Passeando pelas livrarias

Do Colégio dos Jesuítas, no Rio, primeiro ponto de vendas de livros do país, às livrarias moderninhas, com café, computador, vitrines chamativas, tardes e noites de autógrafos, é um passeio que só se pode fazer através de livro. E o “condutor” dessa viagem é Ubiratan Machado, que está lançando Pequeno Guia Histórico das Livrarias Brasileiras (Ateliê Editorial, 264 pags., R$ 46). São três séculos e meio pela história das livrarias brasileiras, conhecendo as cem maiores lojas de livros do país, em todos os tempos e regiões.
O jornalista Ubiratan Machado, entre seus 16 livros, já fez dois excelentes trabalhos na recuperação da história do livro no país com A Vida Literária no Brasil Durante o Romantismo e A Etiqueta de Livros no Brasil.

Sítio do Pró-Livro para deficientes visuais

O Instituto Pró-Livro, com objetivo de mostrar que a leitura se torna cada vez mais acessível para todos, abre nesta quarta-feira o Sítio do Pró-Livro, espaço montado com a parceria da Fundação Dorina Nowill, na VIII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, em São Paulo. Para despertar o interesse dos deficientes pela leitura, será realizada uma contação de histórias de Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, dentro das comemorações do bicentenário de nascimento de Louis Braille.
No Brasil, 2,9 milhões de brasileiros leem através de áudio-livros e 409 mil leem livros em braile. Há 8% de não leitores que justificam a falta de leitura pelas limitações físicas, como a baixa visão, segundo dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada ao Ibope Inteligência pelo Instituto Pró-livro e divulgada em 2008.

O robô-estante

Um guardião silencioso para nossos livros. Não precisa

de controle remoto, ecologicamente correto.

'+Leitura' lembra as festas para o livro em abril

A edição de abril do folhetim + Leitura, produzido para a livraria Canto do Livro, começa a ser distribuída em escolas, biblioteca, estabelecimentos comerciais e na própria loja a partir desta terça-feira. + Leitura tem como manchete reportagem sobre os eventos que celebram o livro, em abril, em todo o mundo.
A livraria lembrará o Dia Internacional do Livro Infantil (dia 2), Dia Nacional do Livro Infantil (dia 18) e Dia Internacional do Livro (dia 23) com algumas ações, entre elas, uma grande doação de livros para a Biblioteca Borboleta Azul, no Espaço Cultural do Espraiado. Na loja, haverá a cesta de “Peque e Leia” onde os leitores poderão se presentear com o livro que escolherem. Outra iniciativa será a realização de bookcrossing, quando a livraria espalhará livros em diversos locais da cidade.
Outros destaques da edição são as reportagens sobre as casas populares entregues na Argentina, cada uma com 18 livros, dentro do programa governamental Livros e Casas, e o projeto Lendo em Meu Bairro, realizado na Venezuela.

Portugal Telecom anuncia primeiros finalistas

A coordenação do Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2009 anuncia que a partir de hoje já estará publicada no portal a lista dos 50 primeiros finalistas entre os 501 livros inscritos, selecionados por um júri inicial formado pelos curadores Flora Sussekind, José Castello, Maria Lúcia Dal Farra e Selma Caetano e mais 406 profissionais, entre professores, críticos literários, escritores e jornalistas.
Os três vencedores, anunciados em outubro ou novembro, receberão respectivamente R$ 100 mil (1º colocado), R$ 35 mil (2º) e R$ 15 mil (3º lugar).

Botero e suas leitoras

As opulentas e curvilíneas leitoras do colombiano Fernando Botero. Nuas ou vestidas, sempre um prazer que só a arte pode nos dar. Recolhidas num passeio, formam um pequeno buquê de belezas.

Passeio dominical

Imagens que relaxam a alma num dia chuvoso e nos fazem pensar na felicidade de se viver com os livros. Um passeio tranquilo pelas páginas de @Muitos Desenhos e no Moa Desenhos. Boa domingueira.

