A modesta casa entre as ruas North Amity e West Lexington, num bairro marcado por décadas de miséria e delinqüência, em Baltimore, corre perigo de se tornar uma casa fantasma. Foi lá que onde morou o escritor Edgar Alan Poe (1809 – 1849) apenas por dois ou três anos. O bairro, de terrenos baldios, casas abandonadas e lojas fechadas, só recebe os visitantes que vão conhecer o museu do escritor, pagando quatro dólares para ver muito pouco.
Em tempo de crise, a prefeitura de Baltimore pelo segundo ano consecutivo está sem enviar subvenção ao museu. As contribuições recolhidas durante o bicentenário de nascimento do escritor permitem que o museu continue aberto, segundo o jornal The Baltimore Sun, apenas até julho do próximo ano. Leia mais aqui
quinta-feira, agosto 25
quarta-feira, agosto 24
Uma 'estrela' se apaga
Em duas semanas, uma livraria que se tornou estrela de cinema vai desaparecer. O fim com data marcada é da The Travel Bookshop, instalada há 32 anos no bairro londrino de Notting Hill. A livraria, especializada em obras sobre viagens, guias turísticos e biografias de exploradores, inspirou a comédia romântica estrelada por Julia Roberts e Hugh Grant, que interpreta o livreiro inglês William Thacker. Depois de sua aparição na telas em 1999, a Travel Booshop se tornou ponto turístico de Londres.
Apesar do freqüente fechamento de lojas naquele país devido à crise financeira na Europa e à concorrência das grandes redes e das vendas pela internet, a livraria vai fechar por decisão exclusiva do proprietário, morando há 25 anos na França, uma vez que o filho único não quer tomar a frente do negócio.
Apesar do freqüente fechamento de lojas naquele país devido à crise financeira na Europa e à concorrência das grandes redes e das vendas pela internet, a livraria vai fechar por decisão exclusiva do proprietário, morando há 25 anos na França, uma vez que o filho único não quer tomar a frente do negócio.
Biblioteconomia, centenário de um amor
A exposição “Livros Raros de Biblioteconomia: a memória científica da Biblioteca Nacional”, organizada pela Divisão de Obras Raras da BN, fica até o dia 2 no prédio da instituição, no Centro do Rio. São apresentadas 25 obras de referência entre os séculos XVI e XX com destaque para o livro “Advis pour dresser une bibliotheque” (foto), do bibliotecário francês Gabriel Naudé. Publicado em 1627, o livro é o primeiro tratado escolar de administração de bibliotecas, que fundamenta práticas ainda em vigor.
Ainda como parte das comemorações do centenário da Biblioteconomia, a BN realiza a mostra “Prata da Casa: diretores e funcionários da BN”, com documentos manuscritos e material impresso e iconográfico. Dividida em duas etapas, a mostra homenageia, neste primeiro momento, diretores e funcionários do séc. XIX desde frei Jose Gregório Vieira até Teixeira de Melo.
Ainda como parte das comemorações do centenário da Biblioteconomia, a BN realiza a mostra “Prata da Casa: diretores e funcionários da BN”, com documentos manuscritos e material impresso e iconográfico. Dividida em duas etapas, a mostra homenageia, neste primeiro momento, diretores e funcionários do séc. XIX desde frei Jose Gregório Vieira até Teixeira de Melo.
terça-feira, agosto 23
A gente gosta disso
Biblioteca que se preza não pode ser um mero amontoado de livros para criar mofo, abrigar poeira, e gerar míseros salários a seus servidores. Governos descomprometidos com a Cultura (maiúscula como deve ser) usam prédios em más condições, acervos estragados pela umidade, e funcionários desmotivados, para manter instituições que são mais penduricalhos de camelô, muitas vezes enfurnados e entregue a goteiras, do que biblioteca para trombetearem investimento em Cultura através de porta-vozes bem remunerados. Ainda bem que essa praga de governos demagógicos, cretinos, não se espalha pelo país. Há administrações sérias e dispostas a dar tratamento mais nobre e digno ao prédio e ao acervo. O cidadão merece condições melhores para praticar sua cidadania através da leitura e de uma biblioteca dinâmica, viva como o próprio ser humano que inventou esse objeto tão importante na civilização como o livro.
