O Centro Presidencial Obama deve ser mais que uma simples biblioteca presidencial. As primeiras imagens e detalhes do projeto indicam uma proposta inovadora — e não apenas arquitetonicamente. O centro tem tudo para ser um fator de revitalização da área sul de Chicago, uma das mais pobres da cidade, e base política para sonhos futuros de Barack e Michelle. Os estudos indicam que ele deverá ser inaugurado em 2021 e vai alterar uma das principais vias da cidade.
“O Centro Presidencial Obama será um centro de trabalho e de vida, um projeto em andamento no qual criaremos, juntos, o que significa ser um bom cidadão no século XXI”, afirma a página que apresenta os primeiros traços do projeto, que contará com um museu, uma biblioteca, um centro cívico, salas de aula e local para convenções.
A arquitetura ousada integrará três prédios — biblioteca, fórum e museu, este último o maior deles com 55 metros, ou o equivalente a 18 andares, que servirá como um “farol” para todo o complexo com a natureza na região, com parques e jardins interligados.
Não há ainda previsão de custo total da obra, que será paga com doações para a atividade sem fins lucrativos criada pelo casal Obama.
O desenho elaborado por Todley Billie Tsien Arquitetos (TWBTA) prevê muitas áreas abertas, tetos com terraços paisagísticos e uma perfeita integração com o Jackson Park, além de possuir as mais elevadas certificações ambientais. A ideia é permitir que o centro leve mais pessoas para o parque, sobretudo crianças, e que permita mais que as atividades naturais de uma biblioteca presidencial — ou seja, não deve ficar limitado a pesquisas históricas.
Esta será a primeira biblioteca presidencial sem papeis: todo o acervo será digitalizado. E, além disso, terá atividades de pesquisa, estudo e apoio a lideranças jovens, para mudar a cidadania e o futuro político dos EUA. Sobretudo da população mais pobre e negra — concentrada nesta região da cidade —, embora alguns líderes comunitários quisessem que o centro presidencial ficasse ainda mais no sul da cidade, em uma região mais complicada socialmente.
— Mais que um biblioteca ou um museu, queremos um centro vivo para incentivar projetos inovadores para a cidade, o país e o mundo — disse o ex-presidente na semana passada, ao apresentar as linhas gerais do seu centro. — Não é apenas um edifício, não é apenas um parque. Esperamos que seja um centro onde todos possamos ver um futuro melhor para o sul de Chicago.
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