'Embalagem' que abre apetite

A fachada da Biblioteca de Kansas City é como uma embalagem de bombom. Dá prazer de olhar e vontade de saborear. As fotos são de David King

Acreditar nos livros, sempre

"É admirável que, ainda hoje, com toda a concorrência dos discos, do rádio, da televisão, do cinema, o livro tenha conservado seu caráter distintivo, de alguma forma sagrado. (...) As pessoas crêem nos livros. É estranho, mas real, que os apelos vindos das terras dominadas pela censura não peçam rádios. manifestos ou panfletos. Pedem livros. Continuam a acreditar nos livros quando já não mais acreditam em outra coisa."
(John Steinbeck)

Sonho impossível

Sonho de livreiro, é todo o dia comprar na banca jornal dedicado aos livros. E debaixo do título, sob a âncora com o peixe, o nome do editor: Aldo Manuzio (1449/1515)
Começar assim o dia com uma higiene da alma, só pode ser delírio.

Nas páginas eletrônicas de 'Aliás'

Elaine Pauvolid nos convida para um passeio pelas páginas de Aliás, que inaugura a nova fase da revista eletrônica de cultura. Entre os destaques está o artigo de Eugenia Gay, historiadora e mestranda da PUC em História da Arte, sobre um conto de Borges. Na coluna Por uns contos , por Mariel Reis, o leitor poderá ler um conto que trata da inveja; na coluna Contexto, as entrevistas com os alemães Sabine Kebir e Karlheinz Barck, falando sobre Brecht; e Márcio Catunda fala sobre o livro de Carlos Emilio Correa, “O romance que explodiu”. Na parte de poemas, trabalhos de Milton Machado, Carlos Figueroa, poeta argentino traduzido por Eugenia Gay, Drika Nery, Lena Jesus Ponte e Marcelo Moraes Caetano.

Livraria premia estudante

A livraria Canto do Livro, através de Regina Castro (à esquerda), entregou hoje o prêmio para Jéssica da Silva, do Colégio Estadual Elisiário Matta, vencedora do concurso Poesia Não Tem Idade. A estudante recebeu uma sacola com livros de poesia como “Poemas escolhidos”, de Fernando Pessoa, “Espumas flutuantes”, de Castro Alves, e a antologia “Clássicos da poesia brasileira”, entre outros títulos, e mais R$ 50. Essa foi a terceira vez que a livraria promoveu um concurso entre os estudantes do município desde sua inauguração em 2004.
A criação de concursos é apenas uma parte da ação social da Canto do Livro, como primeira livraria do município. Sempre ressaltando a importância do livro e da cultura na comunidade, a livraria já distribuiu mais de 12 mil livros para formação de bibliotecas em escolas, associações e colégios daqui e de outros municípios.

Dia Nacional da Comunidade Árabe no Brasil

Homenagem de livreiros à civilização que também tanto respeitou o livro. E àqueles que desde passados tempos contribuíram para o engrandecimento do Homem: Averroés, Avicena, Al Ghazali, Jarir, Naguib Mahfouz, Kahlil Gibran, Omar Khayyan, entre inúmeros outros grandes nomes da humanidade. Não esquecendo os descendentes no Brasil como Salim Miguel, Jorge Medauar, Mansour Challita,Wally Salomão, e o brasileiríssimo Júlio César de Mello e Souza (Malba Tahan), que deixou uma extensa obra baseada na literatura árabe.
Civilização que legou os contos universais de "Alf Laylah wá Laylah" ("As Mil e uma noites"), ainda deixou marca na linguagem dos livreiros brasileiros e portugueses com o terno e belo vocábulo alfarrábio (livro antigo, volumoso, de conteúdo muitas vezes inútil).

Pintura persa do século XIX, no Museu da História, em Berna (Suíça)

"The Reading Room", Carl Larsson (1909)

"Wonderland", de Adelaide Claxton (1860)

Encontradas aqui dentre mais de 50 reproduções de quadros, ilustrações e fotos que registram leitores famosos e anônimos na mais deliciosa das atividades humanas.

