sábado, abril 18

Parabéns, Monteiro Lobato


Neste dia, há 127 anos, em Taubaté (SP), nascia José Renato Monteiro Lobato, nome que modificaria mais tarde para José Bento Monteiro Lobato desejando usar uma bengala de família gravada com as iniciais J. B. M. L. Mas o nome que realmente ficou gravado na história da literatura infantil e juvenil brasileira foi, com letras maiúsculas, Monteiro Lobato, patrono deste Dia Nacional do Livro Infantil.É o mais justo patrono de datas nacionais, e deveria ser mais reverenciado (há ainda governos que esquecem sua importância). Como editor, revolucionou o mercado a partir da compra da Revista do Brasil; como escritor, alimenta ainda gerações, e muitas ainda alimentará, com a criatividade de suas histórias infantis desde "A Menina do Narizinho Arrebitado", de 1920. Em janeiro do ano seguinte, anunciava pela imprensa a distribuição de exemplares gratuitos de "Narizinho" nas escolas, num total de 500 doações, tornando-se um fato inédito na indústria editorial e a conquista definitiva da criança brasileira com uma série de personagens inesquecíveis, mesmo para os hoje velhos, que conheceram o Sítio do Pica-Pau Amarelo e nunca esqueceram as maravilhosas aventuras com seus personagens.
Frase eternamente atual
“Um país se faz com homens e livros”. A frase foi publicada por Monteiro Lobato há 77 anos no livro “América”. Depois de servir por esse tempo para muita propaganda e gasta em rodas de salão ou de bar para exibir uma cultura de orelha, só há pouco começa a ser posta em prática no país dos analfabetos – mais de 80 % da população compostas por funcionais. Crescem as iniciativas em favor dos livros e da leitura, mas será praticamente inútil se não se for extinto o monstro do analfabetismo, que tem que ser atacado com tudo. Se entidades e empresariado fazem sua parte, deve-se exigir muito mais dos governos em todos os níveis para mostrar a verdade de Lobato: só se tem realmente um país quando os homens todos souberem ler e tiverem livros.

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