Um Parténon diferente
Se já foi a Atenas, conhece seguramente o Parténon, construído sob a supervisão do escultor Fídias entre 447 e 38 a. C. para albergar uma estátua colossal da deusa Atena e as reservas de prata da cidade, protegendo-as de um eventual ataque dos Persas. Durante a Idade Média o templo foi transformado em igreja cristã e, no Renascimento, em mesquita, calculem; mas hoje o Parténon é sobretudo um símbolo da democracia que, como todos sabemos, nasceu na Grécia. Ora, a artista argentina Marta Minujín, que tem um projeto intitulado "A Queda dos Mitos Universais", no qual se apropria de monumentos icônicos para os desconstruir e reconstruir, agarrou no Parténon para o tornar uma espécie de repositório de livros proibidos e fez um Parténon preenchido com mais de 25 000 exemplares de obras apreendidas na Argentina nos anos da ditadura. O seu monumento respeita a escala do verdadeiro Parténon e, depois de ter estado numa praça de Buenos Aires (primeira fotografia), vai ser replicado na cidade alemã de Kassel, onde está a tomar forma mediante a doação de exemplares pelos interessados. Que ideia fantástica, não?
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