Esperança no futuro

Casal de irmãos, adolescente de aproximadamente 15 anos e menino de cerca de oito, entram na livraria e se encantam.
- Essa livraria é muito boa.
O menino logo escolheu um Mangá:
- Moça, quanto é esse livrinho?
Depois de saber o preço, perguntou à irmã:
-Posso comprar?
- Se tiver dinheiro, pode, disse a irmã.
O menino tirou o dinheiro e pagou, mas ficou ainda interessado em vasculhar o resto da livraria.
- É enorme isso aqui. Quanto livro! Posso entrar ali?
E lá se foi para o restante da loja, curioso com os livros e atento também aos preços.
- Ah, eu vou voltar aqui e comprar esse livro. Você me traz?, perguntou à irmã.
- Se você tiver dinheiro, eu trago.
Depois de olhar tudo na livraria, cada um com um livro (ela com um Machado de Assis), saíram. Mas antes o menino, prometeu:
- Tem livros muito legais. Eu vou voltar, disse com a euforia de quem encontrou um mundo encantando.

Prefeitura 'despeja' zelador-bibliotecário

Depois de servir à Prefeitura de Cravinhos (SP) com seu projeto Crê-Ser, o zelador Sebastião Silvestre Morais Filho foi “dispensado” junto com seu acervo de 4.200 livros e 2 mil revistas, recolhidos durante cinco anos das lixeiras de edifícios, que levavam a leitura à população. De 2007 a 2009, com a criação do projeto desenvolvido por ele mesmo, as obras foram expostas nos finais de semanas e feriados em praças da periferia da cidade e depois recolhidas por um veículo da prefeitura. Sem qualquer remuneração, o zelador supervisionava o projeto.
A alegria de mais de 300 famílias cadastradas para obter empréstimo das obras terminou na última semana, quando a prefeitura decidiu suspender o projeto e despejar o acervo, que agora vai ser abrigado em um cômodo na casa do zelador. A construção será financiada por amigos, que agora adotaram o projeto Biblioteca na Calçada.
Mais

Ouvidos na livraria #3

- Um sebo!! Exclama a jovem com a novidade.
- Ui, que nojo!!
A amiga se arrepia toda com o “palavrão” pronunciado pela outra.

Morte de línguas na Índia

A Índia, com 1.600 línguas, lidera o ranking dos países com mais idiomas em risco de extinção. São 196 deles em perigo, alguns em situação crítica e nove já “morreram” nos últimos meses. A diversidade linguística indiana, comparável à biodiversidade da Amazônia, reúne aproximadamente 25% dos 6 mil idiomas do mundo.

Segundo o diretor geral da Unesco, Koichiro Matsuura, "a morte de cada idioma acarreta o desaparecimento de um patrimônio cultural intangível e irreparável; expressões, palavras, formas de denominar objetos e seres".

(Ao lado, bilhete em 15 idiomas indianos)
Mais

Comunidade em ação para manter livraria aberta

A escritora espanhola Rosa Montero já anotava há tempos: “Eu me sentiria perdida sem meu livreiro”. O mesmo sentimento de perda fez com que os amantes do livro, na cidade de Ann Arbor, no estado de Michigan, nos Estados Unidos, se unissem para manter aberta a Shaman Drum, inaugurada há 29 anos por Karl Pohrt, hoje com 61 anos. Pohrt publicou duas cartas abertas à comunidade anunciando que iria fechar a antiga loja devido a problemas econômicos. A carta, debatida na primeira página do jornal Ann Arbor News, motivou a professora Julie Ellison, da Universidade de Michigan, que imediatamente liderou a campanha para propor soluções a fim de manter a Shaman Drum aberta. Entre defensores da livraria estão os poetas Robert Hass e Robert Pinsky e até mesmo o o livreiro Richard Howorth, da livraria Square Books.
Aqui

Livros compõem instalação

A artista plástica Alicia Martín inaugurou, na cidade espanhola de Córdoba, sua instalação Biografias. A obra é composta de aproximadamente 5 mil livros que estão dispostos a dar ao espectador a impressão de que caem em trombas do restaurado Moinho de San Antonio. "Meu trabalho tem a ver com a memória de todos que estão nos livros. Mas também com o excesso de informação em que vivemos", disse Alicia.
Aqui

