Dados colhidos pelo Fórum Mundial de Cidades Culturais revelam que o Rio de Janeiro e São Paulo estão entre a piores cidades analisadas no quesito leitura e perdem feio para Buenos Aires
No entanto, segundo o documento, a capital argentina é a cidade número um do mundo – entre as 27 que divulgaram seus dados, incluindo Berlim, Nova York, Londres, Paris, Madri, Tóquio e Amsterdã, – no índice de livrarias a cada 100 mil habitantes, que mede essa quantidade proporcionalmente. São impressionantes 25 locais de vendas de livro para cada centena de milhares de portenhos. Para se ter uma ideia, as duas cidades brasileiras presentes no estudo, Rio de Janeiro e São Paulo, tem um índice de 5 e 3,5, respectivamente.
Segundo o relatório, São Paulo e Rio de Janeiro ainda contam, juntas, com 686 livrarias. O Fórum Mundial de Cidades Culturais ainda afirma que o país publica cerca de 57,6 mil títulos por ano, segundo dados da Câmara Brasileira do Livro de 2009.
Um dado preocupante do relatório é o número de bibliotecas públicas para cada 100 mil habitantes no Rio de Janeiro e em São Paulo: só uma. Buenos Aires, mesmo com mais livrarias, ainda têm 3 bibliotecas para cem mil pessoas. O índice das metrópoles brasileiras só é maior que o de cidades como Istambul (Turquia), Bombaim (Índia) e Cingapura. A líder do mundo no quesito é a capital francesa, Paris, que tem 7 bibliotecas para cada centena de milhares de habitantes.
O Brasil também tem um número decepcionante de empréstimos de livros em suas bibliotecas públicas. Segundo a estimativa, cada morador do Rio de Janeiro pega 0,03 livros emprestados por ano; em São Paulo, o número é um pouco maior, com 0,07 obras emprestadas a cada pessoa. Só uma cidade da pesquisa tem um número menor: novamente Istambul, que empresta a cada um de seus habitantes 0,01 livros a cada 12 meses. Para se ter uma ideia, a líder no ranking, Toronto, tem uma média de 12,24 livros emprestados para cada morador.
(Fonte: Jornal do Commercio)
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