Escrita
entre junho de 2012 e março de 2013, portanto, meses antes das manifestações
que eclodiram no Brasil, em junho; do massacre de Damasco na Síria, e, mais
recentemente, da guerra entre Israel e Palestina, a obra “O que eu disse
ao General”, novo trabalho de Anderson Fonseca, publicado pela Oitava Rima
Editora, reúne 36 histórias que versam nas entrelinhas sobre ditadores e a opressão do poder. Cada uma delas dedicada a um grande mandatário. Os fatos são contados em flashes, ora ironizados, ora poetizados.
Ao
mesmo tempo em que o autor faz um prenúncio dos novos tempos, apresenta uma
metáfora do passado. Segundo ele, o que o inspirou a escrever o livro foi a
declaração de Muammar al-Gadafi, que comparou os manifestantes líbios aos
ratos, dizendo que, se necessário, faria uma limpeza sanitária no país. “A
comparação do ditador chamou-me a atenção e imaginei ratos destituindo um homem
do poder. A semelhança, no entanto, não parava por aí, lembrei-me da Flauta
Mágica e os ratos indo embora da cidade. Com isso em mente, escrevi a primeira
história que motivou o livro. Depois dela, vieram as outras”, diz Fonseca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário