O canadiano Philippe Falardeau, argumentista e realizador, inspirou-se no relato (“My Salinger Year”) de uma personagem verídica: Joanna Rakoff, escritora que, em meados dos anos 90, com vinte e poucos anos, trabalhou numa agência literária de Nova Iorque — precisamente aquela que geria as edições de Salinger. Face à resistência do escritor a qualquer exposição pública (inclusive nos escritórios da sua agência), Joanna vai viver uma inesperada e apaixonante iniciação aos meandros da criação literária.
Duas atrizes dominante as emoções do filme, afinal pontuadas de muito humor: Margaret Qualley, no papel de Joanna, e a veterana Sigourney Weaver, interpretando a diretora da agência. Através das peripécias, por vezes francamente desconcertantes, de “O Meu Ano com Salinger”, Falardeau consegue um resultado discreto, mas contagiante: a memória biográfica de Joanna é também, afinal, um belo conto moral enaltecendo o amor dos livros e da literatura.
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