O livro que não leste permanece
ali, fechado – barco vazio, fantasma
da ilusória realidade ancorado à beira
do precipício entre sonho e vigília,
palácio de ar adornado por dentro
ali, fechado – barco vazio, fantasma
da ilusória realidade ancorado à beira
do precipício entre sonho e vigília,
palácio de ar adornado por dentro
com flores negras letras sobre o sujo
dourado do pensamento – caixa de
pandora repleta de esperanças perdidas,
reino sem rei onde estão adormecidas
solidões, tragédias, corações de cristal,
rostos embrutecidos, anseios, seios
nas mãos que procuram sugar o leite
do destino nulo a cada fim de jornada,
que se desenrola em vão como a escrita
sobre este papiro de areia, mudo
papel que um ator bêbado diz para
uma platéia de cegos, surdos e ausentes
O livro que não leste permanece ali
calado, câmara escura à espera
de tua sempre lâmpada ardente
dourado do pensamento – caixa de
pandora repleta de esperanças perdidas,
reino sem rei onde estão adormecidas
solidões, tragédias, corações de cristal,
rostos embrutecidos, anseios, seios
nas mãos que procuram sugar o leite
do destino nulo a cada fim de jornada,
que se desenrola em vão como a escrita
sobre este papiro de areia, mudo
papel que um ator bêbado diz para
uma platéia de cegos, surdos e ausentes
O livro que não leste permanece ali
calado, câmara escura à espera
de tua sempre lâmpada ardente
Antonio Moura
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