quarta-feira, dezembro 21
sexta-feira, novembro 25
Decálogo das livrarias
Neste Dia das Livrarias, que se repetirá toda última sexta-feira de novembro, quando a Espanha só fala de livros, esquecendo um pouco a crise, os livreiros estão oferecendo aos leitores não só grandes ofertas, com excelentes descontos, mas ainda um decálogo em formato de marcador de páginas. Um convite a se incentivar cada vez mais a livraria independente. Eis a conclamação:
Comprando aquí tus libros…
1- Apoyas la economía local.
2- Ayudas al medio ambiente.
3- Creas empleo en tu comunidad.
4- Fomentas un bien cultural.
5- Compartes nuestra experiencia.
6- Alimentas la red social.
7- Apoyas a los emprendedores.
8- Dinamizas el tejido cultural y social de tu barrio.
9- Favoreces la libertad de elección y la diversidad.
10- Haces de tu librería un destino único.
(Veja mais sobre a data em Día de las Librerías)
Comprando aquí tus libros…
1- Apoyas la economía local.
2- Ayudas al medio ambiente.
3- Creas empleo en tu comunidad.
4- Fomentas un bien cultural.
5- Compartes nuestra experiencia.
6- Alimentas la red social.
7- Apoyas a los emprendedores.
8- Dinamizas el tejido cultural y social de tu barrio.
9- Favoreces la libertad de elección y la diversidad.
10- Haces de tu librería un destino único.
(Veja mais sobre a data em Día de las Librerías)
quinta-feira, novembro 24
Leitura e ecologia
Para quem é chegado em uma economia de energia para ajudar a salvar o planeta, aí vai um projeto do norteamericano Rochus Jacob. Uma cadeira para leitura com iluminação garantida por uma bateria carregada quando leitor se balança. A Murakami foi uma das vencedoras do prêmio Green Life organizado pela Design Boom.
Dia do Santo Livreiro
A Espanha comemora nesta sexta-feira o Dia das Livrarias. Em todo país as lojas ficarão abertas até às 22 horas com as mais diversas atividades que vão desde palestras a recitais de poesia e leituras para crianças. O mercado está fazendo durante toda a semana uma convocação para mostrar sua capacidade de resistência com uma receita para enfrentar a crise: dinamismo, capacidade para superar mudanças, criatividade e união. Os ingredientes tentam superar os 7% de queda em vendas registrados em 2010.
Esta semana também houve encontro na Biblioteca Nacional, em Madri, onde escritores, editores e livreiros saíram em defesa das livrarias independentes. No encontro, surgiu a convocação de Luis Eduardo Aute: “Vamos encher de livrarias as ilhas desertas em que habitamos”. Segundo Antonio Gómez Rufo, “não se pode conceber maiores espaços de liberdade que os livros e com eles se pode melhor resguardar-se da mediocridade que domina tudo”.
Esta semana também houve encontro na Biblioteca Nacional, em Madri, onde escritores, editores e livreiros saíram em defesa das livrarias independentes. No encontro, surgiu a convocação de Luis Eduardo Aute: “Vamos encher de livrarias as ilhas desertas em que habitamos”. Segundo Antonio Gómez Rufo, “não se pode conceber maiores espaços de liberdade que os livros e com eles se pode melhor resguardar-se da mediocridade que domina tudo”.
terça-feira, novembro 8
O livro faz o destino
quinta-feira, novembro 3
Roubo de raridade
Um volume da edição original de “Hispania damiani a goes equitis lusitani”, escrito pelo humanista português Damião de Góis (1502-1574) e publicada em 1542 em Louvain, na Bélgica, foi roubada em outubro durante a Feira do Livro de Frankfurt, segundo revelou esta semana o jornal Bild. O volume de apenas 30 páginas, avaliado em aproximadamente R$ 40 mil, foi levado do estande do sebo holandês Asher Rare Books. Segundo o jornal, a obra poderá ser agora negociada até por dez vezes o valor de sua avaliação. Dois outros volumes encontram-se em Portugal: na Biblioteca Nacional, em Lisboa, e na Biblioteca da Universidade de Coimbra.
quinta-feira, outubro 27
As ilustrações de 'Hobbit' em seus 75 anos
A HarperCollins está lançando “The Art of the Hobbit” em comemoração aos 75 anos de “O Hobbit” de J. R. R. Tolkien. A obra reúne quase todos os desenhos do escritor sobre a Terra Média, local mágico onde se desenvolveria a trilogia “O Senhor dos Anéis”, depois de digitalizados novos acervos da biblioteca Bodleian, de Oxford, depositária do legado de Tolkien. O processo permitiu descobrir 110 aquarelas, desenhos e pinturas do escritor sobre o mundo de Bilbo Balseiro. A trilogia já vendeu até este aniversário 150 milhões de cópias.
terça-feira, outubro 18
Contra o fechamento de bibliotecas
Cidadãos de Brent, e até escritores, foram às ruas em protesto e até fazem vigílias diárias contra o fechamento de seis das 12 bibliotecas públicas - uma delas inclusive inaugurada pelo norte-americano Mark Twain em 1900 - dessa região a Noroeste de Londres devido aos cortes de gastos do governo. Segundo a associação de bibliotecas, as medidas de austeridade devem provocar o fechamento de 400 unidades na Ingtlaterra, num total de 20% de toda a rede. As bibliotecas públicas são uma instituição secular e muito querida entre os britânicos, principalmente por ofereceram uma alternativa gratuita de leitura a crianças e jovens. Leia mais aqui
quinta-feira, outubro 13
Maricá festeja Dia da Leitura... silenciosa
Como sempre o governo municipal foi pródigo em se programar para o Dia da Leitura, ocorrido nesse dia 12. Foi mais um "esquecimento" do prefeito Quaquá, professor e sociólogo, e do secretário Ricardo Cravo Albim, prequisador da MPB. A única programação, quando muitos governos promovem uma semana de eventos relacionados à leitura, foi instalar baldes, vasilhames, e recobrir as estantes com plástico, na véspera, para evitar mais estragos com uma rápida chuvada pela manhã de terça-feira, véspera da festa esquecida, o que se registrou nas fotos acima, conseguidas sob tentativas de cerceamento de informação. A leitura, portanto, continua a ser um crime governamental em Maricá.
