Patrick Branwell Brontë |
Conhece certamente as três manas Brontë (Charlotte, Emily e Anne), mas sabia que as pequenas tinham um irmão? Pois é verdade: chamava-se Branwell e, aproveitando o facto de este ano ser o bicentenário do seu nascimento, o The Guardian dedicou-lhe recentemente um interessante artigo, ilustrado, aliás, com o quadro das três irmãs que costuma aparecer sempre que se escreve sobre elas – e que é da autoria do próprio Branwell! Sim, o mano Brontë era um artista e poeta, mas nunca atingiu o estatuto conseguido pelas irmãs (sobretudo por Emily e Charlotte, embora haja quem prefira de longe a obra de Anne); além disso, por causa de um desgosto de amor, acabou por se tornar alcoólico e dependente de opicáceos, morrendo com apenas 31 anos. Agora, porém, uma exposição sobre os 200 anos dos Brontë, de que o poeta Simon Armitage é uma espécie de curador no que respeita à obra literária de Branwell, vem mostrar que, longe de ser apenas o patinho feio dos Brontë, ele influenciou decisivamente as irmãs, era imaginativo nos enredos que inventava para lhes contar e um estímulo extremamente importante para que as raparigas tivessem opiniões próprias e as exprimissem nas suas obras. Portanto, deixemos de recordar Branwell apenas como o fracassado da família, uma vez que o seu papel contribuiu, afinal, para que os livros das maninhas fossem o que são.
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