quinta-feira, dezembro 23
sexta-feira, outubro 29
Vão banir Lobato das escolas brasileiras
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O livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, o maior nome da literatura infanto-juvenil do Brasil, pode ser banido das escolas, apesar de se destacar no mundo lobatiano como um dos textos em que mais o escritor ridicularizou a burocracia, a corrupção e a inépcia do governo. Segundo parecer do Conselho Nacional de Educação, a obra, que desde 1933 incentiva a leitura entre a garotada, conteria conteúdo racista. Entre os trechos que "condenam" Lobato estaria a frase: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens".
A denúncia partiu da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Educação Básica do CNE apesar do próprio Ministério da Educação ter distribuído o livro para os alunos do ensino fundamental. Até decisão final do ministério, "Caçadas de Pedrinho" só poderá ser adotada nas escolas quando os professores "tiverem a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil". Mais informações aqui.
A triste notícia é divulgada no mesmo Dia Nacional do Livro em que são comemorados os 200 anos da Biblioteca Nacional, um das dez maiores do mundo, com 9 milhões de livros.
segunda-feira, outubro 18
Profissão de fé
'Quero que meu leitor lute pela liberdade'
Pedro Bandeira, escritor de literatura infantil no Brasil, onde já vendeu mais de 22 milhões de livros. Bandeira, em entrevista ao Espaço Aberto Literatura, completou ainda: "Só o conhecimento pode libertar este país"
Veja aqui
Pedro Bandeira, escritor de literatura infantil no Brasil, onde já vendeu mais de 22 milhões de livros. Bandeira, em entrevista ao Espaço Aberto Literatura, completou ainda: "Só o conhecimento pode libertar este país"
Veja aqui
quarta-feira, outubro 13
Mochila-estante para ter livro sempre à mão
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Há sempre a preocupação de como levar os livros para uma viagem. Depois de escolha demorada, resta-nos enfiar numa mochila. Mas para aqueles que se consideram homem (ou mulher)-biblioteca a novidade foi apresentada na recente Feira de Frankfurt. Pelos estandes desfilava um homem com sua mochila-estante, passeio flagrado pelo jornal El País. Uma idéia para quem deseja ter uma biblioteca, mesmo pequena, à mão durante a viagem.
terça-feira, outubro 12
Hoje é Dia da Leitura (mas só para uns poucos)
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Fica difícil para a leitura concorrer com o mercantilismo do Dia da Criança e a religiosidade do Dia da Padroeira, N. Sa. de Aparecida. E como a data é feriado nacional, ainda se tem que competir com a praia debaixo de um solão e o tradicional churrasco. É quase uma celebração inglória de uns poucos lembrar o Dia da Leitura, que fica restrita àqueles abnegados para quem todo o dia é dia de ler.
(Ilustração de Mónica Carretero)
segunda-feira, outubro 11
+ Leitura agora também em PDF
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Saiu a edição de outubro de + Leitura, produzido para a livraria Canto do Livro. Nesta edição a manchete fica para a biblioteca Máquina do Saber, instalada por uma indústria de veículos agrícolas e a Prefeitura de Piracicaba, em São Paulo, no terminal rodiviário, onde circulam diariamente 500 mil pessoas. Outros destaques são as cidades paulistas de Taubaté, onde nasceu Monteiro Lobato, que pretende se tornar Capital Nacional da Literatura Infantil, e Lençóis Paulista, que pode ser considerada a cidade brasileira dos livros. A cidade dos canaviais tem mais de 90 mil livros em espaços públicos para uma população de 62 mil pessoas.
Esta edição também está disponível em PDF e pode ser solicitada através do endereço cantodolivro@leitoreselivros.com.br. Este novo serviço faz parte de uma série de ações que a livraria pretende desenvolver.
sexta-feira, outubro 8
Grafiteiros 'pintam' biblioteca
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A Biblioteca Municipal Professora Leonor Leite Bastos de Souza, em Maricá, mais uma vez sofre com a violência governamental do descaso. Grafiteiros, aproveitando a falta de vigilância sujaram todo o anfiteatro, que faz parte do mesmo conjunto arquitetônico, e começam a pintar as paredes externas da biblioteca sem que a Secretaria de Cultura tome qualquer providência contra o vandalismo.
Desde a inauguração em 2005, na mesma área do antigo prédio demolido, quando foi relegada aos porões da arquibancada do anfiteatro, a biblioteca se tornou a vítma cultural preferida dos governos. Com menos de 100 m², abriga um acervo constantemente atingido pelas infiltrações e goteiras em época de chuva. Sem oferecer ao público condições adequadas e salutares, além de não ter um acervo atualizado, a instituição vem perdendo livros devido aos problemas com a umidade.
(O novo atentado contra a biblioteca foi denunciado também na edição de outubro de + Leitura e ainda em artigo publicado no portal Território Livre aqui)
quarta-feira, agosto 11
+ Leitura chegou
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Ainda são destaques as reportagens sobre o Brasil de poucas livrarias, o México que estimula os livreiros e a França que luta para conservar os velhos locais de vendade livros. Também leia sobre a velha fábrica de açúcar que os espanhóis transformaram em espaço para o leitor entre 13 e 25 e o analfabetismo de 13 milhõesde brasileiros no grupo dos nove países em desenvolvimento mais populosos do mundo.
segunda-feira, julho 26
Descobrindo a loja das maravilhas
A senhora adentra a galeria e pede orientação sobre se o número conferia com que lhe deram de um consultório médico. Não era ali, mas com espanto descobriu uma porta de livraria e por um bom tempo se esqueceu da consulta. “Que maravilha”, exclamou com o entusiasmo da beleza de seus cabelos prateados. Por lá ficou, espreitando as estantes e consultando um e outro livro. Saiu com dois volumes e a promessa de que voltará. Esperamos que sempre com a mesma alegria de quem viu a loja das maravilhas.
sexta-feira, julho 23
O gigante dos livros
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sexta-feira, julho 16
Amor à leitura não tem idade
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quinta-feira, julho 15
Amar é... conviver
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quarta-feira, julho 14
sexta-feira, junho 18
Chegou novo '+Leitura'
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O "+ Leitura" ainda destaca o trabalho do governo de Diadema que organiza seus Pontos de Cultura e criou inclusive um espaço inédito de leitura nas fábricas. Ainda em São Paulo, é destaque a biblioteca criada na área do antigo presídio do Carandiru. O espaço tem todo o requinte para atender os usuários inclusive com poltronas, pufes e muito verde.
Saiba ainda quem é o garoto prodígio de leitura nas bibliotecas do metrô, entre quase 45 mil cadastrados, que em um ano apanhou numa das estações 126 livros para ler. A "bicicloteca", a transformação de um galinheiro em biblioteca e o Book Crossing, desenvolvido pelos cariocas, são outros dos muitos assuntos da nova edição de "+ Leitura".
Morreu Saramago
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'Acho que na sociedade atual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objetivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objetivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma'
O escritor português José Saramago, um dos importantes autores da literatura de língua portuguesa e primeiro a receber um Nobel nesse idioma , morreu na manhã de hoje (8h de Brasília) em sua casa na ilha de Lanzarote, arquipélago espanhol, onde vivia desde os anos 90. A obra está acabada. O que tinha a dizer, disse. Foi-se o autor, mas seus livros e suas lições ficam formando o alicerce do eterno para uma Humanidade.
sexta-feira, junho 11
Governo dá telecentros para bibliotecas municipais
Os municípios têm até terça-feira para indicarem ao Ministério das Comunicações as bibliotecas públicas municipais que poderão ser contempladas com novos telecentros comunitários, dentro do programa de Inclusão Digital do Governo Federal, que vem realizando um grande esforço para diminuir o número de brasileiros sem acesso à internet.
O governo federal já entregou 7 mil telecentros para 5.480 municípios, o que significa que 98,25% dos municípios do Brasil contam com pelo menos um Telecentro Comunitário, cuja composição é de: 11 computadores – 10 terminais e um servidor – cada, além de impressora a laser, projetor data-show, um roteador para acesso à internet e o mobiliário, que inclui armários, cadeiras e mesas. A contrapartida municipal é apenas a disponibilização do espaço físico para instalação dos equipamentos e de monitores para atendimento ao público.
“Nosso objetivo é garantir que a biblioteca pública continue sendo um local de democratização do acesso à informação e ao conhecimento”, afirma Carlos Paiva, Coordenador-Geral de Acompanhamento de Projetos Especiais da Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações.
O governo federal já entregou 7 mil telecentros para 5.480 municípios, o que significa que 98,25% dos municípios do Brasil contam com pelo menos um Telecentro Comunitário, cuja composição é de: 11 computadores – 10 terminais e um servidor – cada, além de impressora a laser, projetor data-show, um roteador para acesso à internet e o mobiliário, que inclui armários, cadeiras e mesas. A contrapartida municipal é apenas a disponibilização do espaço físico para instalação dos equipamentos e de monitores para atendimento ao público.
“Nosso objetivo é garantir que a biblioteca pública continue sendo um local de democratização do acesso à informação e ao conhecimento”, afirma Carlos Paiva, Coordenador-Geral de Acompanhamento de Projetos Especiais da Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações.
quarta-feira, junho 9
Livrarias inundadas no Rio
Devido a um entupimento na tubulação da Cedae, duas livrarias importantes situadas num subsolo de uma galeria na avenida Rio Branco, no Rio, foram atingidas ontem pelas águas e o esgoto. Sofreram danos ainda não calculados, a Leonardo da Vinci, tradicional livraria da cidade com 58 anos, que possui no local cinco lojas, e também o sebo Berinjela. Apesar do esforço dos donos e funcionários, retirando os livros, muitos se perderam.
O caso não é inédito. Recentemente também outra tradicional livraria, a Camões, situada em um prédio próximo, quase na esquina com a mesma avenida, também foi atingida quando houve vazamento de um cano de água.
O caso não é inédito. Recentemente também outra tradicional livraria, a Camões, situada em um prédio próximo, quase na esquina com a mesma avenida, também foi atingida quando houve vazamento de um cano de água.
terça-feira, junho 8
'+ Leitura' em universidade
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Mais uma vez a livraria Canto do Livro recebe o pedido de remessa de exemplares mensais de "+ Leitura" para universidades. Desta vez a Universidade Estácio de Sá - núcleo Niterói solicitou a entrega de "+ Leitura" para o curso de Leitura e Produção Textual por sua importância para a divulgação do livro e da leitura em forma jornalística.
A publicação, distribuída em pontos do Centro de Maricá e em escolas locais, também é levada para universidades no Rio e em Niterói e segue ainda para leitores no Brasil e exterior. Criada nos últimos meses de 2004 para a livraria, sua publicação foi retomada em 2006, a partir de quando teve edição regular, em formato A3.
sexta-feira, junho 4
Brasil terá que construir 25 bibliotecas por dia
Municípios e Estados vão ter que se superar para construir por dia 25 bibliotecas até 2020, apenas nos estabelecimentos de ensino fundamental, para poderem cumprir a lei sancionada no dia 25 de maio, que determina que toda a escola pública e privada deve ter uma biblioteca em no máximo dez anos. O diagnóstico foi feito pelo movimento Todos pela Educação em dados do Censo da Educação Básica de 2008.
"Essa dificuldade é decorrente da falta de visão do Brasil sobre a importância da biblioteca. No mundo todo as bibliotecas são doadas por mantenedores que têm uma alegria imensa de poder doar um acervo", diz Luis Norberto, do Comitê Gestor do Todos pela Educação.
Segundo a pesquisa, o país tem um déficit de 93 mil bibliotecas no ensino fundamental, sendo 89,7 mil de escolas públicas e 3,9 mil de estabelecimentos privados de ensino. Já na educação infantil, apenas 20% das escolas possuem acervo literário. A situação menos grave é do ensino médio, que precisará adotar a medida em apenas 3.471 colégios.
O estudo também chama a atenção para outro fator que pode dificultar o cumprimento da lei: faltarão profissionais qualificados para trabalhar nesses espaços. A legislação estabelece que as bibliotecas devem ser administradas por bibliotecários. Mas há apenas 21,6 mil profissionais habilitados, enquanto o país conta com aproximadamente 200 mil escolas de educação básica.
"Essa dificuldade é decorrente da falta de visão do Brasil sobre a importância da biblioteca. No mundo todo as bibliotecas são doadas por mantenedores que têm uma alegria imensa de poder doar um acervo", diz Luis Norberto, do Comitê Gestor do Todos pela Educação.
Segundo a pesquisa, o país tem um déficit de 93 mil bibliotecas no ensino fundamental, sendo 89,7 mil de escolas públicas e 3,9 mil de estabelecimentos privados de ensino. Já na educação infantil, apenas 20% das escolas possuem acervo literário. A situação menos grave é do ensino médio, que precisará adotar a medida em apenas 3.471 colégios.
O estudo também chama a atenção para outro fator que pode dificultar o cumprimento da lei: faltarão profissionais qualificados para trabalhar nesses espaços. A legislação estabelece que as bibliotecas devem ser administradas por bibliotecários. Mas há apenas 21,6 mil profissionais habilitados, enquanto o país conta com aproximadamente 200 mil escolas de educação básica.
quinta-feira, junho 3
Leitura de feriado
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“Talvez nem todos tenham noção do que significa, para um viciado em livros, reduzir todas as possibilidades de conhecimento (e de prazer) a não muito mais de 4 mil obras.
Não vale a pena mencionar detalhes, que seções foram mais ou menos afetadas. Importa é que no fim desse drama consegui tornar a casa transitável, moderar a compulsão e descobrir coisas muito profundas a respeito de mim mesmo.”
Não vale a pena mencionar detalhes, que seções foram mais ou menos afetadas. Importa é que no fim desse drama consegui tornar a casa transitável, moderar a compulsão e descobrir coisas muito profundas a respeito de mim mesmo.”
Veja o texto completo aqui
quarta-feira, junho 2
Tantos livros para tão pouco tempo
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Em quantos passaremos os olhos sem qualquer interesse?
Quantos você lerá apenas para passar o tempo?
Quantos serão deixados pela metade?
Quais os que logo esquecidos (talvez a maior parte, quase sempre os desucesso)?
Quantos guardará deles sua história, seus personagens, seu conteúdo?
Quantos serão guardados com carinho?
Quantos deixarão em você ao menos uma frase, uma visão de vida?
Quantos você relerá, e relerá, relerá?
Segundo um programa de tevê da National Geographic, uma pessoa comum lerá, em média, 543 livros em toda a sua vida. Se você acha pequena a média de livros, verá que, no final das contas, bem poucos realmente serão os "seus" livros por toda a eternidade.Mas, então, quando passar todo o tempo, você terá comprado bem mais livros do que realmente precisaria. E antes do ponto final, só então chegará à conclusão que gastou muito tempo em tanto livro sem interesse. Mas será tarde demais, devendo se consolar, porque ao menos não deixou seu livreiro morrer de fome.
segunda-feira, maio 31
Acervo recuperado para Biblioteca do Rio
A Cooperativa de Bibliotecários, Documentalistas, Arquivistas e Analistas da Informação (Data Coop) entregou, inteiramente recuperadas, 1.200 publicações que estavam fora do alcance do público, devido ao mau estado de conservação, à Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro. O material pertencia à Coleção Ferreira da Rosa - autor de “O lupanar”, livro que retrata o universo das prostitutas de origem judaica, vindas da Europa Oriental para o Rio no fim do século XIX. Entre o material recuperado estão exemplares dos jornais O Payz, O Brazil e Jornal do Commercio, inclusive o primeiro número, editados entre meados do século XIX e início do século XX, além de uma centena de obras raras.
domingo, maio 30
Domingo ... de descanso
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sábado, maio 29
De cabeça, nos livros
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sexta-feira, maio 28
Seis anos de cultura em Maricá
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Hoje a livraria abre um coração de leitores no Centro de Maricá. Vende livros, mas principalmente cuida dos leitores, seja na loja ou através da internet, no blog, ou em nosso informativo + Leitura. Todas nossas ações visam o melhor para o leitor. Indica um título aqui, outro ali; orienta onde se pode encontrar tal obra; procura entender a necessidade de cada um; recebe todos como amigos do livro. E mais ainda divulga, dia a dia, a preciosidade que é ler em qualquer idade.
Fidelidade, amizade e amor pelos livros e pela cultura fazem com que hoje estejamos dando parabéns a todos por uma livraria que, na cidade, é um coração cheio de cultura.
quinta-feira, maio 27
Um ‘crâneo’ com livros
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terça-feira, maio 25
Lei obriga escola ter biblioteca
Todas as escolas, públicas e privadas do Brasil, enfim, deverão ter biblioteca. A Lei 12.244, sancionada pelo presidente Lula, publicada hoje no Diário Oficial, determina que cada biblioteca deve ter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, e a organização, a manutenção e o funcionamento desses novos espaços devem ser definidos pelas instituições. Ainda segundo a publicação oficial, os acervos, que devem ser implantados no máximo em dez anos, devem contar com "coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura".
Em Maricá, desde 2004, quando foi inaugurada, a livraria Canto do Livro tem insistentemente tratado do problema através de sua publicação + Leitura e inclusive com doações às bibliotecas de escolas no município. As ações da livraria beneficiaram, entre outros, os acervos das escolas Carlos Magno e Joaquim Eugênio (foto acima) e a biblioteca do antigo Centro de Ensino de Itaipuaçu.
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quinta-feira, maio 20
CBL entrega na Câmara relatório sobre livro digital
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) entregou hoje, na Câmara, durante o II Seminário do Livro e da Leitura no Brasil, relatório sobre livro digital, elaborado a partir dos debates realizados ao longo de um ano pela Comissão de Livro Digital da entidade. O relatório apresenta recomendações e considerações sobre a nova tecnologia, distribuídas em mapeamento do mercado; modelos de negócios; e aspectos legais, considerados os mais preocupantes pela CBL, uma vez que tratam de tributação, pirataria e modelo de comercialização.“É preciso garantir a justa remuneração dos diversos agentes da cadeia produtiva do livro. Sem tal providência, ficará difícil desenvolver e consolidar o mercado do livro digital. Segurança quanto à autenticidade e legalidade dos conteúdos também será fundamental, pois a digitalização de conteúdos editoriais suscitará facilidades à pirataria”, afirma Rosely Boschini, presidente da CBL
quarta-feira, maio 19
Livraria, pra quê?
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*Para entrar e roubar um livro quando o livreiro ou livreira estiver desatento
*Para comprovar um importante detalhe do programa Photoshop que tentamos baixar da internet e nunca conseguimos
*Para ler aos poucos aquele livro de bolso muito interessante, mas que não desejamos gastar um centavo em sua compra
*Para passar o tempo enquanto não chega a sua hora no dentista
*Para perguntar se tiram xerox
*Para saber se há um livro, “de capa azul bem clarinho”, que leu na infância e gostou muito. Mas não sabe nem o autor nem o título
*Para reservar um livro que na próxima semana já teremos esquecido que está reservado. E depois de meses ainda estar procurando o livro
*Para perguntar: “Posso dar uma olhadinha?” E cumprir o prometido. Passa tão rapidamente pela livraria que some logo pela porta
*Para se abrigar do toró repentino, e patinar toda molhada entre as estantes
*Para reclamar, injuriado: “Nunca vi uma livraria que não vendesse caneta e lápis!”
*Para descobrir, desanimado (a), que há tanto livro publicado que nem sabe por onde começar a escolher
*Para ouvir da jovem, obrigada a ler um livro recomendado pelo professor, que recusa a aceitar a nova edição: “Não é esse não, mãe. O livro tem capa diferente”, garante com sabedoria estudantil que ignora ainda as velhas histórias hoje apresentadas só com capas diferentes
*Para passar horas vasculhando os volumes e um e outro papo com os livreiros
*Para confundir livraria e igreja, ficar encantado com as prateleiras cheias de livros, as cores e os cheiros, e confessar por fim: “Não gosto muito de ler”
*Para pedir o livro que não existe. Como por exemplo querer o “D. Quixote”, de Alexandre Dumas, e ainda achar o livreiro um ignorante, porque explicou que só existe “D. Quixote”, de Cervantes
*Para achar que o livro ali está sempre esperando que tenha dinheiro para sua compra. E ficar chateado quando os outros compraram antes
*Para ouvir de gente humilde: “Chego aqui e me sinto no paraíso”
*Para garantirmos que o livro, que já reservamos em outras lojas da cidade, enfim poderemos ter em mãos... em todas elas
*Para o livreiro, quando fecha as portas todo o dia, ficar satisfeito de estar na melhor profissão com um mundo de amigos em papel e outros, quase tantos, a conhecer todo o dia
(Versão própria do original publicado aqui)
*Para comprovar um importante detalhe do programa Photoshop que tentamos baixar da internet e nunca conseguimos
*Para ler aos poucos aquele livro de bolso muito interessante, mas que não desejamos gastar um centavo em sua compra
*Para passar o tempo enquanto não chega a sua hora no dentista
*Para perguntar se tiram xerox
*Para saber se há um livro, “de capa azul bem clarinho”, que leu na infância e gostou muito. Mas não sabe nem o autor nem o título
*Para reservar um livro que na próxima semana já teremos esquecido que está reservado. E depois de meses ainda estar procurando o livro
*Para perguntar: “Posso dar uma olhadinha?” E cumprir o prometido. Passa tão rapidamente pela livraria que some logo pela porta
*Para se abrigar do toró repentino, e patinar toda molhada entre as estantes
*Para reclamar, injuriado: “Nunca vi uma livraria que não vendesse caneta e lápis!”