Leia mais sobre o assunto em "Os cães zelosos do desmazelo público"
quinta-feira, outubro 6
Muito barulho...
As trombetas anunciam uma invasão não de ETs mas de aparelhagens eletrônicas no mundo dos livros. Apesar do estardalhaço com o admirável mundo novo que se prenuncia, o livro eletrônico, ao menos na Espanha, como noticiam os jornais, não anda tão bem das pernas. As vendas não chegam a 1% do mercado e a revolução digital tem pouca oferta de títulos, alto preço e dificuldades em se baixar o produto nos tablets. Apesar da pose que mereceu clique dos fotógrafos, o livro que mereceu até uma cafungada foi o velho e amigo impresso em papel. Veja mais sobre a polêmica invasão dos eletrônicos aqui
Dois em um bem prático
A eletrônica também está transformando o mais tradicional marcador. Para substituir aquele marcador de papel, que virou tradição ser oferecido por livrarias e editoras, o leitor agora pode até contar com um dicionário-marcador. O Electronic Dictionary Bookmark, que está custando em torno de R$ 57, foi lançado na Inglaterra e funciona como dicionário, no caso, apenas de inglês.
terça-feira, outubro 4
Viagem a bibliotecas desconhecidas
O jornalista espanhol Jesús Marchamalo, desde 2007, conheceu as bibliotecas de 20 escritores e o resultado das visitas e das conversas com os proprietários está sendo publicado em “Donde se guardan los libros” com inúmeras curiosidades. Como organizam, como cuidam e o que fazem para armazenar, como Mario Vargas Llosa em três casas, até 25 mil volumes. Uma viagem que vale a pena fazer mesmo que seja apenas na reportagem publicada aqui.
(Ilustração: Javier Marías em sua biblioteca)
(Ilustração: Javier Marías em sua biblioteca)
segunda-feira, outubro 3
A farmácia e a livraria
Lá na rua em que eu pensava,
tinha uma livraria
bem do lado da farmácia.
Todo mundo ia à farmácia
comprar frascos de saúde.
E depois ia do lado,
pra comprar a liberdade.
Mario Quintana (1906-1994)
tinha uma livraria
bem do lado da farmácia.
Todo mundo ia à farmácia
comprar frascos de saúde.
E depois ia do lado,
pra comprar a liberdade.
Mario Quintana (1906-1994)
segunda-feira, setembro 26
Inédito centenário de Doyle
O primeiro livro do escocês Arthur Conan Doyle (1859-1910), “The Narrative of John Smith”, chega às livrarias 127 anos depois de escrito. Agora editado pela British Library e também em versão audiobook com o ator Robert Lindsay, o livro inédito de 130 páginas foi escrito entre 1883 e 1884, quando Conan Doyle tinha 23 anos, alguns anos antes de ser publicada a primeira história de Sherlock Holmes, o personagem que imortalizou o autor. Os manuscritos foram extraviados nos correios quando enviados à editora e o escritor, mais tarde, tentou reescrever a história de um homem de 50 anos que está confinado ao espaço do seu quarto e todos os pensamentos que lhe ocorrem naquelas condições, desde a religião à guerra, passando pela literatura, até às conversas que tem com as visitantes. Foi esse o material encontrado nos documentos da coleção Doyle de posse da British Library desde 2007.
quinta-feira, setembro 22
Vendendo o peixe do ebook
Mestres em vender qualquer produto, os norte-americanos não se cansam de apelar para as pesquisas a fim de anunciar que o livro digital é a maior maravilha do mundo, talvez, segundo tanto anunciam, seja a maior descoberta dos séculos. Afinal, tudo é válido para vender os leitores eletrônicos, porque o investimento também é grande. Mas bem que poderiam baixar a bola em suas propagandísticas pesquisas como a recente da The Harris Pooll, publicada no The Bookseller. Segundo o levantamento, 16% dos americanos leem entre 11 e 20 livros ao ano e 20% deles leem mais de 21 títulos. Mas para vender seu peixe, a pesquisa acrescenta que um terço dos possuidores de Kindle ou outro leitor ficam na mesma faixa de leitura e outros 27% passam de 21 títulos. O desavisado bem que pode suspeitar que o eletrônico faz o leitor ler mais. E a partir daí talvez resolva se exercitar na nobre arte da leitura eletrônica, quando mal soube aproveitar o prazer em papel.
quarta-feira, setembro 21
Os maus usos do livro
Se o livro é o melhor amigo do homem, a recíproca não é verdadeira na maioria dessas relações, principalmente quando o livro chega à terceira idade. Aí mesmo que o bicho pega. Quando conseguem uma aposentadoria de ambiente mais agradável, vão servir para embelezar, com suas lombadas de couro, estantes de bibliotecas para quem precisa de ares intelectuais e compra a livralhada a metro bem medido. Quando caem em desgraça nas famílias, até são dados para as crianças fazerem seus exercícios de artistas plásticos, futuros mestres das artes mais do que abstratas. Mas nestes tempos de supervalorizar os eletrônicos, os livros parecem estar recebendo outro tratamento. O homem, também seu maior inimigo, está condenando os livros a objetos... para decoração, quando não até para vaso de plantas.
