Os livros, em geral, ficavam espalhados pela nossa casa. Como sou um pouco mais velho que meu segundo irmão — temos seis anos de diferença —, fui o primeiro a sair do quarto comum. Minha casa tinha dois andares, toda a família dormia em cima e eu, embaixo. Esse meu quarto era também um lugar onde meu pai armazenava livros. Ali, lembro de algumas coleções muito interessantes, de mitologia, e essa proximidade talvez tenha influenciado meu gosto, ou as próprias características da minha escrita. Em minha casa, só não havia livros na sala de visitas. A gente tinha uma garagem fechada, onde cabia pelo menos um carro. Mas nessa garagem, por exemplo, sempre houve livros. Nunca teve carro lá dentro. A gente deixava o carro na rua, e, na garagem, os livros. Então, a convivência com a leitura, para mim, foi tão natural quanto jogar bola na rua. Já minha mãe gostava de livros policiais, de Agatha Christie, que eu também lia. Então, eu sempre li. Não era nem um hábito, era um prazer
domingo, janeiro 24
Casa dos livros espalhados
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