas redondas, contação de histórias, saraus e concertos.
Veja vídeo no jornal El Mundo

segunda-feira, abril 13

Bibliotecas em jumento

Livros Andantes, projeto na Zona da Mata Sul de Pernambuco, é mais um esforço para se divulgar a leitura no país. Para isso se recorre aos jumentos, que levam a carga de uma biblioteca ambulante com 100 livros, entre exemplares de autores pernambucanos e cordéis. Nas paradas das “bibliotecas-jumentas”, a população ouve histórias e dramatização de textos, ao ar livre.
Aqui

domingo, abril 12

Corín Tellado, a mais lida depois de Cervantes

Morreu a espanhola María del Socorro Tellado López , 82 anos, ou Corín Tellado, a mais prolífica escritora em espanhol e a mais lida nesse idioma, depois de Miguel de Cervantes. Autora de mais de 4 mil novelas do gênero rosa, Corín Tellado vendeu mais de 400 milhões de exemplares, e quinzenalmente publicavas contos.
Para o cubano Guillermo Cabrera Infante, era “a inocente pornógrafa, se bem que nem era tão pronógrafa nem tão inocente”.

sábado, abril 11

Sábado de malhação

Quaresma de livreiro é comprar, apaixonante e religiosa atividade, uma pequena biblioteca na Sexta-Feira da Paixão e malhar durante o sábado (Aleluia!) para vasculhar entre os volumes alguma 1ª edição, títulos já fora do mercado há tempos, edições especiais. E ver crescer pilhas e pilhas na livraria, em engradados plásticos.
Carrega aqui, arruma ali. É a malhação com o peso da cultura. Tanto trabalho fez certa época um livreiro, cansado, suado e com as mãos cheias de poeira, parodiar um ministro da Educação: “Agora estou estivador cultural”.

(Falando em carregar livros, acima na foto tem uma sugestão interessante de Tom Stoppard, publicada no New York Times, mas que infelizmente só serve para viagem)

sexta-feira, abril 10

Feliz Páscoa!

Muitas, e boas, páginas de leitura entre um ovinho de chocolate e um bombom.

Há sempre uma página escrita para nós

' O amor pela leitura é algo que se aprende, não se ensina. Da mesma forma que ninguém pode nos obrigar a nos enamorarmos, ninguém pode nos obrigar a amar um livro. São coisas que acontecem por razões misteriosas, mas do que estou convencido é que para cada um de nós há um livro que nos espera. Em algum lugar da biblioteca, há uma página que foi escrita para nós '
Alberto Manguel

quinta-feira, abril 9

Câmara que dá exemplo (infelizmente nem copiado)

Os brasileiros, tão desacostumados com a participação de políticos em boas ações, até ficam impressionados quando a Câmara Municipal de Lisboa, em colaboração com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e outras entidades públicas, convida os livreiros para participar de um evento comemorativo do Dia Mundial do Livro (dia 23). Durante a Semana das Livrarias, entre os dias 20 e 25, os livreiros darão descontos de 10% sobre o preço de capa e poderão colocar livros à venda nas ruas adjacentes, além de organizarem a animação de rua e outros eventos.
A Semana das Livrarias ainda será completada com os Piqueniques de Livros, dia 23, em jardins públicos e junto às bibliotecas municipais, quando alunos das escolas públicas receberão um cesto com fruta e um livro ou cupom de 1 euro para aquisição de livros nas livrarias ou na Feira do Livro de Lisboa. Nos piqueniques, também haverá contação de histórias e dramatização de textos.
(Em certas cidades do Brasil, em que há um silêncio sepulcral da Câmara e um desprezo total do governo às comemorações no mês mundial do livro, vê-se a ignorância na matilha política e governamental, mais disposta a gastar dinheiro público com eventos que satisfaçam o próprio ego.)