Conheça as tais “dicas” de decoração com livro aqui
Conheça as tais “dicas” de decoração com livro aqui
terça-feira, setembro 20
O livro e o tempo
“Nada nos parece mais vivo que um livro que não envelhece. Há livros que à primeira leitura parecem carregar a eternidade em suas páginas. Fazem sucesso, conquistam milhares de leitores, trazem a notoriedade para os autores felizes. Mas aos poucos vão murchando como dálias; nem um resto de perfume deixam no ar, como as rosas que fenecem. São livros mortos que pareceram, no entanto, tão pletóricos de seiva. Nada tinham da verdadeira vida, não exprimiam a grande realidade que muitas vezes se esconde num verso, numa linha, numa frase. Mas quando relemos um livro que há tempo não líamos encontramo-lo como da primeira leitura, aí a grandeza da literatura nos firma na terra, nos prende ao homem para nos sentirmos mais fortes e mais duros do que o tempo”
José Lins do Rego ("O cravo de Mozart é eterno")
José Lins do Rego ("O cravo de Mozart é eterno")
Biblioteca a serviço da cidadania
“A biblioteca deve estar a serviço da comunidade na qual está inserida. A biblioteca é um serviço público”
Felipe Lindoso discute a principal função dessa instituição de importância para a cidadania em "A “biblioteca civilizatória” e a biblioteca como serviço público". Veja aqui
sexta-feira, setembro 16
Livraria está salva?
A livraria independente The Travel Bookshop, inspiradora do cenário do filme “Notting Hill” (foto), de 1999, com Julia Roberts e Hugh Grant , foi “salva” depois do apito final. Fechada no último fim de semana, a livraria, fundada em 1979, no bairro londrino de Notting Hill, foi comprada pela rede The Book Warehouse, que anunciou a preservação do espaço especializado em guias e livros de viagens.
O anúncio não foi bem visto pela corrente de amigos da Travel. A poeta Olivia Cole, editora literária da revista “GQ” e líder da campanha de solidariedade contra o fecho da livraria, é uma das críticas da “salvação”. Para ela, a rede de livrarias pretende “transformar esta livraria especial (...) vivaz e independente numa loja sem valor”.
Leia mais aqui
O anúncio não foi bem visto pela corrente de amigos da Travel. A poeta Olivia Cole, editora literária da revista “GQ” e líder da campanha de solidariedade contra o fecho da livraria, é uma das críticas da “salvação”. Para ela, a rede de livrarias pretende “transformar esta livraria especial (...) vivaz e independente numa loja sem valor”.
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quarta-feira, setembro 14
De olho no digital
O mundo digital avança velozmente sobre o mercado livreiro a ponto de um dos móveis mais emblemáticos do catálogo da Ikea, segundo o jornal inglês The Economist, é a nova versão das estantes Billy (foto), com maior profundidade. A popular cadeia internacional de móveis está redesenhando o modelo para que caiba qualquer outro objeto que não seja apenas o livro impresso. Para o jornal, é um indicativo de que a indústria está se preparando para receber o livro digital.
A surra que Alcibíades daria aqui
O jovem Alcibíades, em visita a uma escola, procurou saber se lá estavam as obras de Homero, “Ilíada” e “Odisseia”. Quando descobriu que ali não havia qualquer exemplar das duas obras que considerava fundamentais para o ensino, num rompante de agressividade, partiu aos socos para cima do professor. O gesto de Alcibíades pode ser interpretado como violento e politicamente incorreto por agredir um profissional de tal respeitabilidade. O problema é que o Alcibíades da historinha, acontecida por volta de 430 a. C., se tornaria nada menos do que o general e político ateniense, amigo do filósofo Sócrates, e não admitia que uma escola grega pudesse dispensar aqueles livros.
Não se imagina o que Alcibíades, se aqui baixasse, faria hoje nas escolas brasileiras, que ainda por cima sequer biblioteca possuem, e adoram indicar adaptações de Homero por serem politicamente corretas para a época, conterem termos e linguagem mais atuais e principalmente serem mais curtas para atender ao gosto atual do estudante brasileiro. No mínimo, Alcibíades traria todos os heróis gregos e troianos para dar uma surra generalizada em particular nos tais orientadores educacionais. Será que o que servia para o estudante grego da Antiguidade não serve para o leitor brasileiro de hoje?
Não se imagina o que Alcibíades, se aqui baixasse, faria hoje nas escolas brasileiras, que ainda por cima sequer biblioteca possuem, e adoram indicar adaptações de Homero por serem politicamente corretas para a época, conterem termos e linguagem mais atuais e principalmente serem mais curtas para atender ao gosto atual do estudante brasileiro. No mínimo, Alcibíades traria todos os heróis gregos e troianos para dar uma surra generalizada em particular nos tais orientadores educacionais. Será que o que servia para o estudante grego da Antiguidade não serve para o leitor brasileiro de hoje?
sexta-feira, setembro 2
quinta-feira, setembro 1
Festa pra todos os gostos
Leitor algum pode reclamar. A partir de hoje e até o dia 11, a XV Bienal do Livro, no Riocentro, vai promover o lançamento de mil novos títulos. A estimativa do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, promotor do evento, é de que sejam vendidos este ano 2,5 milhões de exemplares. Na última edição, a média foi de cinco livros por pessoa com 74 % dos visitantes fazendo compras.
quinta-feira, agosto 25
Museu de Poe pode fechar
A modesta casa entre as ruas North Amity e West Lexington, num bairro marcado por décadas de miséria e delinqüência, em Baltimore, corre perigo de se tornar uma casa fantasma. Foi lá que onde morou o escritor Edgar Alan Poe (1809 – 1849) apenas por dois ou três anos. O bairro, de terrenos baldios, casas abandonadas e lojas fechadas, só recebe os visitantes que vão conhecer o museu do escritor, pagando quatro dólares para ver muito pouco.
