As portas são levantadas. Começa o dia na livraria. Momento de rápida arrumação e alguma limpeza do pó. Justamente na hora entra o jovem. Num rápido passar de olhos, é fulminante:
- Vocês vendem livros aqui?
Por entre os dentes, em surdina, como um rosnar, vem a resposta:
- Vendemos.
Algo quase silencioso para não se explodir em revolta ao óbvio, o que contraria o Procon. Ou será que o jovem, em meio a tantas estantes, estava vendo sacolas de alhos e cebolas? Bem possível.
(Caso puxa caso. Livreiro recorda caso parecido em outra loja, há anos. Quando chegava um desavisado com a mesma pergunta, o dono gritava para um funcionário: - Manuel, hoje estamos vendendo o que mesmo?)
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