Madri reabre casa de Lope de Vega

A Prefeitura de Madri restaurou a casa-museu de Lope de Vega (Félix Lope de Vega Carpio -1562/1635), dramaturgo e poeta espanhol com extensa obra literária. São conhecidas atualmente de sua autoria 426 comédias e 42 autos, além de milhares de poesias líricas, cartas, romances, poemas épicos e burlescos, livros religiosos e históricos. A casa, no Barrio de las Letras, residência do poeta nos seus últimos 25 anos de vida, foi aberta em 1935.
Veja mais fotos

Raridade brasileira

Os brasileiros detém 50% da produção de livros na América Latina, mas 89% dos municípios não contam com livrarias. O país tem atualmente menos de 2.700 livrarias, 70% delas de pequeno e médio porte. Segundo a Associação Nacional de Livrarias, seriam necessárias no mínimo 4.900 lojas para atender à população.
As informações constam da reportagem "Círculo vicioso detém crescimento do mercado", publicada na edição desta semana do Jornal do Senado.

Criada a 'roda dos expostos'

O livreiro se surpreende ao chegar à loja. Atrás de um vaso de plantas, ao lado da porta principal, estão protegidos grandes e imaculados volumes de uma enciclopédia. Recolhe os "enjeitados".
Eram de mais uma leva de livros para doação para se formar acervos em comunidades carentes, bibliotecas comunitárias. Foram oferecidos aqui e ali, inclusive bibliotecas de instituições, mas sempre recusados, apesar do ótimo estado de conservação e de serem de interesse geral.

Biblioteca Britânica tem 9 mil livros extraviados

A Biblioteca Britânica, em Londres, uma das maiores do mundo, informou que mais de 9 mil livros do acervo estão extraviados, entre eles tratados renascentistas de teologia e alquimia, um texto de astrologia medieval e algumas primeiras edições. Figuram na lista a 1ª edição de “O retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, e “Da usura legal e ilegal dos cristãos”, do teólogo alemão do século XVI, Wolfgang Musculus, avaliado em 22 mil euros. A instituição considera extraviado o volume quando o mesmo não aparece na estante em que deveria estar.
A direção da biblioteca anunciou que as obras talvez estejam perdidas entre os 650 km de estantes e muitas das perdas ocorreram antes ou depois de 1998, ano em que o acervo foi transferida do Museu Britânico para um moderno edifício próximo à estação de Saint Pancras.
Leia mais

A mais bela da literatura infantil

"Eu sempre quis ser uma bruxa, bem bonita,

porque ela tem poder, humor e exerce o senso crítico"
Tatiana Belinky, completando hoje 90 anos, é referência na literatura infantil do país

Livro é viagem

"Permanecer é viajar livrescamente"
João Palma-Ferreira

Há 50 anos...

morria atropelado, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, o poeta português António Tomás Botto. No Brasil, vivia na miséria há nove anos depois que se auto-exilou, perseguido por sua homossexualidade. Chegou a ser exonerado da função pública por "conduta indecorosa".
Em Lisboa, para onde seus restos mortais foram trasladados em 1966, hoje o destaque da lembrança do poeta fica com uma palestra na Casa Fernando Pessoa. Por sinal, Botto foi amigo de Pessoa, que traduziu em 1930 seu livro “Canções” para o inglês, e colaboraram para uma Antologia de Poemas Portugueses Modernos.
Poeta que teve sua obra publicada por 42 anos, incluindo 25 livros de poesia, quatro livros de ficção e uma peça de teatro, apenas agora começa a ter seus títulos reeditados em Portugal.

Vale o que está escrito?

Mãe vai à livraria com lista de livros pedidos pela conceituada escola. O livreiro consulta o papel, e diz o que tem. Mas um título chama sua atenção.
- “Dom Quixote”, de outro autor, tenho. Mas esse livro escrito por Alexandre Dumas a senhora nunca vai encontrar.
A mãe fuzila o ignorante livreiro, quase esfrega na cara dele o folheto da escola, que conhece o que pede. Sai ela convencida de que livreiro não tem mesmo cultura.
E o espanhol Miguel de Cervantes Saavedra tem sua obra-prima universal “assinada”, segundo aquele colégio, pelo folhetinesco francês Dumas, autor, entre outros, de "Os três mosqueteiros".