Em tempo de crise, a prefeitura de Baltimore pelo segundo ano consecutivo está sem enviar subvenção ao museu. As contribuições recolhidas durante o bicentenário de nascimento do escritor permitem que o museu continue aberto, segundo o jornal The Baltimore Sun, apenas até julho do próximo ano. Leia mais aqui
Em tempo de crise, a prefeitura de Baltimore pelo segundo ano consecutivo está sem enviar subvenção ao museu. As contribuições recolhidas durante o bicentenário de nascimento do escritor permitem que o museu continue aberto, segundo o jornal The Baltimore Sun, apenas até julho do próximo ano. Leia mais aqui
quarta-feira, agosto 24
Uma 'estrela' se apaga
Em duas semanas, uma livraria que se tornou estrela de cinema vai desaparecer. O fim com data marcada é da The Travel Bookshop, instalada há 32 anos no bairro londrino de Notting Hill. A livraria, especializada em obras sobre viagens, guias turísticos e biografias de exploradores, inspirou a comédia romântica estrelada por Julia Roberts e Hugh Grant, que interpreta o livreiro inglês William Thacker. Depois de sua aparição na telas em 1999, a Travel Booshop se tornou ponto turístico de Londres.
Apesar do freqüente fechamento de lojas naquele país devido à crise financeira na Europa e à concorrência das grandes redes e das vendas pela internet, a livraria vai fechar por decisão exclusiva do proprietário, morando há 25 anos na França, uma vez que o filho único não quer tomar a frente do negócio.
Apesar do freqüente fechamento de lojas naquele país devido à crise financeira na Europa e à concorrência das grandes redes e das vendas pela internet, a livraria vai fechar por decisão exclusiva do proprietário, morando há 25 anos na França, uma vez que o filho único não quer tomar a frente do negócio.
Biblioteconomia, centenário de um amor
A exposição “Livros Raros de Biblioteconomia: a memória científica da Biblioteca Nacional”, organizada pela Divisão de Obras Raras da BN, fica até o dia 2 no prédio da instituição, no Centro do Rio. São apresentadas 25 obras de referência entre os séculos XVI e XX com destaque para o livro “Advis pour dresser une bibliotheque” (foto), do bibliotecário francês Gabriel Naudé. Publicado em 1627, o livro é o primeiro tratado escolar de administração de bibliotecas, que fundamenta práticas ainda em vigor.
Ainda como parte das comemorações do centenário da Biblioteconomia, a BN realiza a mostra “Prata da Casa: diretores e funcionários da BN”, com documentos manuscritos e material impresso e iconográfico. Dividida em duas etapas, a mostra homenageia, neste primeiro momento, diretores e funcionários do séc. XIX desde frei Jose Gregório Vieira até Teixeira de Melo.
Ainda como parte das comemorações do centenário da Biblioteconomia, a BN realiza a mostra “Prata da Casa: diretores e funcionários da BN”, com documentos manuscritos e material impresso e iconográfico. Dividida em duas etapas, a mostra homenageia, neste primeiro momento, diretores e funcionários do séc. XIX desde frei Jose Gregório Vieira até Teixeira de Melo.
terça-feira, agosto 23
A gente gosta disso
Biblioteca que se preza não pode ser um mero amontoado de livros para criar mofo, abrigar poeira, e gerar míseros salários a seus servidores. Governos descomprometidos com a Cultura (maiúscula como deve ser) usam prédios em más condições, acervos estragados pela umidade, e funcionários desmotivados, para manter instituições que são mais penduricalhos de camelô, muitas vezes enfurnados e entregue a goteiras, do que biblioteca para trombetearem investimento em Cultura através de porta-vozes bem remunerados. Ainda bem que essa praga de governos demagógicos, cretinos, não se espalha pelo país. Há administrações sérias e dispostas a dar tratamento mais nobre e digno ao prédio e ao acervo. O cidadão merece condições melhores para praticar sua cidadania através da leitura e de uma biblioteca dinâmica, viva como o próprio ser humano que inventou esse objeto tão importante na civilização como o livro.
Trabalho assim está sendo feito pela Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba. Depois de montar o maior acervo digitalizado do Brasil para atender deficientes visuais, montar sua oficina de criação literária e retomar o “Um escritor na Biblioteca”, lançado nos anos 80, levando escritores para encontros mensais com o leitor, a BPP oferece mais uma oportunidade de se desenvolver a cidadania plena naquela capital. Saiu o jornal Cândido, título em homenagem à rua onde se localiza o prédio da instituição. São 32 páginas com reportagens sobre ações de leitura, ilustrações, caricaturas, inéditos de contos, trechos de romance, poemas e crônicas, entrevistas com escritores e ensaios. Nesta primeira edição, o poeta Paulo Leminski, que completaria este mês 87 anos, vira manchete e ganha textos de Ricardo Silvestrin, Toninho Vaz e Luiz Rebinski Júnior.
Merece os parabéns uma biblioteca que vivencia o livro, em todos seus formatos, implementa a Cultura e faz da leitura a propulsão para a cidadania. E aqui ficamos mais felizes por receber o belo presente que é esse exemplar n° 1 de Cândido.
Conheça o jornal da BPP aqui
Trabalho assim está sendo feito pela Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba. Depois de montar o maior acervo digitalizado do Brasil para atender deficientes visuais, montar sua oficina de criação literária e retomar o “Um escritor na Biblioteca”, lançado nos anos 80, levando escritores para encontros mensais com o leitor, a BPP oferece mais uma oportunidade de se desenvolver a cidadania plena naquela capital. Saiu o jornal Cândido, título em homenagem à rua onde se localiza o prédio da instituição. São 32 páginas com reportagens sobre ações de leitura, ilustrações, caricaturas, inéditos de contos, trechos de romance, poemas e crônicas, entrevistas com escritores e ensaios. Nesta primeira edição, o poeta Paulo Leminski, que completaria este mês 87 anos, vira manchete e ganha textos de Ricardo Silvestrin, Toninho Vaz e Luiz Rebinski Júnior.
Merece os parabéns uma biblioteca que vivencia o livro, em todos seus formatos, implementa a Cultura e faz da leitura a propulsão para a cidadania. E aqui ficamos mais felizes por receber o belo presente que é esse exemplar n° 1 de Cândido.
Conheça o jornal da BPP aqui
segunda-feira, agosto 22
O livro vai à praça
A Biblioteca da Catalunha, na Espanha, vai às ruas pelo segundo ano consecutivo. O projeto Lendo no Jardim fica até outubro à sombra das árvores dos jardins do antigo Hospital de La Santa Cruz, prédio gótico do século XV, em Barcelona, oferecendo ao público mais de 200 exemplares em francês, inglês, alemão, castelhano e catalão. Além do empréstimo, o projeto também permite a troca de livros, levando um de casa e trocando por outro, e o recebimento de doações.
Sabedoria de mãe
Mãe tem sempre razão, segundo o dito popular. E todos devem concordar quanto à sabedoria daquela mãe, que surgiu na livraria para pagar a escolha de livros da filha. Ah, se todas no mundo fossem iguais a você...
"É preferível gastar em livro do que em pizza, hambúrguer, batata frita, isso tudo que engorda"
Ilustração: “S. João comendo a Bíblia”, de Giusto di Giovanni de Menabuoi (1320-1391)
quinta-feira, agosto 18
Quem lia no Brasil do século XIX?
As múltiplas formas de formação de leitores e das práticas de leituras vivenciadas na cidade de São Paulo durante o século XIX são apresentadas pela professora Marisa Midori Deaecto em “O império dos livros: Instituições e práticas de leitura na São Paulo Oitocentista” (Edusp, R$ 90). Quem lia? O que era lido? Onde se lia? A leitura era uma atividade compartilhada ou solitária? Riquezas e livros caminhavam juntos? Quem foram os amantes declarados dos livros na São Paulo d’antanho? E quais seus principais inimigos? São essas e outras perguntas que a autora procura responder na obra lançada esta semana.
quarta-feira, agosto 17
Venda de livros aumentou em 2010
Os brasileiros compraram mais livros em 2010 com uma expansão no mercado editorial de 13,12%. Os dados foram divulgados no estudo Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro, da Câmara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Apesar do aumento nas vendas, houve uma redução de 4,91 % no preço médio dos livros, que passou de R$ 13,61, em 2009, para R$ 12,94, no ano passado. As livrarias, e seus respectivos e-commerces, ainda lideram os canais de comercialização com 42,44%. Em seguida estão os distribuidores das editoras (23,78%), a venda direta (16,64%), os supermercados (2,91%) e outros portais de internet não vinculados às livrarias (1,41%).
terça-feira, agosto 16
Para fisgar novos leitores
“(...) Vai deixando livros por perto, arme armadilhas como ratoeiras. De repente, ele (o adolescente) tropeça no livro. Deixe os livros por perto. Um dia, quem sabe, ele pode pegar o livro pelo título, pela capa. Pode ler a primeira frase.”
Ana Paula Maia, durante entrevista no Paiol Literário, promovido pelo jornal Rascunho, em julho
Ana Paula Maia, durante entrevista no Paiol Literário, promovido pelo jornal Rascunho, em julho
quarta-feira, agosto 10
Livro abaixo de R$ 10
A Fundação Biblioteca Nacional vai apresentar aos editores, na próxima semana, em São Paulo, o Programa do Livro Popular com o objetivo de ofertar livros abaixo de R$ 10. O coordenador do programa, Tuchaua Rodrigues, aposta que o aumento da escala barateará os livros, incentivando a leitura. Na apresentação do projeto, o presidente da FBN, Galeno Amorim, definirá os incentivo para que as editoras apostem na publicação de livros mais baratos, a fim de alcançar os consumidores das classes C, D e E.
sexta-feira, agosto 5
Rato best-seller
quinta-feira, agosto 4
BN recebe inéditos de Nelson Sodré
A Biblioteca Nacional, em ato público, recebe amanhã em sua Divisão de Manuscritos a doação de documentos e livros do escritor Nelson Werneck Sodré. “O objetivo é doar para a BN até o final do ano outros materiais dos últimos anos de Nelson e todo o material reunido desde sua morte, que estão sendo guardados para compor o livro do centenário, mas virão, posteriormente, a fazer parte de seu acervo ”, destaca Olga Sodré curadora do material.
O historiador, quatro antes de seu falecimento, em 1995, doou todo seu arquivo pessoal à Biblioteca Nacional. No Inventário da Coleção Nelson Werneck Sodré, atualmente arquivada na Divisão de Manuscritos, existem 597 documentos, 346 fotografias, 17 postais, além de fitas de vídeos e disco compacto. Dentre as correspondências, estão cartas trocadas com Carlos Drummond de Andrade, Luís Carlos Prestes, Fidel Castro, Jorge Amado, Graciliano Ramos, entre outros. Dentre os manuscritos, também muitos artigos publicados nos jornais e também suas aulas, ministradas no ISEB.
No sábado, a BN encerra a mostra do centenário de Nelson Werneck Sodré com cerca de 30 documentos, entre fotos, originais, desenhos (feitos para contos do autor) e correspondência enviada por escritores.
O historiador, quatro antes de seu falecimento, em 1995, doou todo seu arquivo pessoal à Biblioteca Nacional. No Inventário da Coleção Nelson Werneck Sodré, atualmente arquivada na Divisão de Manuscritos, existem 597 documentos, 346 fotografias, 17 postais, além de fitas de vídeos e disco compacto. Dentre as correspondências, estão cartas trocadas com Carlos Drummond de Andrade, Luís Carlos Prestes, Fidel Castro, Jorge Amado, Graciliano Ramos, entre outros. Dentre os manuscritos, também muitos artigos publicados nos jornais e também suas aulas, ministradas no ISEB.
