A Ársis, um selo editorial da Oitava Rima, acaba de levar às livrarias "Quebra de contrato", de Kito Mello, uma densa e precisa obra de ficção inspirada em fatos reais que conta a saga de Jacob Zollinger, um judeu polonês. A narrativa tem início em 1939, quando eclode a II Grande Guerra, e segue até 55 anos mais tarde, na Argentina quando do atentado terrorista que matou 85 pessoas e feriu mais de 300 na sede da AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina) – hoje em voga por conta do assassinato do procurador federal Alberto Nisman, morto recentemente após acusar o governo argentino de acobertar os suspeitos iranianos do caso.
Um jovem rabino é deportado para o Gueto de Lodz. Em seguida é transferido para Treblinka onde, para continuar vivendo, é obrigado a trabalhar como sonderkommand. Nessa ocasião vive a mais terrível das dores que um ser humano, religioso e temente a Deus pode viver. É ele quem conduz sua própria família para a morte.
No campo de concentração Jacob vive um dos momentos mais tocantes e decisivos de sua vida: participa de um Beit Din, ou seja uma “Casa de Julgamento”, um tribunal rabínico em que Deus é colocado no banco dos réus. Afinal, Deus quebrou o pacto com o povo judeu? Com o fim da guerra Jacob recomeça sua vida na Argentina e escolhe flertar com a morte pelo resto de seus dias, envolvendo-se com o Mossad. Torna-se um espião, caçando nazistas que não pagaram pelas suas atrocidades na guerra e investigando possíveis ações terroristas contra os judeus sobreviventes do holocausto.
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