Trabalho assim está sendo feito pela Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba. Depois de montar o maior acervo digitalizado do Brasil para atender deficientes visuais, montar sua oficina de criação literária e retomar o “Um escritor na Biblioteca”, lançado nos anos 80, levando escritores para encontros mensais com o leitor, a BPP oferece mais uma oportunidade de se desenvolver a cidadania plena naquela capital. Saiu o jornal Cândido, título em homenagem à rua onde se localiza o prédio da instituição. São 32 páginas com reportagens sobre ações de leitura, ilustrações, caricaturas, inéditos de contos, trechos de romance, poemas e crônicas, entrevistas com escritores e ensaios. Nesta primeira edição, o poeta Paulo Leminski, que completaria este mês 87 anos, vira manchete e ganha textos de Ricardo Silvestrin, Toninho Vaz e Luiz Rebinski Júnior.
Merece os parabéns uma biblioteca que vivencia o livro, em todos seus formatos, implementa a Cultura e faz da leitura a propulsão para a cidadania. E aqui ficamos mais felizes por receber o belo presente que é esse exemplar n° 1 de Cândido.
Conheça o jornal da BPP aqui
Trabalho assim está sendo feito pela Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba. Depois de montar o maior acervo digitalizado do Brasil para atender deficientes visuais, montar sua oficina de criação literária e retomar o “Um escritor na Biblioteca”, lançado nos anos 80, levando escritores para encontros mensais com o leitor, a BPP oferece mais uma oportunidade de se desenvolver a cidadania plena naquela capital. Saiu o jornal Cândido, título em homenagem à rua onde se localiza o prédio da instituição. São 32 páginas com reportagens sobre ações de leitura, ilustrações, caricaturas, inéditos de contos, trechos de romance, poemas e crônicas, entrevistas com escritores e ensaios. Nesta primeira edição, o poeta Paulo Leminski, que completaria este mês 87 anos, vira manchete e ganha textos de Ricardo Silvestrin, Toninho Vaz e Luiz Rebinski Júnior.
Merece os parabéns uma biblioteca que vivencia o livro, em todos seus formatos, implementa a Cultura e faz da leitura a propulsão para a cidadania. E aqui ficamos mais felizes por receber o belo presente que é esse exemplar n° 1 de Cândido.
Conheça o jornal da BPP aqui
segunda-feira, agosto 22
O livro vai à praça
A Biblioteca da Catalunha, na Espanha, vai às ruas pelo segundo ano consecutivo. O projeto Lendo no Jardim fica até outubro à sombra das árvores dos jardins do antigo Hospital de La Santa Cruz, prédio gótico do século XV, em Barcelona, oferecendo ao público mais de 200 exemplares em francês, inglês, alemão, castelhano e catalão. Além do empréstimo, o projeto também permite a troca de livros, levando um de casa e trocando por outro, e o recebimento de doações.
Sabedoria de mãe
Mãe tem sempre razão, segundo o dito popular. E todos devem concordar quanto à sabedoria daquela mãe, que surgiu na livraria para pagar a escolha de livros da filha. Ah, se todas no mundo fossem iguais a você...
"É preferível gastar em livro do que em pizza, hambúrguer, batata frita, isso tudo que engorda"
Ilustração: “S. João comendo a Bíblia”, de Giusto di Giovanni de Menabuoi (1320-1391)
quinta-feira, agosto 18
Quem lia no Brasil do século XIX?
