'Os livros sempre estão a ponto de não existir'
O escritor espanhol Antonio Muñoz Molina esta semana esteve na apresentação de seu novo livro “Como a sombra que se vai” em que conta os dias de fuga em Lisboa de James Earl Ray, assassino de Martin Luther King, numa mescla de ficção e realidade num processo em que o escritor é ao mesmo tempo personagem e narrador. "Essa novela é rara. Se foi originando ao azar, com paradas. E eu me deixei levar. Comecei a escrever sem saber se ia terminá-la. Porque os livros estão sempre a ponto de não existir ou ser de outra maneira. Mas improvisei e recorri ao esforço pessoal enquanto escrevia e saiu."
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Gosto da liberdade de contar sem planos rígidos, de metamorfosear a narrativa quando é preciso, de resgatar datas que possam dar uma outra volta à história. Essa é a liberdade plena da escritura.
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Casa de Molina em Madri |
A verdade é que gosto dos livros que não param de modificar-se diante de mim
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