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Numa garimpagem pela rede, pescamos um post excelente de Jaime Mendes (Livros,Livrarias, Livreiros ), traduzindo uma entrevista publicada pelo The Wall Street Journal com John Makinson, o diretor-presidente da Penguin Group, a divisão de livros da Pearson PLC, que publica mais de 4 mil títulos de ficção e não ficção no mundo. Makinson trata de e-books baratos, leitura digital e livrarias independentes. Do texto abaixo, dois trechos que destacam muito bem o envolvimento emocional entre o leitor e o livro impresso, garantia de que por um bom tempo ainda existirá, apesar da modernidade, esse ser que muitos querem ver extinto: o livreiro.
“Há uma diferença cada vez maior entre o leitor de livros e o proprietário de livros. O leitor de livros quer apenas a experiência de ler o livro e é um consumidor digital natural: em vez de comprar um livro barato descartável, compra um livro digital. Já o proprietário do livro quer presentear, compartilhar e guardar livros. Adora a experiência. À medida que formos melhorando o produto físico, em especial a brochura e a capa dura, o consumidor vai pagar um pouco mais por essa experiência melhor”.
“(...) as pessoas estão dispostas a pagar um preço maior numa livraria independente sabendo que podem comprar por menos em outro lugar. É que o consumidor tem um envolvimento emocional com a livraria, sente que a livraria está prestando um serviço público, não só comercial. Não vejo indícios de que as livrarias independentes se tornarão obsoletas”.
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