O momento decisivo, que determinou minha caminhada, teve a participação de um professor, o Padre Antoninho. Quando eu cursava a sexta ou sétima série do ginásio, ele soltou a seguinte frase durante uma aula de português: “Quem quiser ser inteligente na vida, tem que ler pelo menos um livro por semana”. Aquilo foi um raio na minha cabeça, porque aprendi duas coisas importantes: o valor da leitura e que a inteligência não é algo natural do ser humano. A inteligência se cria. E ela se cria, de forma primordial, por meio da leitura. Comecei a seguir isso à risca. Mas esse mesmo professor também dizia: “Quando você terminar de ler um livro, não o devolva para a biblioteca, releia a história para ver como a língua funciona, como é construído um pará- grafo, como é construída a frase, que vocabulário o autor usa”. E eu passava finais de semana, feriados, copiando capítulos de livros, trechos bonitos que eu havia encontrado. Isso foi me dando intimidade com o português, então comecei a perceber a língua como uma massa de modelagem. Não era aquela coisa cimentada que a gramática apresentava para mim, era algo que me propiciava uma série de possibilidades.
sábado, junho 10
Um livro por semana
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