domingo, abril 26

Aberta a maior feira de livros da América Latina

Inauguración de la feria del libro de Buenos Aires

A Argentina sempre teve fama de ser um país de ávidos leitores. E não em vão, Buenos Aires se pretende ser a cidade com mais livrarias do mundo por número de habitantes. Essa paixão pelas letras chega ao paroxismo cada ano por essa época. E a caótica capital argentina se transforma durante quase três semanas nessa "Cidade das Palavras", que assinala o ensaísta Alberto Manguel.

A 41ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires começou ontem com o mesmo propósito de cada ano: convocar editores, escritores, agentes literários, tradutores, distribuidores e dezenas de milhares de leitores ao evento literário mais relevante da América do Sul.

Mas segundo o jornal Perfil, no suplemento "O estranho e misterioso negócio do livro", de Leandro Ceruti, ano após ano, mais e mais livros são produzidos, muitos mais do que são lidos e vendidos.


Esteves lembra Diderot. "Em 1764 declarou que, em dez livros, cinco perda de quatro pagar de volta e apenas um é bem-sucedido." Nos dois séculos e meio que se seguiram a essa decisão, a indústria editorial não tem feito outra coisa senão confirmá-la. Com muita sorte, um em cada dez livros é bem sucedido. Talvez Diderot resultasse generoso mesmo no mar de títulos com o mercado inundado de livrarias, bancas de jornal e depósitos. Em poucos dias, mais de um milhão de pessoas começam a visitar a Feira do Livro de Buenos Aires e serão aqueles que levantarão a média que as estatísticas continuam a mostrar na edição em língua espanhola. Porque, na Argentina e no México, por exemplo, os livros que vendem mais de 10 mil cópias não chegam a cem em um ano. Porque argentinos, mexicanos e colombianos - a mesma média acusam chineses e russos - não gastam, em média, per capita, 7 dólares por ano em livros, ou deixa de comprar três títulos na época. No ano passado, na Argentina apenas quatro títulos chegaram ao mercado com mais de 100 mil cópias e quase 70% da nova publicados são abaixo de 3 mil (o número "real" neste "indústria"?). "Manual de sobrevivência para editores no século XXI", a recente obra do pesquisador Fernando Esteves, se destaca como a ponta de lança da coleção A Vida e os Livros, complementada por outros títulos, é um marco dentro do evento.
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