O carro do meu amigo contrabandista de uísque é cor de chocolate e comprido como um barco a vapor. Tem enfeites prateados da proa à popa como um banheiro de luxo. É forrado de couro avermelhado e provido, para emergências e conveniência, de todos os acessórios que a criatividade de seu fabricante pôde imaginar que meu amigo algum dia viesse eventualmente a necessitar ou desejar. Tudo, menos um caixão. É minha crença inabalável que na primeira oportunidade esse carro vai se vingar destruindo viciosamente seu dono.William Faulkner, "Ratos do campo"
segunda-feira, outubro 9
Recorte de prosa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário