Pesco o assunto por causa de um post de Nelson Ferreira dos Santos no Facebook. Aqui há tempos, diante da impossibilidade de meter nem que fosse mais um livro em casa sem o perigo de o chão abater, tivemos de nos livrar de muitos muitos muitos livros... Custa bastante (e já tenho saudades de alguns), mas, se queremos continuar a comprar e ter coisas novas, o melhor é prescindir de algumas das velhas. Lá em casa, por exemplo, tínhamos o mesmo título em edições diferentes, uma do Manel, outra minha, compradas em épocas diferentes, em línguas diferentes, de editoras diferentes. Tentámos que esse tipo de «exageros» fosse ponderado. Por outro lado, havia coisas que sabíamos não voltar a ler, coisas datadas, ultrapassadas, ou que não representaram absolutamente nada na nossa história como leitores. Guardávamos também livros da escola por razões que não se prendiam com os próprios livros, mas com a saudade da infância; e, além de alguns livros da primária e da Cartilha Maternal de João de Deus, acabou por ir tudo fora. No fim, nem foi tão mau como pensávamos (apesar do que eu disse acima sobre as saudades). Em todo o caso, para os mais hesitantes, há especialistas em «não acumular» que nos ajudam muito com os seus conselhos em matérias que têm que ver com a real necessidade de um livro, o gosto de reler, o valor estimativo, a pessoa que ofereceu, o pertencer a uma colecção, a facilidade em comprar de novo se for preciso, enfim... muitas razões para querermos ou não ficar com um livro quando sentimos que acumulámos demasiados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário