Emmanuel Garant Québécois |
Previu Nostradamus
Que seríamos grandes, muito grandes.
Onde foi, quando foi que falhamos?
CARNÊ FOICE
Morrer um pouco por dia,
Morrer um pouco por mês,
Sem pressa, sem correria,
Morrer um pouco por vez.
Que os olhos alheios,
se não nos tornarem mais belos,
não nos tornem mais feios.
EGO
Mais que você, quem
se orgulhará do que tem?
Você se arrasta como um verme
e proclama que ninguém
se arrasta melhor que você.
EM DEFESA DA INVEJA
Senhor, somos nós ou vós
quem a inveja semeia?
Vós nos criastes, Senhor,
para aplaudir a glória alheia?
DESSINTONIA
Em mim, por um lance da ironia,
a fase da reflexão não coincidiu
com a idade da sabedoria.
ROMANTISMO
Antigamente havia também ladrões
mas furtavam só beijos
e roubavam só corações.
HIGIDEZ
Que esplêndido é o nosso exemplo.
Respiramos ainda, e andamos,
Embora nunca ao mesmo tempo.
LUÍSES
Quem nasce para Luís Ferrabrás
ou para Luís Ladravaz
não chega nunca a Luís Vaz.
A VERDADE
Poesia, propriamente, nenhuma.
Fiz só poses de poeta
No tempo em que todos
Precisavam ter uma.
POEMINHA URBANO
Atirado à correnteza, o sofá,
Sem remos e sem destreza,
Não sabe se sobe ou desce o rio
Ou se escapa por um desvio.
O TRUNFO
Sim, o que te poupou da morte
foi a tua poesia –
se é esse o nome que dás
a essas algaravias rimadas
com que os deuses
pacificam a dispepsia.
TALIÃO
Escrevamos, por que não?
Nossos amigos escrevem,
Nossos inimigos escrevem.
Por que abdicaremos nós
Ao direito de retaliação?
MARASMO
Todos os ismos
de tantos modernismos
são hoje um só
comodismo.
Que instituições destruir,
que revoluções deflagrar?
Nas outras vezes havia burgueses
para espantar.
LINHAGEM
Dos cisnes parnasianos
dois e meio em três
dançavam balé
e falavam francês.
MODERNIDADE
Nada mais hoje é ocasional.
Tudo é planejado, tudo marcado,
Até o sexo casual.
Que seríamos grandes, muito grandes.
Onde foi, quando foi que falhamos?
CARNÊ FOICE
Morrer um pouco por dia,
Morrer um pouco por mês,
Sem pressa, sem correria,
Morrer um pouco por vez.
TERCEIROS
Que os olhos alheios,
se não nos tornarem mais belos,
não nos tornem mais feios.
EGO
Mais que você, quem
se orgulhará do que tem?
Você se arrasta como um verme
e proclama que ninguém
se arrasta melhor que você.
EM DEFESA DA INVEJA
Senhor, somos nós ou vós
quem a inveja semeia?
Vós nos criastes, Senhor,
para aplaudir a glória alheia?
DESSINTONIA
Em mim, por um lance da ironia,
a fase da reflexão não coincidiu
com a idade da sabedoria.
ROMANTISMO
Antigamente havia também ladrões
mas furtavam só beijos
e roubavam só corações.
HIGIDEZ
Que esplêndido é o nosso exemplo.
Respiramos ainda, e andamos,
Embora nunca ao mesmo tempo.
LUÍSES
Quem nasce para Luís Ferrabrás
ou para Luís Ladravaz
não chega nunca a Luís Vaz.
A VERDADE
Poesia, propriamente, nenhuma.
Fiz só poses de poeta
No tempo em que todos
Precisavam ter uma.
POEMINHA URBANO
Atirado à correnteza, o sofá,
Sem remos e sem destreza,
Não sabe se sobe ou desce o rio
Ou se escapa por um desvio.
O TRUNFO
Sim, o que te poupou da morte
foi a tua poesia –
se é esse o nome que dás
a essas algaravias rimadas
com que os deuses
pacificam a dispepsia.
TALIÃO
Escrevamos, por que não?
Nossos amigos escrevem,
Nossos inimigos escrevem.
Por que abdicaremos nós
Ao direito de retaliação?
MARASMO
Todos os ismos
de tantos modernismos
são hoje um só
comodismo.
Que instituições destruir,
que revoluções deflagrar?
Nas outras vezes havia burgueses
para espantar.
LINHAGEM
Dos cisnes parnasianos
dois e meio em três
dançavam balé
e falavam francês.
MODERNIDADE
Nada mais hoje é ocasional.
Tudo é planejado, tudo marcado,
Até o sexo casual.
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