No sábado, a BN encerra a mostra do centenário de Nelson Werneck Sodré com cerca de 30 documentos, entre fotos, originais, desenhos (feitos para contos do autor) e correspondência enviada por escritores.
terça-feira, agosto 2
Livro digital: discussão em site
A Câmara Brasileira do Livro disponibilizou no site do 2º Congresso Internacional CBL do Livro Digital o conteúdo de algumas das palestras do evento realizado na semana passada em São Paulo. Estão incluídas as palestras: “Comportamento do consumidor”, de Dominique Raccah; “Como competir com a cultura do gratuito”, de Sandra Reimão e Nicholas Serrano; “O novo papel das distribuidoras e livrarias no mundo do livro digital”, de Pieter Swinkels, Diego Vorobechik e Marcos Pereira; “Comunidades verticais desenvolvidas por editores: Um mundo de novas oportunidades”, de Joseph Craven; “Marketing para o livro digital”, de Marha Gabriel; “Estratégias para redes sociais”, de Gil Giardelli, Michele Fernandes Aranha e Michel Lent; “O novo papel do editor”, de Riccardo Cavallero; “DRM soluções de equilíbrio e prevenção”, de Carlos Viceconti e Patricia Peck; e “Mídias sociais e conteúdo: Como as redes sociais permitem novos modelos de negócios, conceitos e mercados”, de Sol Rosenberg.
Em sua coluna no Publishnews, Felipe Lindoso uma análise das palestras promovidas pela CBL no artigo “O que se ganha em um congresso?”. Lindoso finaliza o artigo advertindo sobre quem está ganhando a guerra. “O fato é que uma parte dos custos de “logística” dos e-books é transferido para os consumidores de conteúdo digital que pagam pelo acesso à Internet. Esse é um negócio específico das empresas de telecomunicação e dos provedores de acesso. Essas empresas pressionam todos os produtores de conteúdo para receber um fluxo constante de conteúdo barato ou gratuito. Por sua vez, esse conteúdo gera mais tráfego na rede e agrega receita a essas empresas. Na discussão do conteúdo gratuito não podemos nos esquecer de que, como não existe almoço grátis, estamos pagando pelo acesso e também, com nossas contribuições blogueiras, no Facebook e no Twitter, para proporcionar conteúdo gratuito para essas gigantes que inexoravelmente apresentam suas contas”.
Em sua coluna no Publishnews, Felipe Lindoso uma análise das palestras promovidas pela CBL no artigo “O que se ganha em um congresso?”. Lindoso finaliza o artigo advertindo sobre quem está ganhando a guerra. “O fato é que uma parte dos custos de “logística” dos e-books é transferido para os consumidores de conteúdo digital que pagam pelo acesso à Internet. Esse é um negócio específico das empresas de telecomunicação e dos provedores de acesso. Essas empresas pressionam todos os produtores de conteúdo para receber um fluxo constante de conteúdo barato ou gratuito. Por sua vez, esse conteúdo gera mais tráfego na rede e agrega receita a essas empresas. Na discussão do conteúdo gratuito não podemos nos esquecer de que, como não existe almoço grátis, estamos pagando pelo acesso e também, com nossas contribuições blogueiras, no Facebook e no Twitter, para proporcionar conteúdo gratuito para essas gigantes que inexoravelmente apresentam suas contas”.
segunda-feira, agosto 1
Um tempo no refúgio
“Quem diz livraria diz refúgio. (...) Há tempo de comprar e tempo de olhar. E, melhor ainda, tempo de tirar da estante o livro desejado e sentar-se junto a uma mesinha à parte, e ler e ler, sem pressa, ‘longe do estéril turbilhão da rua’. Esse é o tem sem tempo, o mais precioso dos bens, que pedimos aos prezados livreiros que nos ofertem generosamente, gratuitamente.” O texto de memória do crítico Alfredo Bosi sobre suas viagens por livrarias e bibliotecas na São Paulo dos anos 1950 é o ponto de partida para as divagações do historiador e escritor Roney Cytrynowicz em “O algoritmo e o tempo generoso de passear nas livrarias”
quinta-feira, julho 28
Livro faz bem à saúde
quarta-feira, julho 27
Kafka desenhista
Não é raro escritor desenhar. No Brasil, Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava e Erico Veríssimo são alguns dos artistas do desenho e mestres escritores. No exterior, também fizeram seus traços Goethe, Victor Hugo, William Blake, Lewis Carroll, García Lorca, Dino Buzzati, Bruno Schulz. E agora na Espanha sai publicada uma obra mostrando outro escritor desenhista: “Dibujos de Franz Kafka”, editado por Niels Bokhove y Marijke van Dorst, reúne 41 desenhos.
Kafka, em testamento ao amigo Max Brod, anunciou seu desejo que fossem também incinerados seus desenhos. Agora suspeita-se que as caixas com material do autor de “A metamorfose”, guardadas em cofres em Zurique e Tel Aviv pelas herdeiras de Brod, possam conter ainda mais desenhos inéditos. Veja aqui
Kafka, em testamento ao amigo Max Brod, anunciou seu desejo que fossem também incinerados seus desenhos. Agora suspeita-se que as caixas com material do autor de “A metamorfose”, guardadas em cofres em Zurique e Tel Aviv pelas herdeiras de Brod, possam conter ainda mais desenhos inéditos. Veja aqui
terça-feira, julho 26
Morador de rua tem direito ao livro
A leitura também vai poder chegar ao morador de rua, ao menos em São Paulo, onde o Instituto Mobilidade Verde desenvolveu uma bicicloteca, adaptada com compartimento traseiro que tem capacidade para armazenar até 150 kg de livros, para percorrer as ruas das cidades brasileiras. A primeira unidade foi entregue esta semana ao Movimento Estadual de População em Situação de Rua de São Paulo. Até o final do ano, o Instituto ainda pretende entregar outras dez biciclotecas, em diferentes cidades brasileiras, para ONGs comprometidas com projetos que visam levar cultura à comunidade, que receberão todo o auxílio do IMV para implantar a iniciativa. Para ganhar o livro, o desabrigado precisa fazer uma promessa de doar o livro para outro morador de rua, quando terminar a leitura, já que seria inviável pedir para que obras fossem devolvidas à biblioteca, como de costume.
