domingo, fevereiro 21

Bibliotecas paulistanas sofrem queda de público e tentam se reinventar

Mais paulistanos vão hoje às bibliotecas da cidade que em 1990 e o número de empréstimos de livros dobrou de lá para cá (de 507 mil para cerca de 1 milhão em 2015).

A elevação é consequência do aumento no número de unidades, com a ajuda da multiplicação dos CEUs (Centro Educacional Unificado), na década passada, e da digitalização de registros, que traz informações mais precisas sobre os empréstimos.

Nesse período, os espaços também ganharam acervos de quadrinhos, filmes e outros conteúdos, como jogos de tabuleiro e videogames de última geração.


Mas essas iniciativas ainda não foram suficientes para compensar o declínio da biblioteca como espaço de pesquisa escolar. Diante do desafio da era digital, esses espaços vêm perdendo visitantes desde que atingiram o pico de frequentadores, de 2,6 milhões no ano de 2004.

Para mudar essa realidade, as bibliotecas da cidade investem em novas estratégias para estancar as perdas e transformar sua missão. "Essa mudança é boa, pois agora a biblioteca pública pode se dedicar a outros públicos e ser um espaço de descoberta da leitura", diz Waltemir Nalles, coordenador do Sistema Municipal de Bibliotecas.

O principal plano para atrair mais visitantes é apostar em eventos, como oficinas, pequenos shows, peças de teatro e encontros com autores. "As bibliotecas precisam ser pensadas como espaços multifuncionais e não como estantes de livros", afirma Francisco Aguiar, professor de biblioteconomia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

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