quarta-feira, abril 8

Visões de hoje e de ontem

n Jovem impressionado
Estudante compra “A cartomante e outras histórias”, de Machado de Assis, depois de visitar as estantes das duas lojas. Com o dever de casa numa sacola, pergunta:
- Vocês é que montaram isso (a livraria) aqui?
Com a resposta afirmativa, é categórico:
- Vocês devem gostar muito de livro!


n O jovem na livraria
(um memorial)

Antonio Lisboa Carvalho de Miranda

De pé, lendo na livraria.
Nas proximidades, os bondes
confluindo no Tabuleiro da Baiana;
marmiteiros na direção de grotões
com valões a céu aberto;
trens trepidando e perdendo-se
nas penumbras ignotas e tristes
de um desterro suburbano.

De pé, lendo na livraria.
La fora, analfabetos e letrados
revezando-se no espaço
sem solução à vista:
Brasil, país do futuro!
(Escuro, muro, desconjuro.)
Transeuntes, ambulantes
e uma elite na livraria.

Senhores nos botecos, goles
de café, “lotações”; ainda havia
batedores de carteira, malandros,
funcionários públicos (barnabés)
pelos institutos de previdência.
O garoto, de pé, na livraria
lendo Drummond, Bandeira,
vindo do bairro mais distante.

Brasil, afinal, Campeão do Mundo!
Sorrisos sem dentes, salário mínimo,
programas de auditório, carnaval.
Mundo mundo, vasto mundo, eu não
me chamo Raimundo
, mas Antonio,
flébil, esguio, com dinheiro apenas
para o pastel e o ônibus; os livros
eram leitura de livraria, de pé.

O pai, barnabé; a mãe, costureira.
De pé, lendo na livraria: Drummond,
Cabral, Bertrand Russell, e algo mais.
Um fragmento de Baudelaire, um pedaço
de Aimé Cesaire, frase de Nietzsche.
“-Que livros você quer levar, meu jovem?”
Pensou: “nenhum”. Gostaria, mas não podia.
Lá fora, tantos outros como ele.

Personagens sem olhos, sem boca.
Massas humanas movendo-se
anônimas; bacharéis luzindo anéis.
“A vida como ela é”, do Nelson Rodrigues.
Vedetes de teatro de revista, Ibrahim Sued.
Miss Brasil não falava inglês
e já imitavam jazz e rock
e a bossa-nova queria ganhar o mundo!

E o garoto, de pé, na livraria.
“Pode levar os livros que quiser, sem pagar”.
(...) “Sim, isso mesmo, jovem, os livros
que quiser: dois, dez, à vontade”.

Quis correr, encabulado, assustado.
“Uma pessoa viu-o lendo, e emocionou-se:
(...) Um magistrado, um homem abastado.”
(...) Deixou crédito aberto a seu favor...”


“Machado de Assis? Jorge Amado?
Menotti del Picchia? Sartre? Camus?”
“O que quiser, o que consiga levar!”

(...) Na estante de casa havia livros
emprestados da biblioteca pública.
Sorte que havia bibliotecas públicas!!!
Levou para casa o J. C. de Melo Neto
e a filosofia difusa de Lin Yutang.

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Outros livros seguiu adquirindo
por conta própria: tantos, tantos!
E ali está, de pé, na livraria,
outro jovem suburbano lendo um livro!!!
10/06/2008

terça-feira, abril 7

Passo Fundo, Capital Nacional da Literatura

A 13ª Jornada Nacional de Literatura, entre os dias 24 e 28 de agosto, torna tradicionalmente a cidade gaúcha de Passo Fundo a Capital Nacional da Literatura. Este que é um dos maiores eventos literários da América Latina reúne leitores, escritores, artistas, promotores culturais e intelectuais no Circo da Cultura, no Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF).
A comissão organizadora já está divulgando através do site da Jornada a programação, os atores e as obras selecionados para a edição. Também podem se encontradas informações sobre os eventos que acontecerão paralelamente como o VI Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura, um dos maiores do país, e o XI Concurso de Contos Josué Guimarães.
Aqui