segunda-feira, julho 25
Dia Nacional do Escritor
quarta-feira, julho 20
Santa ignorância
"(...) Não sabemos onde começa e onde terrmina a literatura. E é essa ignorância, honra e alegria da própria literatura, que nos estimula e salva - a nós que somos criadores literários ou simples leitores - e nos permite percorrer, da infância à morte, um território infindável, festejando a diversidade e a diferença, num silêncio visitado pela aceitação tolerante e pela surpresa, e até pela veneração"
Lêdo Ivo, em "O ajudante de mentiroso"
terça-feira, julho 19
Morte da gigante
A segunda maior cadeia de livrarias dos Estados Unidos, a Borders, anunciou no final da segunda-feira a sua liquidação, fechando as 399 lojas restantes - 237 já fecharam desde o início do processo - e deixando cerca de 10.700 desempregados. A gigante do livro nasceu há 40 anos na cidade Ann Arbor, no Michigan, onde as prateleiras antes cheias ficaram no esqueleto. E um dos paraísos dos leitores, é agora uma imensidão com esqueletos de estantes. Mais notícias sobre a liquidação aqui
sexta-feira, julho 15
Limpando o pó da memória
Em meio ao pó, estantes e mais estantes entulhadas de livros, o livreiro também é um pouco arqueólogo. Fuça aqui e ali, folheia uma obra e outra, vai passando tempo e conhecendo muitas e boas histórias. Às vezes, até faz lá suas descobertas históricas. E que surpresas encontra! Assim aconteceu sobre Modesto Dias de Abreu e Silva. Escritor, teatrólogo, filólogo e jornalista, Modesto de Abreu foi um dos fundadores da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro (ACLERJ), da Academia Brasileira de Jornalismo (ABJ) e da Academia Brasileira de Filologia. Em sua bibliografia se destacam ensaios como “Machado de Assis: O homem e a obra”, “Biógrafos e críticos de Machado de Assis” e “Infância e Adolescência de Machado de Assis”.
Apesar do currículo e das obras, continua a ser um desconhecido na própria cidade em que nasceu a 1 de junho de 1901. Não mereceu, portanto, ser patrono de nenhuma cadeira na Academia do município, nem muito menos ser nome de rua, de praça, de escola. Seus 110 anos de nascimento passaram em branco como em branco está a memória local sobre esse “filho de pescador e comerciante e de uma habilidosa senhora no conserto de redes e de fiação do tucum” que nasceu no início do século passado “numa casa de taipa, coberta de sapê, situada num canto de praia conhecido como praia de São Bento”. Morreu, cego, aos 95 anos, no dia 2 de julho de 1996, no Rio, bem longe da “parte extrema e meridional da praia maior que se conhece até hoje pelo nome de Itaipuaçu” (Maricá).
Apesar do currículo e das obras, continua a ser um desconhecido na própria cidade em que nasceu a 1 de junho de 1901. Não mereceu, portanto, ser patrono de nenhuma cadeira na Academia do município, nem muito menos ser nome de rua, de praça, de escola. Seus 110 anos de nascimento passaram em branco como em branco está a memória local sobre esse “filho de pescador e comerciante e de uma habilidosa senhora no conserto de redes e de fiação do tucum” que nasceu no início do século passado “numa casa de taipa, coberta de sapê, situada num canto de praia conhecido como praia de São Bento”. Morreu, cego, aos 95 anos, no dia 2 de julho de 1996, no Rio, bem longe da “parte extrema e meridional da praia maior que se conhece até hoje pelo nome de Itaipuaçu” (Maricá).
terça-feira, julho 12
O primeiro best-seller é de 1494
As falácias da Justiça e da Igreja, a avidez e vulgaridades dos nobres e dos pobres, ou mesmo os exageros da moda, coisas de hoje, já estavam bem descritas no primeiro best-seller de todos os tempos, publicado em 1494. Sebastian Brant (1457-1521) ironizou tão bem a sociedade do seu tempo que “A Nau dos Insensatos” (Octavo, R$ 58) teve 15 edições em vida do autor e foi traduzida para vários idiomas, inclusive se tornando a primeira obra da literatura alemã a ser traduzida para o inglês, tornando Brant o autor mais renomado da época na Europa. Os 112 capítulos curtos inauguraram uma nova vertente na literatura mundial, a literatura da loucura, inspirando grandes clássicos como “Rei Lear” (aproximadamente 1606), de William Shakespeare; “O Elogio da loucura” (1511), de Erasmo; “O aventuroso Simplicissimus” (1667), de Grimmelshausen.
segunda-feira, julho 11
Debate sobre ser editor e livreiro
Três palestras e um debate marcarão, na sexta-feira, a partir das 14 horas, na Fundação Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, o colóquio “Ser editor, ser livreiro, no Brasil e em Portugal”. A mesa de debate reunirá Milena Duchiade (livraria Leonardo Da Vinci) e Renato Casimiro (EdUerj), sob a mediação de Aníbal Bragança (UFF/CNPq). Os palestrantes serão Mário Feijó (ECO/UFRJ), com “A formação de produtores editoriais no Brasil”, Thaís Sena Schettino (ifcs/ufRJ), com “Comércio e cultura:a identidade profissional do livreiro”, e Nuno Medeiros (Universidade Nova Lisboa), com “Ser editor em Portugal no século XX: tensões e transformações”. Durante o evento ainda serão lançadas a Revista do Livro da Biblioteca Nacional n° 34 e a Revista Poesia Sempre, números 33 e 34.
