Em um breve artigo intitulado "A leitura fora do livro", disponível na web, Lucia Santaella oferece uma tipologia do leitor.
Para a teórica da comunicação, especializada na semiótica de Pierce, há ao menos três tipos de leitor: o meditativo, o fragmentado e o virtual.
Surgiram em momentos diferentes na história da leitura, mon cher, mas um não substituiu os outros. Ao longo do tempo, os três aprenderam a conviver.
O leitor meditativo nasceu na era pré-industrial. É o homem renascentista, contemplativo, sem pressa, acostumado a manusear longamente um livro e a observar demoradamente uma pintura.
O leitor fragmentado, muito mais jovem, nasceu na revolução industrial. É o cidadão metropolitano, apressado, de memória curta. É o leitor de jornal, primeiro grande rival do livro.
O leitor virtual, mais jovem ainda, surgiu no início da revolução digital agora em curso. É o leitor da era do hiperlinque, apressadíssimo, já acostumado a navegar no hiperespaço.
Para o leitor meditativo a leitura é tão sólida quanto um livrão de capa dura.
Para o leitor fragmentado a leitura é flexível feito um jornal impresso.
]Para o leitor virtual a leitura é volátil feito uma nuvem viajante, multimídia.
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