A pilha de livros tem coleções inteiras doadas por grandes editoras, como Massao Ohno, Saraiva, Cosac & Naify, além do Consulado da França, Biblioteca de Shanghai e até da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Até mesmo uma doação de livros do arquivo pessoal do jornalista Elio Gaspari feita em 2013 ainda está sem catalogar e segue indisponível ao público desde então.
“Com essa grande quantidade de títulos acumulados que temos, levaria alguns anos para terminar”, disse ao Estado o supervisor de acervo da Mário de Andrade, Henrique Ferreira. A Secretaria Municipal da Cultura estima em dois anos o prazo para catalogar e disponibilizar ao público todas as obras. A biblioteca tem cerca de 350,3 mil livros catalogados.
A Mário de Andrade, biblioteca mais importante da cidade e segunda maior do País, é a unidade que mais concentra doações de livros na capital, embora não haja uma estimativa oficial de quantas obras foram recebidas. Os livros são analisados na chegada e, caso constatado que a biblioteca já os possui em bom estado, são encaminhados a alguma das 54 bibliotecas da rede municipal.
O secretário de cultura André Sturm põe a responsabilidade do problema gestão do ex-prefeito Fernando Haddad. “Quando chegamos aqui, achamos uma pilha de livros jogados em um porão. Não se cataloga um livro recebido por doação na Mário de Andrade há pelo menos dois anos”, disse à reportagem. Já a gestão Haddad fala em desconhecimento do problema e descumprimento de ordem por parte dos servidores.
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