Um caldeirão de efervescência cultural
A pensão de 85 apartamentos localizada em Botafogo, no Rio de Janeiro, foi o endereço e o abrigo de poetas, compositores, jornalistas, artistas plásticos – loucos, cabeludos e “desbundados” que vinham de todos os cantos do país e encontravam ali o jardim ideal para plantar suas “folhas de sonho” e materializar verdadeiras obras de arte. O local, hoje ocupado por um dos maiores shopping centers da cidade, foi a sede de um verdadeiro caldeirão cultural e o cenário de inúmeras histórias engraçadas, românticas e muito polêmicas.
Mais de 40 anos depois, o jornalista e escritor Toninho Vaz, ele próprio uma das figuras que contribuíram para a consolidação da imagem do local como símbolo da vanguarda cultural e política dos anos 1960. Em “Solar da Fossa” (Casa da Palavra, R$ 39,90), Toninho Vaz reúne relatos que divertem o leitor ao mesmo tempo em que resgatam a memória de um dos períodos mais ricos da história do Brasil. Há declarações, e fotos inéditas, de personalidades como Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Gal Costa, Paulo Coelho, José Wilker, Tim Maia, Betty Faria, entre outras. O prefácio escrito pelo autor e jornalista Ruy Castro, também antigo morador do Solar da Fossa, destaca que o casarão “serviu de incubadora de talentos, ideias e ousadias e mudou para sempre os rumos da cultura brasileira”.
Mais de 40 anos depois, o jornalista e escritor Toninho Vaz, ele próprio uma das figuras que contribuíram para a consolidação da imagem do local como símbolo da vanguarda cultural e política dos anos 1960. Em “Solar da Fossa” (Casa da Palavra, R$ 39,90), Toninho Vaz reúne relatos que divertem o leitor ao mesmo tempo em que resgatam a memória de um dos períodos mais ricos da história do Brasil. Há declarações, e fotos inéditas, de personalidades como Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Gal Costa, Paulo Coelho, José Wilker, Tim Maia, Betty Faria, entre outras. O prefácio escrito pelo autor e jornalista Ruy Castro, também antigo morador do Solar da Fossa, destaca que o casarão “serviu de incubadora de talentos, ideias e ousadias e mudou para sempre os rumos da cultura brasileira”.
quinta-feira, julho 7
I'm reading in the rain
quarta-feira, julho 6
Uma 'montanha' por toda casa
Quem faz uma tempestade até por um pequeno punhado de volumes, enfiados num armário, reclama principalmente do espaço que poucos livros estão tomando em casa, ainda não viu nada. Alison Flood, canadense com três filhos e trabalhando em dois empregos, nem mais reclama. Seu desespero é mesmo enorme porque está com nada menos do que 350 mil livros e uma casa em Pike Lake, no estado de Saskatchewan, com rachaduras devido ao peso. Nem mesmo vender o enorme acervo Alison está conseguindo, porque os livreiros ficam assustados com a enormidade do acervo.
A dona de casa revelou ao jornal britânico Guardian que os livros foram salvos da destruição quando uma vizinha planejava queimar a coleção do marido bibliófilo recém-falecido. O que foi primeiramente uma boa ação acabou por se tornar um pesadelo de 30 toneladas de papel espalhadas por toda casa. Allison inclusive revela que pensa mesmo em medida mais drástica: por fogo em tudo.
terça-feira, julho 5
Um país que lê, em vídeo
Paraty, que esta semana se torna o centro cultural do país com a sua Festa Literária Internacional, recebe pela terceira vez o Movimento por um Brasil Literário, que lança o novo vídeo de campanha com vinhetas de depoimentos e imagens de pessoas das diferentes regiões do Brasil. O vídeo mostra um país que lê e se transforma com a literatura, mas que também precisa percorrer um longo caminho para garantir a todos o direito de acesso aos textos literários. O vídeo será apresentado antes de cada mesa de autores e também na FlipZona. Acompanhe aqui o portal do Movimento
Jóia recuperada para leitor em Niterói
Uma das muitas preciosidades históricas de Niterói será reinaugurada nesta terça-feira. Depois de meses de obras e mais de R$ 4 milhões investidos no acervo e no mobiliário, ressurge a Biblioteca Estadual de Niterói, inaugurada em 1935, num prédio tombado considerado marco na arquitetura da região central da cidade, ocupando área de cerca de 1.500 m² na Praça da República.
Uma moderna e equipada nova biblioteca com cerca de 60 mil livros, CDs e DVDs, em um catálogo que pode ser consultado online, é oferecida ao público. Além de espaço infantil, a reforma fez com que os deficientes visuais também possam agora contar com teclados e livros em braile e foi garantida acessibilidade dos portadores de necessidades especiais, incluindo rampas elevatórias. “Foi tudo respeitado historicamente para que o público recebesse um presente. Mas com uma pitada de modernização na usabilidade do espaço”, conta Gloria Blauth, há 38 anos na direção da biblioteca.
Confira aqui vídeo da TV OFlu
Uma moderna e equipada nova biblioteca com cerca de 60 mil livros, CDs e DVDs, em um catálogo que pode ser consultado online, é oferecida ao público. Além de espaço infantil, a reforma fez com que os deficientes visuais também possam agora contar com teclados e livros em braile e foi garantida acessibilidade dos portadores de necessidades especiais, incluindo rampas elevatórias. “Foi tudo respeitado historicamente para que o público recebesse um presente. Mas com uma pitada de modernização na usabilidade do espaço”, conta Gloria Blauth, há 38 anos na direção da biblioteca.
Confira aqui vídeo da TV OFlu
segunda-feira, julho 4
Diálogos para uma rede
A biblioteca também será atração durante a Flip, em Paraty. A Fundação Biblioteca Nacional e a Superintendência da Leitura e do Conhecimento da Secretaria Estadual de Cultura estarão promovendo, na quinta-feira, o debate “Diálogo: a biblioteca que temos e a biblioteca que queremos”. O encontro vai reunir as lideranças locais na criação e manutenção de bibliotecas públicas, comunitárias e escolares para discutir as possibilidades de se montar uma rede local de bibliotecas.
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