As múltiplas formas de formação de leitores e das práticas de leituras vivenciadas na cidade de São Paulo durante o século XIX são apresentadas pela professora Marisa Midori Deaecto em “O império dos livros: Instituições e práticas de leitura na São Paulo Oitocentista” (Edusp, R$ 90). Quem lia? O que era lido? Onde se lia? A leitura era uma atividade compartilhada ou solitária? Riquezas e livros caminhavam juntos? Quem foram os amantes declarados dos livros na São Paulo d’antanho? E quais seus principais inimigos? São essas e outras perguntas que a autora procura responder na obra lançada esta semana.
quarta-feira, agosto 17
Venda de livros aumentou em 2010
Os brasileiros compraram mais livros em 2010 com uma expansão no mercado editorial de 13,12%. Os dados foram divulgados no estudo Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro, da Câmara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Apesar do aumento nas vendas, houve uma redução de 4,91 % no preço médio dos livros, que passou de R$ 13,61, em 2009, para R$ 12,94, no ano passado. As livrarias, e seus respectivos e-commerces, ainda lideram os canais de comercialização com 42,44%. Em seguida estão os distribuidores das editoras (23,78%), a venda direta (16,64%), os supermercados (2,91%) e outros portais de internet não vinculados às livrarias (1,41%).
terça-feira, agosto 16
Para fisgar novos leitores
“(...) Vai deixando livros por perto, arme armadilhas como ratoeiras. De repente, ele (o adolescente) tropeça no livro. Deixe os livros por perto. Um dia, quem sabe, ele pode pegar o livro pelo título, pela capa. Pode ler a primeira frase.”
Ana Paula Maia, durante entrevista no Paiol Literário, promovido pelo jornal Rascunho, em julho
Ana Paula Maia, durante entrevista no Paiol Literário, promovido pelo jornal Rascunho, em julho
quarta-feira, agosto 10
Livro abaixo de R$ 10
A Fundação Biblioteca Nacional vai apresentar aos editores, na próxima semana, em São Paulo, o Programa do Livro Popular com o objetivo de ofertar livros abaixo de R$ 10. O coordenador do programa, Tuchaua Rodrigues, aposta que o aumento da escala barateará os livros, incentivando a leitura. Na apresentação do projeto, o presidente da FBN, Galeno Amorim, definirá os incentivo para que as editoras apostem na publicação de livros mais baratos, a fim de alcançar os consumidores das classes C, D e E.
sexta-feira, agosto 5
Rato best-seller
quinta-feira, agosto 4
BN recebe inéditos de Nelson Sodré
A Biblioteca Nacional, em ato público, recebe amanhã em sua Divisão de Manuscritos a doação de documentos e livros do escritor Nelson Werneck Sodré. “O objetivo é doar para a BN até o final do ano outros materiais dos últimos anos de Nelson e todo o material reunido desde sua morte, que estão sendo guardados para compor o livro do centenário, mas virão, posteriormente, a fazer parte de seu acervo ”, destaca Olga Sodré curadora do material.
O historiador, quatro antes de seu falecimento, em 1995, doou todo seu arquivo pessoal à Biblioteca Nacional. No Inventário da Coleção Nelson Werneck Sodré, atualmente arquivada na Divisão de Manuscritos, existem 597 documentos, 346 fotografias, 17 postais, além de fitas de vídeos e disco compacto. Dentre as correspondências, estão cartas trocadas com Carlos Drummond de Andrade, Luís Carlos Prestes, Fidel Castro, Jorge Amado, Graciliano Ramos, entre outros. Dentre os manuscritos, também muitos artigos publicados nos jornais e também suas aulas, ministradas no ISEB.
No sábado, a BN encerra a mostra do centenário de Nelson Werneck Sodré com cerca de 30 documentos, entre fotos, originais, desenhos (feitos para contos do autor) e correspondência enviada por escritores.
O historiador, quatro antes de seu falecimento, em 1995, doou todo seu arquivo pessoal à Biblioteca Nacional. No Inventário da Coleção Nelson Werneck Sodré, atualmente arquivada na Divisão de Manuscritos, existem 597 documentos, 346 fotografias, 17 postais, além de fitas de vídeos e disco compacto. Dentre as correspondências, estão cartas trocadas com Carlos Drummond de Andrade, Luís Carlos Prestes, Fidel Castro, Jorge Amado, Graciliano Ramos, entre outros. Dentre os manuscritos, também muitos artigos publicados nos jornais e também suas aulas, ministradas no ISEB.