É preciso ser atleta

"Não leias para refutar ou contradizer, para aceitar ou aquiescer, para perorar ou discursar, mas para ponderar e considerar. Certos livros devem ser provados; outros engolidos; uns poucos mastigados e digeridos. Quer dizer: devemos ler certos livros apenas parceladamente; outros incuriosamente, e uns poucos da primeira à última página, com diligência e atenção. Alguns livros podem mesmo ser lidos por terceiros, que nos farão deles um apanhado, mas isso somente no caso de assuntos desimportantes, e de livros medíocres, pois livros resumidos são como água destilada: insípidos. O ler faz um homem completo; o conferir, destro; o escrever, exato. Por isso, se alguém escreve pouco, deve ter boa memória; se confere pouco, muita sagacidade; se lê pouco, muita manha para afetar saber o que não sabe"
Francis Bacon (filósofo, político e ensaísta inglês, considerado fundador da ciência moderna 1561-1626)

1° Superman leiloado por mais de 300 mil dólares

Um exemplar da primeira revista de HQ dos superheróis, apresentando o Superman, foi vendido ontem em leilão, em Nova Iorque, por 317.200 dólares, quase R$ 670 mil, batendo recorde de lance para uma revista de HQ. A "Action Comics", publicada em junho de 1938, era vendida na época por 10 centavos de dólar. O comprador foi o baterista John Dolmayan, do grupo System of a Down, e dono da Torpedo Comics.
Segundo os especialistas, o n° 1 da "Action Comics" é muito raro e estima-se que existam no mundo pouco mais de 50 cópias. A história do exemplar leiloado começa em em 1950, quando um menino de nove anos comprou a revista em um sebo por 35 centavos, mais do dobro do custo de capa, e manteve o exemplar por 58 anos.

Chegou novo 'Rascunho'

'O ato de ler é em si mesmo mágico, em sua solidão ocupada por um outro (o livro). Quem lê pode estar isolado, mas não está sozinho'
Nuno Ramos

Chegada da edição impressa de Rascunho é festa. Sem falar nos textos, há a diagramação limpa, com excelente aproveitamento da gravura; o equilíbrio do espaço em branco com o negro das pretinhas; a cor suave, aqui e ali; as inteligentes propagandas. Um prazer para os olhos, alegria para a inteligência.
Leitura certa para a noite, na poltrona.

Pequena que dá exemplo

Pequena, com apenas pouco mais de 20 mil habitantes, a mineira Barroso tem projetos grandes para a leitura. A Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, que hoje atende 2.200 leitores diretos para os 4.100 títulos, ainda desenvolve uma série de programas levando livros a escolas, hospitais, ônibus e praças, além de premiar os seus leitores mais assíduos com o prêmio Leitor Nota Dez. Conheça mais.

Aos missionários da leitura

Galeno Amorim, consultor de políticas públicas do livro e leitura da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), em seu blogue, publicou uma homenagem muito especial aos bibliotecários, que ontem comemoraram seu dia. Imagens e sons completam o texto "Aos missionários da leitura".
(Fonte: Blog do Galeno)

Raridade de evento

A Universidade Salgado de Oliveira, de Niterói, homenageou o conhecido livreiro Carlos Mônaco, da livraria Ideal (na foto, à esquerda), com a criação da Sala de Estudos Carlos Mônaco, destinada às pesquisas dos alunos do curso de mestrado em História.
Mais uma vez Niterói dá exemplo de civilidade para com os livreiros, reconhecendo a importância sócio-cultural das livrarias que, como disse William Estrada, “devem ter cada dia mais voz e voto cultural nas cidades”.

Leitura de Quiroga no Dia Mundial do Livro

“Contos de amor, loucura e morte”, do uruguaio Horacio Quiroga, foi a obra escolhida para a maratona de leitura em voz alta de 12 horas, durante evento que marcará em Guadalajara o Dia Mundial do Livro (23 de abril). O livro foi o escolhido pelos leitores do estado mexicano de Jalisco em votação na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, encerrada no último dia 9. O título do uruguaio venceu com 3.520 votos, contra 3.279, dados ao “Escaravelho de ouro e outros contos”, de Edgar Allan Poe, e 736 para “O cordel e outros contos”, de Guy de Maupassant.
No dia de leitura, promovido desde 2001, os participantes ganham um livro e uma rosa como determina a tradição catalã de São Jorge. No ano passado, participaram da maratona 6.572 pessoas.
(Mensagem enviada por Myriam Vidriales, coordenadora geral de imprensa da FIL. Mais informações em www.fil.com.mx)

