Tudo foi a certeza que ele teve. Primeiro que algo iria acontecer. Depois que iria demorar. Não muito, mas que demoraria. E, por fim, que quando acontecesse, seria uma coisa fantástica. Tão grande e solene como o carro preto que chega à noite e todos se reúnem sérios, graves e curiosos.
Ele entrou para dentro de casa e não saiu nem viveu, esperando o que iria acontecer. Seu amigo disse, na hora em que ele morria:
— Agora já é tarde para que as coisas lhe aconteçam.
Oswaldo França Júnior, "As laranjas iguais"
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