Obama leitor
Numa entrevista concedida ao New York Times uma semana antes de deixar a Casa Branca, Obama declarou que os livros o ajudaram muito a sobreviver aos oito anos da presidência e que, aliás, sempre desempenharam um papel fundamental na sua vida desde a juventude, em que os levava nos seus passeios, ensinando-o a perceber quem era e quais eram, realmente, as suas ideias. Nos oito anos em que foi presidente dos Estados Unidos, nunca se afastou da leitura, considerando os livros uma excelente fonte de inspiração sobre as complexidades e ambiguidades da condição humana, bem como uma forma de abrandar da confusão da vida política e ganhar distanciamento e perspectiva sobre as coisas, para poder pensar melhor e ter o equilíbrio necessário no momento de tomar decisões. Os escritos de Martin Luther King, Gandhi e Nelson Mandela foram, nessa medida, de grande utilidade, bem como as biografias de outros presidentes dos EUA. Mas Obama também confessa ter lido vários livros de ficção narrativa como escape, e inclui na sua lista obras de Roth, Bellow e V. S. Naipaul, mas também Junot Díaz e Jhumpa Lahiri, Marilynne Robinson, David Eggers e Zadie Smith. Ao novo presidente, acho melhor nem perguntarem o que anda a ler…
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