Súplica do livro

Não me manuseie com mãos sujas;
Não escreva em minhas páginas;
Não rasgue nem arranque minhas folhas;
Não apóie o cotovelo sobre minhas páginas durante a leitura;
Não me deixe sobre cadeiras ou lugares que não sejam meus;
Não me deixe com a lombada para cima;
Não coloque entre minhas folhas objeto algum mais espesso que uma folha de papel;
Não dobre os cantos de minhas folhas para marcar o ponto em que parou a leitura;
Use para isso uma tira de papel ou marcador apropriado;
Terminada a leitura, devolva-me ao lugar certo ou a quem deva guardar-me;
E ajude-me a conservar-me limpo e perfeito e eu o ajudarei a ser feliz.

(Texto foi divulgado por um antigo sebo do Rio de Janeiro, nos anos 70, em folheto que indicava as livrarias de então no Centro. Hoje também é distribuído em folheto próprio da Canto do Livro)

Ilustração: aquarela de Herman Hesse

Apenas uma frase?

'O que seria da sua vida se você não tivesse o direito de ler?'

(Frase de Ray Bradbury, inscrita no marcador de páginas da Canto do Livro)

Cabo Frio premia leitores da biblioteca

A Biblioteca Municipal Walter Nogueira, em Cabo Frio, encerra nesta quinta-feira a Semana da Biblioteca, marcado por diversos eventos, inclusive com o lançamento do boletim informativo mensal da biblioteca e do projeto Quem Lê, Viaja. O governo cabofriense, através da biblioteca, vai premiar com pontos, que se transformam em bônus de viagens para a Bienal do Livro, a se realizar em setembro no Rio, os frequentadores mais assíduos e que fizerem resenhas dos livros.

Maricá põe a poesia no 'bebedódromo'

Maricá promove mais uma fanfarronada cultural. Os excelentíssimos "donos" da cultura no município farão durante uma semana a 1ª Mostra Brasileira de Poesia. Um evento com a marca da megalomania, que reúne gente de Niterói, Rio e adjacências, mas quer ser comparado a um projeto de âmbito nacional.
E como decidiram inteligentemente também que poesia precisa de acompanhamento etílico, vão armar a barraca na praça, ao lado do "bebedódromo", entre as 18 e 22 horas, horário para happy hour (Logicamente depois de fazer uma pré-apresentação em restaurante).Teremos o etilismo poético para gáudio dos egos em masturbação mental, reunindo principalmente apenas a mesma panelinha de sempre e os poetas que se aventurarem.
Cultura daqui embriaga os poetas e assassina a poesia na praça.

De um diário imperdível

Faro, 25 de Agosto de 1963.
Com café e livro, pouco mais peço da vida. A não ser, porventura, que me deixem esquecido uma cidade de pataco, à modorra do meio-dia
(João Palma-Ferreira, em "Diário 1962-1972")

Ilustração: Fernando Pessoa, por Almada Negreiros

Enxerto em best-seller

O livro "1808", best-seller que Laurentino Gomes escreveu sobre a vinda da família real portuguesa ao Brasil e que há 76 semanas frequenta as listas de livros mais vendidos do país, provocou o rompimento do escritor com a editora Planeta, segundo Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo. Gomes há mais de um mês briga com a empresa para que recolha das livrarias 10 mil exemplares que saíram da gráfica com um defeito grave: capítulos de um livro sobre Indira Gandhi, que foram enxertados no meio de sua obra. "Exigi que a empresa fizesse um recall, com anúncios em jornais e revistas chamando os que compraram o livro para uma troca. Era o mínimo. Estamos vendendo livros errados para as pessoas", diz Laurentino.
A Planeta afirma que o erro foi da gráfica que imprimiu o livro e que os exemplares estão sendo recolhidos. E nega que esteja vendendo livros com defeito pela internet.

