sábado, setembro 6

Paralisia de governos?

Editoras brasileiras reclamam que as três instâncias de governo estão comprando menos livros pelos programas de difusão da leitura. A queixa tornou-se pública nesta quinta (4) em texto que o editor da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, postou em seu blog. "É preciso cobrar continuidade aos governantes", escreveu. O problema não está nos livros didáticos, mas nos paradidáticos, sobretudo literatura brasileira. Já no ano passado, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), houve queda. Em 2012 o governo federal havia adquirido 11 milhões de títulos. Em 2013, 7,5 milhões. 

Outras editoras confirmam que o problema se agravou neste ano. "Tem havido queda brutal nas compras, acredito que de 80%, em todas as instâncias de governo", afirma Bernardo Ajzemberg, diretor-executivo da Cosac Naify. Sônia Jardim, vice-presidente do grupo Record e presidente do Snel, diz que "tanto Rio quanto São Paulo, que tinham programas maravilhosos, estão comprando menos", o que "é terrível, podemos perder uma geração inteira de leitores".


 Em nota, o Ministério da Educação informou que "não há redução no orçamento e nem na quantidade de livros não didáticos adquiridos e distribuídos pelo MEC". O MEC diz prever o investimento de R$ 200 milhões na compra e distribuição de títulos não didáticos. "Pelo contrário, há sim um incremento de volume e orçamento para este tipo de ação, principalmente nos dois últimos anos", informa o MEC.

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