*Para descobrir, desanimado (a), que há tanto livro publicado que nem sabe por onde começar a escolher
*Para ouvir da jovem, obrigada a ler um livro recomendado pelo professor, que recusa a aceitar a nova edição: “Não é esse não, mãe. O livro tem capa diferente”, garante com sabedoria estudantil que ignora ainda as velhas histórias hoje apresentadas só com capas diferentes
*Para passar horas vasculhando os volumes e um e outro papo com os livreiros
*Para confundir livraria e igreja, ficar encantado com as prateleiras cheias de livros, as cores e os cheiros, e confessar por fim: “Não gosto muito de ler”
*Para pedir o livro que não existe. Como por exemplo querer o “D. Quixote”, de Alexandre Dumas, e ainda achar o livreiro um ignorante, porque explicou que só existe “D. Quixote”, de Cervantes
*Para achar que o livro ali está sempre esperando que tenha dinheiro para sua compra. E ficar chateado quando os outros compraram antes
*Para ouvir de gente humilde: “Chego aqui e me sinto no paraíso”
*Para garantirmos que o livro, que já reservamos em outras lojas da cidade, enfim poderemos ter em mãos... em todas elas
*Para o livreiro, quando fecha as portas todo o dia, ficar satisfeito de estar na melhor profissão com um mundo de amigos em papel e outros, quase tantos, a conhecer todo o dia
(Versão própria do original publicado aqui)
quinta-feira, maio 13
+ Leitura volta a circular
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quarta-feira, maio 12
segunda-feira, maio 10
O paraíso de todos nós
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“A minha ideia de paraíso é uma livraria”
A frase é do escritor Rubem Fonseca que está escrevendo seu primeiro prefácio. O texto será apresentação de uma obra reunindo contos de 18 funcionários da rede de livrarias Travessa, a ser lançada este ano pela Agir. Desde já todos querem ir para o paraíso de Fonseca e esperam com ansiedade o prefácio. A nota foi publicada na coluna No Prelo do jornal O Globo.
sexta-feira, abril 30
RJ: menos de uma biblioteca para 100 mil
O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas nos 5.565 municípios brasileiros – apenas 600 sem biblioteca entre 2007 e 2008- e divulgado hoje pelo Ministério da Cultura, mostra que 93% dos municípios fluminenses possuíam, em 2009, ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde a 138 bibliotecas em 86 municípios. Em 1% dos casos, ainda estão em fase de implantação ou reabertura e em 5% estão fechadas, extintas ou nunca existiram. Considerando as que estão em funcionamento, existe 0,86 biblioteca por 100 mil habitantes.
O levantamento aponta que, no Rio de Janeiro, as bibliotecas emprestam 223 livros por mês e concentram acervo superior a 10 mil volumes (45%). Mais da metade possui computador com acesso à internet (55%) e 30% oferecem este serviço para o público. Os usuários frequentam o local uma vez por semana e utilizam o equipamento preferencialmente para pesquisas escolares (71%). Quase todas funcionam de dia (99%), de segunda à sexta (100%), algumas aos sábados (22%), poucas aos domingos (2%). No período noturno, somente 10% estão abertas aos usuários.
A região Sudeste tem 104 municípios sem bibliotecas – atrás apenas do Nordeste (161) – contando com a média de 2,12 bibliotecas por 100 mil habitantes. O município fluminense com maior número de bibliotecas por 100 mil habitantes é Macaé (1,54). O pior índice do estado é em São Gonçalo (0,10).
Segundo o documento, os fluminenses vão menos à biblioteca para o lazer (4%) do que a média nacional (8%), mas, como no restante do Brasil, o uso é maior para pesquisas escolares (71%), superior à média nacional (65%). Ainda assim a média de visita é de uma vez por semana, índice abaixo do nacional (1,9/semana) e do regional (1,6). Também os empréstimos de livros no Estado (223/mês) são inferiores às médias regional (421/mês) e nacional (296/mês).
No Rio de Janeiro a maior parte dos acervos são superiores a 10 mil volumes (45%). Nas demais faixas: entre 5 mil e 10 mil volumes (28%), entre 2 mil e 5 mil (23%) e abaixo de 2 mil (4%). Na média brasileira, as bibliotecas têm acervo entre 2 mil e 5 mil (35%). No entanto, apenas 4% das bibliotecas oferecem serviços para deficientes visuais, índice inferior ao nacional (9%). No caso dos serviços especializados para surdos-mudos, deficientes mentais ou físicos, o índice é o mesmo (4%), enquanto a média brasileira é de 6%.
À noite, apenas 10% das bibliotecas fluminenses estão abertas, equivalente a menos da metade da média nacional (24%). Segundo a pesquisa, 99% dos estabelecimentos funcionam de dia, de segunda à sexta (100%). Mas a pesquisa mostrou também que 22% abrem aos sábados – quase o dobro da média brasileira (12%) – e 2% aos domingos (o dobro da nacional).
O levantamento aponta que, no Rio de Janeiro, as bibliotecas emprestam 223 livros por mês e concentram acervo superior a 10 mil volumes (45%). Mais da metade possui computador com acesso à internet (55%) e 30% oferecem este serviço para o público. Os usuários frequentam o local uma vez por semana e utilizam o equipamento preferencialmente para pesquisas escolares (71%). Quase todas funcionam de dia (99%), de segunda à sexta (100%), algumas aos sábados (22%), poucas aos domingos (2%). No período noturno, somente 10% estão abertas aos usuários.
A região Sudeste tem 104 municípios sem bibliotecas – atrás apenas do Nordeste (161) – contando com a média de 2,12 bibliotecas por 100 mil habitantes. O município fluminense com maior número de bibliotecas por 100 mil habitantes é Macaé (1,54). O pior índice do estado é em São Gonçalo (0,10).
Segundo o documento, os fluminenses vão menos à biblioteca para o lazer (4%) do que a média nacional (8%), mas, como no restante do Brasil, o uso é maior para pesquisas escolares (71%), superior à média nacional (65%). Ainda assim a média de visita é de uma vez por semana, índice abaixo do nacional (1,9/semana) e do regional (1,6). Também os empréstimos de livros no Estado (223/mês) são inferiores às médias regional (421/mês) e nacional (296/mês).
No Rio de Janeiro a maior parte dos acervos são superiores a 10 mil volumes (45%). Nas demais faixas: entre 5 mil e 10 mil volumes (28%), entre 2 mil e 5 mil (23%) e abaixo de 2 mil (4%). Na média brasileira, as bibliotecas têm acervo entre 2 mil e 5 mil (35%). No entanto, apenas 4% das bibliotecas oferecem serviços para deficientes visuais, índice inferior ao nacional (9%). No caso dos serviços especializados para surdos-mudos, deficientes mentais ou físicos, o índice é o mesmo (4%), enquanto a média brasileira é de 6%.
À noite, apenas 10% das bibliotecas fluminenses estão abertas, equivalente a menos da metade da média nacional (24%). Segundo a pesquisa, 99% dos estabelecimentos funcionam de dia, de segunda à sexta (100%). Mas a pesquisa mostrou também que 22% abrem aos sábados – quase o dobro da média brasileira (12%) – e 2% aos domingos (o dobro da nacional).
Inaugurada biblioteca-parque no Rio
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"Cultura é um direito de todo o brasileiro e o Estado tem a obrigação de disponibilizar este direito"
Juca Ferreira, ministro da Cultura
Juca Ferreira, ministro da Cultura
A primeira biblioteca-parque do Brasil foi inaugurada nesta quinta-feira, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, com 40 computadores e um acervo de 25 mil livros e três aparelhos Kindle, leitor eletrônico com capacidade para armazenar até cem livros. O complexo cultural ainda conta com ludoteca, filmoteca, com 800 filmes, sala de leitura para portadores de deficiências visuais, acervo digital de música, com 3 milhões de músicas, cineteatro, cafeteria, acesso gratuito à internet e uma sala denominada Meu Bairro, para que a comunidade da região faça reuniões. Uma área de 3,3 mil m², que pertencia ao antigo Depósito de Suprimento do Exército, foi totalmente urbanizada e conta agora com a maior concentração de equipamentos sociais em uma comunidade carente da cidade, atendendo 16 comunidades com uma população estimada em 100 mil habitantes. A expectativa é que o complexo receba cerca de 1.500 visitantes por dia, para atividades de leitura, além de oficinas e cursos, e entre os seus 30 funcionários a maioria é de moradores locais.
'Onde tem cultura em geral o índice de violência abaixa'
ministro Juca Ferreira
Para equipar a biblioteca, o Ministério da Cultura investiu R$ 2,5 milhões através dos recursos do programa Mais Cultura. O equipamento teve investimento total de R$ 8,6 milhões, dos quais R$ 7,4 milhões do governo federal e R$ 1,2 milhão de contrapartida do governo do estado.A secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, anunciou que ainda este ano serão inaugurados novos modelos de centro de leitura em Niterói, na Região Metropolitana, em maio, e nas favelas Fazendinha, no Complexo do Alemão, e da Rocinha, na Zona Sul do Rio. A reabertura da Biblioteca Pública do Estado, no Centro, dentro do novo modelo, está prevista para o início de 2011.
Veja aqui no G1 mais fotos da biblioteca-parque
quinta-feira, abril 29
MinC anuncia Censo das Bibliotecas Municipais
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O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas sob encomenda do Ministério da Cultura, será anunciado amanhã em Brasília. O documento encomendado pelo ministério, que revela o perfil das Bibliotecas Públicas dos 5.565 municípios brasileiros, aponta número de empréstimos, acesso à internet, frequência de usuários, tema mais pesquisados, horário de funcionamento, perfil dos funcionários, número de bibliotecas por habitantes, entre outros.
O estudo tem como objetivo subsidiar e aperfeiçoar políticas públicas em todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal – voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas brasileiras, uma vez que também amanhã o MinC apresentará o edital de modernização de bibliotecas públicas de todo o país.
O estudo tem como objetivo subsidiar e aperfeiçoar políticas públicas em todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal – voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas brasileiras, uma vez que também amanhã o MinC apresentará o edital de modernização de bibliotecas públicas de todo o país.
quarta-feira, abril 28
Leitura agora chega de bicicleta
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O velho veículo está desbravando espaços para levar a leitura por todo lado. Em Campo Lindo (SP), o organizador de sarau, Binho, e o amigo Serginho Poeta resolveram criar uma caminhada cultural. Depois de muitas caminhadas a pé, lançaram uma biblioteca itinerante quando a expedição estava em Monguaguá, onde adquiriram uma por R$ 39 e conseguiram levantar mais de 200 volumes que ofereceram de porta em porta pela cidade.
O projeto “Bicicloteca: No Meio do Caminho Tem um Livro” agora dispõe de duas bibliotecas sobre rodas com livros que podem ser emprestados a qualquer momento. Por ser uma região de morro, a bicicleta percorre até 3 km diários, mas tem um ponto fixo próximo ao ponto de ônibus. O acervo de quatro mil livros vai de clássicos da literatura a gibis foram conseguidos através de doações. Mais de 700 livros já foram emprestados, com a média de 40 por dia.
Outra iniciativa que está aproveitando a bicicleta para divulgar a leitura foi lançado este mês na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, onde os moradores têm à disposição os volumes na porta de casa. Os exemplares chegam em uma bicicleta moderna, equipada com estantes com 70 livros e revistas (adultos e infantis), dirigida por um garoto, que é chamado de "biciclotecário". A bicicloteca é uma iniciativa da ONG Central Única das Favelas, idealizada pela roteirista de cinema Manuela Dias com o apoio do Colégio Mopi e da empresa Diálogo Design.
O projeto conta com madrinhas como as atrizes Camila Pitanga e Heloísa Perissé, que gravaram mensagens personalizadas com o nome dos moradores das casas por onde a bicicleta passar, convidando-os a pegar livros, revistas e gibis. O veículo, com alto-falante, vai percorrer três rotas previamente determinadas dentro da favela.
terça-feira, abril 27
Dirigir ou ler, eis a questão
Atividades incompatíveis ao mesmo tempo está levando motoristas de ônibus à punição depois de serem flagrados. Recentemente o motorista de um ônibus da linha 61, em Birmingham, na Inglaterra, foi suspenso depois que um passageiro divulgou um vídeo no YouTube, no qual ele aparece dirigindo com os cotovelos enquanto parece ler um livro. A empresa rodoviária National Express West Midlands divulgou comunicado afirmando que o motorista foi imediatamente suspenso e vai enfrentar um processo administrativo que pode levar à sua "provável demissão".
Mas o caso tem antecedentes como o do motorista de ônibus em Silver Spring, nos Estado Unidos, flagrado lendo um livro enquanto dirigia o veículo, segundo reportagem da emissora de tevê ABC 7. O flagrante foi registrado por uma passageira que estava no ônibus. Segundo a testemunha, a motorista ficou lendo e dirigindo ao mesmo tempo por mais de 20 minutos. Veja aqui
Mas o caso tem antecedentes como o do motorista de ônibus em Silver Spring, nos Estado Unidos, flagrado lendo um livro enquanto dirigia o veículo, segundo reportagem da emissora de tevê ABC 7. O flagrante foi registrado por uma passageira que estava no ônibus. Segundo a testemunha, a motorista ficou lendo e dirigindo ao mesmo tempo por mais de 20 minutos. Veja aqui
segunda-feira, abril 26
O 8 e o 80 para os livros
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Em Maricá, que mais uma vez deixou passar em branco todas as datas comemorativas do livro neste mês, o que ocorre é a denúncia da destruição da Biblioteca Municipal Professora Leonor Leite Bastos de Souza, instalada sob os degraus de um anfiteatro em 2006. Segundo publicado na internet, "as estantes são diariamente cobertas e descobertas, dependendo das condições climáticas. Quando chove, a biblioteca fica completamente alagada e com muitas goteiras dentro do prédio. Os livros molham, se danificam e estão sendo destruídos gradativamente. A estrutura está toda comprometida, com mofo e cupim. Ninguém aguenta ficar muito tempo lá, pois as doenças respiratórias se agravam. Funcionários e leitores prendem a respiração ou vão até a pequena porta para tomar um ar. Os aparelhos de ar condicionado não funcionam e só existe uma porta que não dá vazão para ventilação. O local está abandonado e muitos estudantes precisam do espaço para estudar e pesquisar". Veja aqui
sexta-feira, abril 2
Mundo faz festa para o livro infantil
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adultos.
Eliacer Cansino
Era uma vez
um barquinho pequenino,
que não sabia,
não podia
navegar.
Passaram uma, duas, três,
quatro, cinco, seis semanas,
e aquele barquinho,
aquele barquinho
navegou.
Era uma vez
um barquinho pequenino,
que não sabia,
não podia
navegar.
Passaram uma, duas, três,
quatro, cinco, seis semanas,
e aquele barquinho,
aquele barquinho
navegou.
Às vezes construíamos barquinhos de papel, íamos pô-los nos charcos e os barquinhos desfaziam-se sem conseguirem alcançar nenhuma costa.
Eu também era um barco pequeno fundeado nas ruas do meu bairro. Passava as tardes numa açoteia vendo o sol esconder-se à hora do poente, e pressentia na lonjura – não sabia ainda se nos longes do espaço, se nos longes do coração – um mundo maravilhoso que se estendia para lá do que a minha vista alcançava.
