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Gostaria de ser conhecido como estraçalhador de corações, ainda que não merecesse a fama.
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Matthew Trueman |
Há décadas ele não faz outra coisa além de escrever. Quando o aconselham a viver um pouco, ele diz estar ocupado em ser mártir. Mártires são seus leitores…
Duas borboletas não sabem se continuam voando ou se param um pouco para fazer um haicai.
Como piorou a situação. Ontem se assaltavam palácios. Hoje, até fundos de pensão.
Quando os participantes do velório estavam começando a se acostumar com o defunto, e até a achá-lo agradável, chegou a hora de enterrá-lo.
Não, pelo que sei, Oscar Wilde não era pseudônimo da Dorian Gray.
Um dia, não tendo no que pensar, resolveu tornar-se filósofo.
Fazer haicais com o quê? Estrelas não caem mais em lagos, pulam direto nas caçambas.
Se Fernando Pessoa não tivesse existido, alguém precisaria inventá-lo. Mas quem (perdão, Quem) se atreveria?
Um dia atinjo minha meta. Ontem eu era menos que um, agora já sou meio poeta.
Nas guerras contra o amor, eu sempre quis ser capitão e negociar minha rendição.
A única coisa autêntica que eu sempre tive foi a tristeza. Nunca a reconheceram.
Por uma razão imprecisa foi proibido o show dos três tenores em Pisa.
A poesia nem sempre é um dom: às vezes é um encargo, outras vezes uma danação.
Na minha melhor fase cheguei a ser poeta – ou quase.
Não sou poeta, já disse. Tentei muito, não nego, mas nunca passei de vice.
Antes que eu desista e morra, que Alguém me salve ou socorra. Pode ser qualquer um: Deus, o bom Júpiter ou Zeus.
Que esplêndido poeta eu teria sido, se antes de amadurecer não tivesse apodrecido.
Quando estivermos mortos, seja nosso mérito ou não, teremos nisso igualado César sem atravessar o Rubicão.
Não merece mais que risos a cantoria dos pardais: nunca mais, nunca mais.
Raul Drewnick
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Duas borboletas não sabem se continuam voando ou se param um pouco para fazer um haicai.
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Como piorou a situação. Ontem se assaltavam palácios. Hoje, até fundos de pensão.
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Quando os participantes do velório estavam começando a se acostumar com o defunto, e até a achá-lo agradável, chegou a hora de enterrá-lo.
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Não, pelo que sei, Oscar Wilde não era pseudônimo da Dorian Gray.
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Um dia, não tendo no que pensar, resolveu tornar-se filósofo.
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Fazer haicais com o quê? Estrelas não caem mais em lagos, pulam direto nas caçambas.
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Se Fernando Pessoa não tivesse existido, alguém precisaria inventá-lo. Mas quem (perdão, Quem) se atreveria?
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Um dia atinjo minha meta. Ontem eu era menos que um, agora já sou meio poeta.
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Nas guerras contra o amor, eu sempre quis ser capitão e negociar minha rendição.
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A única coisa autêntica que eu sempre tive foi a tristeza. Nunca a reconheceram.
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Por uma razão imprecisa foi proibido o show dos três tenores em Pisa.
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A poesia nem sempre é um dom: às vezes é um encargo, outras vezes uma danação.
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Na minha melhor fase cheguei a ser poeta – ou quase.
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Não sou poeta, já disse. Tentei muito, não nego, mas nunca passei de vice.
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Antes que eu desista e morra, que Alguém me salve ou socorra. Pode ser qualquer um: Deus, o bom Júpiter ou Zeus.
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Que esplêndido poeta eu teria sido, se antes de amadurecer não tivesse apodrecido.
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Quando estivermos mortos, seja nosso mérito ou não, teremos nisso igualado César sem atravessar o Rubicão.
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Não merece mais que risos a cantoria dos pardais: nunca mais, nunca mais.
Raul Drewnick
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