Dia do 'Boca do Inferno'

Nascia neste dia, no Santo Ano do Senhor de 1623, o poeta Gregório de Matos Guerra. Contemporâneo do padre Antônio Vieira, se tornou conhecido como “Boca do Inferno”, por suas poesias satíricas e violentos ataques pessoais, mas compôs versos líricos e até religiosos. Primeiro a encarnar o espírito brasileiro, é um dos maiores nomes da poesia brasileira. Com ele, nascia a literatura brasileira.

A um livreiro que havia comido um canteiro de alfaces com vinagre

Levou um livreiro a dente

De alface todo um canteiro,

E comeu, sendo livreiro,

Desencadernadamente.

Porém, eu digo que mente

A quem disso o quer taxar;

Antes é para notar

Que trabalhou como um mouro,

Pois meter folhas no couro,

Também é encadernar.

domingo, abril 5

Livraria doa livros no Espraiado

Regina Castro (centro), ao lado de Maristela e Gian, entrega os livros a Dauá e Sepalo
A livraria Canto do Livro, participando das comemorações das datas de abril em homenagem ao livro, promoveu a doação de livros para a Biblioteca Borboleta Azul, no Espaço Cultural do Espraiado, em Maricá. Na manhã deste domingo, através de Regina Castro, da Canto do Livro, foram entregues aproximadamente 300 volumes, recebidos pelo contador de histórias e autor de um livro infantil (“Histórias boas de contar índios”), Dauá José, pelo cordelista Sepalo Campelo e pelos “bibliotecários” Maristela Gonçalves de Moraes, Isabela Sá de Mello e Gian Marcos da Costa Moraes, jovens da comunidade que colaboram com o Espaço Cultural.
A biblioteca está instalada na antiga Escola Municipal Pedro Augusto Azevedo Costa, que atendia ao 2° Distrito de Maricá, agora ocupada pelo Espaço Cultural do Espraiado. A região, a 17 km do Centro, fica na serra do Espraiado (600m), de onde escorrem os riachos que formam o rio Caranguejo. Área rural do município, abriga fazendas, sítios, chácaras, com criações de búfalos, cavalos de raça, e em todo o primeiro domingo do mês promove o evento Espraiado de Portas Abertas, que já envolve 32 moradores participantes, abrindo suas propriedades para os visitantes desfrutarem das belezas da região, inclusive o artesanato local.

Onde se come, também se lê

Restaurante vegetariano, no topo da Serra da Tiririca (Niterói), oferece obras de arte em quadros e em comida. De quebra, muita vegetação natural e livros. É o Verdejante.

sábado, abril 4

Espanha já tem cartaz para 2010

Noemí Villamuza e Eliacer Cansino são a ilustradora e a escritora que ganharam o concurso da Organización Española para el Libro Infantil para criar o cartaz e a saudação ao Dia Internacional do Livro Infantil de 2010. O texto de Eliacer Cansino, "Um libro te espera, búscalo", pode ser encontrado no blogue Nosololibros, da Biblioteca do IES Franciso de los Ríos de Fernán Núñez, em Córdoba, na Espanha.

Imagem de leitura

Henrique Pousão (1859-1884), o mais inovador pintor português da sua geração, pintou esta "Cecília" (1882) em óleo sobre tela, que está hoje no Museu Soares dos Reis, do Porto.
Encontrada aqui

Livreiro não perde a ansiedade infantil

Na modorra de sábado lento no passar de horas, uma pequena surpresa. A chegada de um livro, que o olhar do livreiro não deixa escapar no bolo de uma nova compra. Nenhuma raridade, mas o livro esgotado há muito, reunindo entrevistas com escritores só publicadas em jornal, faz arregalar o olho.
É mais um reforço para a biblioteca do livreiro, que nessas horas tem a mesma ansiedade de uma criança pelo brinquedo novo.

