Ambos protagonizam o "Memorial dos livros naufragados" (em tradução livre), obra do historiador e acadêmico da Universidade de Cambridge Edward Wilson-Lee. Um livro fascinante em vários níveis: fala da Idade Média e da Renascença, de intrigas e lutas pelo poder na corte dos monarcas católicos e seus sucessores. Das épicas navegações nos séculos 15 e 16, de grandes invenções, artistas e pensadores.
Mas, acima de tudo, detalha a vida de dois homens visionários ligados por um intenso amor fraternal.
Embora ele nunca tenha sido reconhecido legalmente, Hernando teve um relacionamento muito próximo com seu pai. Viajou com ele na quarta e última viagem de Colombo ao Novo Mundo e, assim como ele, teve grandes sonhos.
O Livro dos Epítomes, descoberto no início de 2019 em Copenhague, na Dinamarca, no Instituto Arnamagnæan, ficou esquecido por 350 anos |
Se Colombo queria conquistar o mundo, Hernando procurou conhecê-lo por meio da criação de uma biblioteca universal que englobava todos os livros, folhetos, partituras, pasquins e gravuras existentes no mundo. De todas as culturas, em todos os idiomas.
Mas ele não realizou apenas esse projeto extraordinário. Também fez mapas, ocupou cargos públicos, foi um viajante inveterado e escreveu uma biografia de seu pai que, durante séculos, foi a única referência que tínhamos sobre Colombo.
A BBC Mundo conversou com Wilson-Lee durante a celebração do Hay Festival na cidade peruana de Arequipa.
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