segunda-feira, julho 16
Último reduto?
O mundo perde leitores todos os dias para o audiovisual (conheço um jovem leitor furioso que se mudou recentemente para o Youtube e já não creio que volte aos livros; na sua última visita, não tirou os olhos do ecrã e pouco falou connosco). Contudo, num país pequeno como o nosso, também é verdade que se publicam demasiados livros por ano e que alguns deles têm efectivamente um público tão reduzido que certamente seria mais ecológico e prático editá-los apenas em versão digital (menos desperdício, enfim). Também há autores que, tendo visto os seus livros publicados em papel há muitos anos em editoras que já desapareceram ou simplesmente não os querem reeditar, gostariam de ter agora pelo menos uma versão e-book disponível para que um leitor interessado ainda pudesse aceder ao texto. Ora, a Sociedade Portuguesa de Autores tem, desde finais de Abril, uma plataforma de autopublicação para os seus associados, colocando os livros digitais numa rede de bibliotecas e livrarias onde podem ser vendidos ou alugados sem custos para os membros. Será que, com a perda acentuada de leitores, ainda vamos ter todos de recorrer a este tipo de publicação?
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