Por detrás de umas caixas, num armário da minha casa, também havia um livro pequenino que não podia navegar porque ninguém o lia. Quantas vezes passei por ele, sem me dar conta da sua existência! O barco de papel, encalhado na lama; o livro solitário, oculto na estante, atrás das caixas de cartão.
Um dia, a minha mão, à procura de alguma coisa, tocou na lombada do livro. Se eu fosse livro, contaria a coisa assim: «Certo dia, a mão de um menino roçou na minha capa e eu senti que as minhas velas se desdobravam e eu começava a navegar».
Que surpresa quando, por fim, os meus olhos tiveram na frente aquele objeto! Era um pequeno livro de capa vermelha e marca-de-água dourada. Abri-o expectante como quem encontra um cofre e ansioso por conhecer o seu conteúdo. E não era para menos. Mal comecei a ler, compreendi que a aventura estava servida: a valentia do protagonista, as personagens bondosas, as malvadas, as ilustrações com frases em pé-de-página que observava uma e outra vez, o perigo, as surpresas…, tudo isso me transportou a um mundo apaixonante e desconhecido.
Desse modo descobri que para lá da minha casa havia um rio, e que atrás do rio havia um mar e que no mar, à espera de partir, havia um barco. O primeiro em que embarquei chamava-se Hispaniola, mas teria sido igual se se chamasse Nautilus, Rocinante, a embarcação de Simbad ou a jangada de Huckleberry. Todos eles, por mais tempo que passe, estarão sempre à espera de que os olhos de um menino desamarrem as suas velas e os façam zarpar.
É por isso que… não esperes mais, estende a tua mão, pega num livro, abre-o, lê: descobrirás, como na cantiga da minha infância, que não há barco, por pequeno que seja, que em pouco tempo não aprenda a navegar.
(Tradução: José António Gomes)
quarta-feira, março 31
Biblioteca melhora vida de bairro
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A biblioteca ao ar livre de Magdeburg fica como exemplo a muito administrador público brasileiro que nunca tem idéia nenhuma quando se trata em melhorar a vida da população através da cultura.
sexta-feira, março 12
Parabéns, bibliotecários
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Dos trabalhos acadêmicos, foram selecionadas as teses de doutorado “Bibliotecas Comunitárias como prática social no Brasil”, de Elisa Campos Machado, e a de conclusão de curso de Adenilson Alves, “Leitura de Barraco: efeitos de leitura em uma biblioteca itinerante”.
Sobre bibliotecários, dica de dois textos: “O leitor e a bibliotecária”, de Ronaldo Correia de Brito, e “A bibliotecária”, de Andréia Donadon Leal.
quinta-feira, março 11
As livrarias de um viajante
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Cees Nooteboom, in “Caminhos para Santiago” (Nova Fronteira)
quarta-feira, março 10
Programa defende leitura no meio rural
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O programa Arca das Letras, nas pré-conferências setoriais da II Conferência Nacional de Cultura, que vão até domingo em Brasília, está pondo em discussão a importância de levar a leitura ao meio rural. O Arca das Letras, que desde 2003 leva bibliotecas às mais distantes comunidades rurais, extrativistas, indígenas e quilombolas do País, debate a formação de Redes de Bibliotecas Rurais e o fortalecimento dos agentes de leitura – voluntários que se dedicam à circulação dos livros e ao incentivo à leitura nas bibliotecas.
terça-feira, março 9
Governo ia comprar ‘pirata’
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segunda-feira, março 8
Mulher, essa leitora
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Merecem toda homenagem neste Dia Internacional da Mulher
sexta-feira, março 5
Do espaço de leitura à biblioteca
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quinta-feira, março 4
A nova capa de Lula
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quarta-feira, março 3
Sem comentário
segunda-feira, março 1
Ainda Mindlin, o Senhor dos Livros
Em janeiro deste ano, o bibliófilo José Mindlin, morto ontem aos 95 anos em São Paulo, concedia à Revista da Cultura, produzida para a livraria Cultura, uma longa entrevista para Cássia Fragata. Veja completa aqui
domingo, fevereiro 28
José Mindlin reencontra a Biblioteca Eterna
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"A gente passa, os livros ficam"
O bibliófilo, acadêmico e empresário José Mindlin faleceu na manhã deste domingo aos 95 anos no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado há um mês. O maior nome da bibliofilia no país começou a sua coleção ainda pré-adolescente ao comprar o “Discours sur l'Histoire universelle”, de Jacques-Bénigne Bossuet, de 1740, e deixa a biblioteca formada junto com a mulher Guita Mindlin, falecida em 2006, uma coleção com mais de 40 mil livros.
O grande apaixonado pelos livros, pela vida e pela família pouco escreveu (“Uma vida entre livros - Reencontros com o tempo” e “Memórias esparsas de uma biblioteca”), e deixou ainda o cd “O Prazer da Poesia”, mas para o país e a humanidade guardou um pouco do pensamento humano em raridades, que agora formam a Biblioteca José e Guita Mindlin, da USP.
O grande apaixonado pelos livros, pela vida e pela família pouco escreveu (“Uma vida entre livros - Reencontros com o tempo” e “Memórias esparsas de uma biblioteca”), e deixou ainda o cd “O Prazer da Poesia”, mas para o país e a humanidade guardou um pouco do pensamento humano em raridades, que agora formam a Biblioteca José e Guita Mindlin, da USP.
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