ANL: ação antidumping contra sites

A Associação Nacional de Livrarias estuda entrar com ação antidumping no CADE contra empresas que vendem livros abaixo do preço de custos oferecidos às livrarias. Mesmo sem uma lei que regule o comércio varejista de livros no Brasil, como a Lei do Preço Único, que já existe em países como México, Argentina, França, entre outros, a ANL, em consulta ao seu departamento jurídico, estuda entrar no CADE com ação/representação antidumping contra sites que comercializam livros, entre outros produtos, e editoras que fornecem a eles livros com custo muito abaixo do praticado no atacado livreiro. A Associação, que representa cerca de 65% do setor, através de livrarias de pequeno e médio porte, irá pedir, no mínimo, uma explicação de como estas empresas conseguem praticar estes custos. O texto é assinado pelo presidente da ANL, Vitor Tavares, e pode ser lido integralmente no portal da ANL. Aqui

Projetos que fazem certo

O programa Via Brasil, na última semana, apresentou a reportagem de Cláudia Lins, Projetos de leitura transformam a realidade de crianças em Maceió, sobre os projetos de leitura que dão certo em Maceió, todos com espaço e biblioteca formada. Em uma associação de moradores, numa região carente com o Espaço Arteiro, do projeto Erê Lê, que atende diariamente em média 30 crianças, ou na biblioteca Minervina dos Santos, construída no quintal da casa de Eduardo e René, se vê o que é um projeto social em favor do livro e da leitura.

(Foto: Biblioteca Minervina dos Santos)

O encanto das miniaturas

Pequenos que fazem sucesso são os livros em miniatura sobre os quais Susana López del Toro abriu um espaço muito especial para falar deles.

Aqui

Maior livraria do mundo compra editora eletrônica

O jornal The New York Times anunciou que a maior cadeira de livrarias, a Barnes & Noble, comprou a editora eletrônica Fictionwise por 15,7 milhões de dólares. A compra é um reflexo, segundo analistas, dos últimos dados que indicam que entre dezembro e janeiro os formatos eletrônicos subiram 3% nas vendas, contra apenas um crescimento de 1% na venda das edições tradicionais. Segundo o jornal norte-americano, a Barnes agora vai competir diretamente com a Amazon, que lançou o seu próprio produto eletrônico, o Kindle.

O que não se pode fazer com o livro digital

Como os apaixonados por livros sabem de cor, há muito o que se fazer com o objeto-livro. Entre elas, encapar o volume com papel pardo; esconder velhas fotos, dinheiro ou documentos entre suas páginas; pagar um encadernador para recuperar o volume ou deixá-lo com uma capa dura muito especial; colocar flores entre suas páginas. Há muitas maneiras de tratar bem, e até maltratar, um livro em papel e Xavier Velasco dá um receituário interessante de 34 coisas impossíveis de se fazer com o livro digital. Leia

Um obelisco à leitura

Quando o país se ver inflacionado por tanto projeto clientelista de apoio à divulgação da leitura e do livro, dá gosto ver que quando população e governo se unem o problema é resolvido com soluções “antigas” como instalação de biblioteca, promoção de feira de livros, com distribuição de vale-livro de R$ 15 aos estudantes municipais, e até leitura entre os funcionários por meia hora diariamente.
A relação com os livros em Morro Reuter, município gaúcho de apenas 5.599 habitantes, segundo dados de 2007, e a 60 Km de Porto Alegre, se tornou tão grande que até o marco e o selo da cidade são livros. O Obelisco dos Livros, criado em 2005 pelo artista plástico Gustavo Nakle, com 11 metros de altura representando uma pilha de 72 volumes, foi erguido em frente à Prefeitura.
A cidade ocupa o segundo lugar nacional no Ranking Brasileiro de Alfabetização do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com 98,4% de alfabetizados.

Praça de Leitura em Niterói

A Praça Luiz de Camões, no Centro de Niterói, ganhará uma Praça de Leitura, no dia 10 de março. O local será reativado com a instalação de uma livraria da Editora da Universidade Federal Fluminense, atrás do prédio do Instituto de Matemática da UFF, e a praça para os leitores, onde se poderá ler os livros sem precisar comprá-los e se encontrará um roteador com internet de acesso livre.
A livraria disponibilizará, além do catálogo da Eduff, obras de autores de Niterói e de editoras locais que muitas vezes não encontram espaço em grandes livrarias.

