A livraria deve ser um lugar plural e honestamente aberto a minorias, tanto para se trabalhar nela como para frequentá-la. Afinal, vendemos livros, que contêm os muitíssimos e variadíssimos pensamentos produzidos pelo homem. Seria triste, justamente numa livraria, campear o preconceito.
Nela, não podem ocorrer manifestações de preconceito por causa de cor da pele, sexo, etnia, idade, classe social, religião, orientação sexual ou política. Essa idéia precisa ser difundida e debatida com o pessoal da loja. Todos têm de saber que a manifestação de preconceito por causa da cor da pele, por exemplo, pode resultar em demissão.
Um preconceito comum é o que se manifesta quando atendemos mal uma pessoa que julgamos pobre pelo modo como ela está vestida. “Esse cara só vai tomar o meu tempo. Não vai comprar nada.” Quando um vendedor pensa assim e age conforme seu preconceito, está desrespeitando o cliente.
Quanto ao modo como nos referimos aos nossos clientes, é bom criar o hábito de dizer clientes, simplesmente. Assim, deveríamos sempre falar “aquele cliente” ou “aquela cliente”, não “aquele baixinho” ou “aquela gorda”.
Os seus clientes, na sua loja, não são o bonitão, a nariguda, o magre/o, a gostosa. Os seus clientes são os seus clientes. E eles gostam de perceber que são respeitados na sua livraria. Converse sobre isso com o seu pessoal.
Aldo Bocchini Neto (Revista Superpedido - Julho/Agosto de 2007)
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