Vagabundo velho caçador de livros

Assim é David Grayling, tradicional alfarrabista, quando apareceu na Galloway Country Fair, na Inglaterra.

sexta-feira, abril 3

1ª edição de 'Narizinho' em braille

A 1ª edição em braille de “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, está sendo distribuída pelo Instituto Pró-Livro na VIII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, em São Paulo. São mil exemplares, editados pela Fundação Dorina Nowill. É a primeira vez que a obra é editada exclusivamente para os deficientes visuais.

Governo lembra datas do livro

O governo estadual lembrou o Dia Internacional do Livro Infantil com uma pequena biografia de Hans Christian Andersen e anunciando as datas de 18 e 23,respectivamente Dia Nacional do Livro Infantil e Dia Mundial do Livro.
A nota, enviada ontem para a imprensa e sites de cultura, ainda informava a programação especial do mês promovida pela Superintendência de Bibliotecas na Biblioteca Estadual Infantil Anisio Teixeira e no Centro de Arte e Criatividade Infanto-Juvenil, ambos em Niterói.
Boa lembrança e parabéns à iniciativa.

Pilhas que valem livros


Os hipermercados Modelo, com 120 lojas em Portugal, estão promovendo até o final de maio, com apoio do Plano Nacional de Leitura, o programa Pilhas de Livros, que oferece livros às escolas que mais pilhas usadas recolherem. As escolas são premiadas com um conjunto de livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, no valor de mil euros.
O programa, desde 2004, já recolheu 20 milhões de pilhas, num total de 500 toneladas, e em troca ofereceu 90 mil livros. O projeto é responsável por nada menos do que 20% da reciclagem de pilhas em Portugal.

quinta-feira, abril 2

Livro roubado

Roubaram o livro em bronze e até amputaram o monumento que reproduz o arquiteto Oscar Niemeyer, em Niterói. A Prefeitura já anunciou a restauração, mas até lá a estátua fica com as mãos, que perdeu, vazias, justamente no mês do livro.

Hoje é o Dia Internacional do Livro Infantil


Eu sou o mundo
Hani D. El-Masri (Egito)

Eu sou o mundo, e o mundo sou eu,
porque através do meu livro
posso ser quem quiser.

Palavras e imagens, versos e prosa,
levam-me a lugares vizinhos e distantes.
Na terra dos Sultões e do ouro,
mil histórias se revelam,
tapetes voadores, lâmpadas mágicas,
Gênios, Ghouls e Simbad,
contam os seus segredos a Sherazade.
A cada palavra em cada página,
viajo no tempo e no espaço.
E nas asas da fantasia
o meu espírito atravessa terra e mar.
Quanto mais leio, mais compreendo
que, com o meu livro,
estarei sempre
na melhor das companhias
(Mensagem para o Dia Internacional do Livro Infantil, anualmente divulgada pela International Board on Books for Young People, em lembrança ao aniversário de Hans Christian Andersen, patrono da data)

quarta-feira, abril 1

Abril com livros à beira da lagoa

A Biblioteca Barca dos Livros, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, iniciou hoje a 5ª edição do Abril com Livros, que durante todo o mês vai promover visitação das escolas, em três horários, sessões de leitura e narração de histórias de Hans Christian Andersen e Monteiro Lobato, oficinas, as Quintas Literárias, Encontros com o Escritor e um Sarau de Histórias Especial.
À Barca e seus “proeiros”, nossos parabéns. Conheça aqui mais do projeto à beira de uma lagoa belíssima.

Aumento de preços

Galeno Amorim, em seu blogue, revela que 20 editoras que se concentram principalmente no eixo Rio-São Paulo promoveram novo reajuste de preços, desta vez entre 5% e 10%, entre março e abril. O reajuste anterior ocorreu no último trimestre de 2008.