Línguas em extinção

‘Não se habita um país, se habita uma língua. Essa é a pátria e não outra coisa’
Emil Cioran, escritor e filósofo romeno (1911- 1995)

O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de línguas ameaçadas de extinção. A Índia lidera o ranking, com 196 línguas ameaçadas, seguida pelos Estados Unidos, Brasil, Indonésia, México e China. Os dados constam na nova edição do Atlas Interativo de Línguas em Perigo no Mundo, apresentado este mês na sede da Unesco, em Paris, e acessível no site da Unesco. São 2,5 mil línguas ameaçadas no mundo, que podem desaparecer até o final deste século.
Segundo o levantamento, feito por 25 linguistas, 190 línguas indígenas correm risco de desaparecer no Brasil, sendo que 45 delas foram classificadas na categoria de risco mais elevado. Dois exemplos são o kaixána, falado por apenas uma pessoa em Japurá, no Amazonas, e o mawayana, preservado por somente 10 indígenas, na fronteira com a Guiana. O Atlas também contabiliza 12 línguas mortas no Brasil, quase todas situadas na região da Amazônia. Das cerca de 6,7 mil línguas faladas no mundo, 200 já desapareceram completamente nas últimas três gerações, 538 estão na categoria de risco crítico e 199 são faladas por menos de 10 pessoas, segundo a Unesco.

Drogaria arrecada livros para bibliotecas

A centenária rede nacional de drogarias Droga Raia arrecadou, apenas no Rio de Janeiro, 8.827 livros durante a campanha iniciada em novembro, "Doe um livro e coloque uma história na vida de alguém". Os livros vão beneficiar os acervos de 24 bibliotecas municipais e bibliotecas escolares da região onde estão instaladas lojas da rede.

Clientelismo pode acabar

Os projetos que circulam na Câmara Federal para que as escolas criem suas bibliotecas significam o fim daqueles que armam barraca no clientelismo e tomam assento nos programas governamentais. O Estado deve tomar para si o encargo de aplicar recursos em escolas e bibliotecas, em professores e bibliotecários, ao invés de, em troca de premiação, outorgar a função a terceiros, mais de olho em lucros empregatícios em governos ou em verbas que nunca são revertidas para o bem social. É um avanço para exterminar os aproveitadores sempre atentos em descobrir uma brecha para se locupletar.
O dinheiro público melhor poderá ser investido em prédios bem aparelhados, servindo diretamente como pontos de leitura, complementando campanha junto aos pais para estimularem a leitura. É o que se vê no exterior, onde os governos tomam a responsabilidade de bem administrar os órgãos do setor cultural, deixando à iniciativa privada quaisquer outras programações na área.
(Editorial de + Leitura)

'+ Leitura' de março já circula na cidade

A edição de março do folhetim + Leitura já está circulando em Maricá, e se encontra disponível na livraria Canto do Livro (Rua Domício da Gama, 287,lj 2). O + Leitura traz como manchete a reportagem sobre os dois projetos que circulam na Câmara, determinando um prazo de cinco anos para todas as escolas públicas e privadas do país instalarem bibliotecas. O editorial de + Leitura analisa o efeito desses projetos dos deputados que podem por fim aos aproveitadores dos programas de leitura do governo, que se locupletam com prêmios sem efetivamente fazer nada do que propõem.
A publicação também dá destaque ao problema da Biblioteca Pública Municipal Leonor Leite Bastos de Souza, em Maricá, que teve sua área ocupada pelo anfiteatro e desde então ocupa o espaço sob as arquibancadas. O prédio, construído há quatro anos, sofre com infiltração, obrigando as funcionárias a cobrirem as estantes com plástico durante a noite para evitar que o pinga-pinga atinja os livros. Ainda sobre bibliotecas, o + Leitura traz uma reportagem sobre a recuperação das maiores bibliotecas estaduais no Rio e em Niterói.
O folhetim é produzido pela Leitores & Livros e impresso pela Ponto de Cultura Editora.