No sábado, a BN encerra a mostra do centenário de Nelson Werneck Sodré com cerca de 30 documentos, entre fotos, originais, desenhos (feitos para contos do autor) e correspondência enviada por escritores.
terça-feira, agosto 2
Livro digital: discussão em site
A Câmara Brasileira do Livro disponibilizou no site do 2º Congresso Internacional CBL do Livro Digital o conteúdo de algumas das palestras do evento realizado na semana passada em São Paulo. Estão incluídas as palestras: “Comportamento do consumidor”, de Dominique Raccah; “Como competir com a cultura do gratuito”, de Sandra Reimão e Nicholas Serrano; “O novo papel das distribuidoras e livrarias no mundo do livro digital”, de Pieter Swinkels, Diego Vorobechik e Marcos Pereira; “Comunidades verticais desenvolvidas por editores: Um mundo de novas oportunidades”, de Joseph Craven; “Marketing para o livro digital”, de Marha Gabriel; “Estratégias para redes sociais”, de Gil Giardelli, Michele Fernandes Aranha e Michel Lent; “O novo papel do editor”, de Riccardo Cavallero; “DRM soluções de equilíbrio e prevenção”, de Carlos Viceconti e Patricia Peck; e “Mídias sociais e conteúdo: Como as redes sociais permitem novos modelos de negócios, conceitos e mercados”, de Sol Rosenberg.
Em sua coluna no Publishnews, Felipe Lindoso uma análise das palestras promovidas pela CBL no artigo “O que se ganha em um congresso?”. Lindoso finaliza o artigo advertindo sobre quem está ganhando a guerra. “O fato é que uma parte dos custos de “logística” dos e-books é transferido para os consumidores de conteúdo digital que pagam pelo acesso à Internet. Esse é um negócio específico das empresas de telecomunicação e dos provedores de acesso. Essas empresas pressionam todos os produtores de conteúdo para receber um fluxo constante de conteúdo barato ou gratuito. Por sua vez, esse conteúdo gera mais tráfego na rede e agrega receita a essas empresas. Na discussão do conteúdo gratuito não podemos nos esquecer de que, como não existe almoço grátis, estamos pagando pelo acesso e também, com nossas contribuições blogueiras, no Facebook e no Twitter, para proporcionar conteúdo gratuito para essas gigantes que inexoravelmente apresentam suas contas”.
Em sua coluna no Publishnews, Felipe Lindoso uma análise das palestras promovidas pela CBL no artigo “O que se ganha em um congresso?”. Lindoso finaliza o artigo advertindo sobre quem está ganhando a guerra. “O fato é que uma parte dos custos de “logística” dos e-books é transferido para os consumidores de conteúdo digital que pagam pelo acesso à Internet. Esse é um negócio específico das empresas de telecomunicação e dos provedores de acesso. Essas empresas pressionam todos os produtores de conteúdo para receber um fluxo constante de conteúdo barato ou gratuito. Por sua vez, esse conteúdo gera mais tráfego na rede e agrega receita a essas empresas. Na discussão do conteúdo gratuito não podemos nos esquecer de que, como não existe almoço grátis, estamos pagando pelo acesso e também, com nossas contribuições blogueiras, no Facebook e no Twitter, para proporcionar conteúdo gratuito para essas gigantes que inexoravelmente apresentam suas contas”.
segunda-feira, agosto 1
Um tempo no refúgio
“Quem diz livraria diz refúgio. (...) Há tempo de comprar e tempo de olhar. E, melhor ainda, tempo de tirar da estante o livro desejado e sentar-se junto a uma mesinha à parte, e ler e ler, sem pressa, ‘longe do estéril turbilhão da rua’. Esse é o tem sem tempo, o mais precioso dos bens, que pedimos aos prezados livreiros que nos ofertem generosamente, gratuitamente.” O texto de memória do crítico Alfredo Bosi sobre suas viagens por livrarias e bibliotecas na São Paulo dos anos 1950 é o ponto de partida para as divagações do historiador e escritor Roney Cytrynowicz em “O algoritmo e o tempo generoso de passear nas livrarias”
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