Hoje dei com um artigo sobre terapia através de livros. Não falo de livros escritos com o objetivo de autoajuda. Não é disso que se trata. É a leitura de literatura, tanto antiga quanto contemporânea, auxiliando no entendimento de emoções, de prazer, da felicidade. Biblioterapia parece estar em alta. É esse o campo, que meus amigos bibliotecários certamente devem conhecer, mas eu ignorava.
O artigo na revista online The Millions, titulado Books Should Send Us Into Therapy: On The Paradox of Bibliotherapy, de James McWilliams expandiu meu conhecimento sobre o uso pragmático da leitura e levantou perguntas relacionadas ao Brasil: Nós temos biblioterapia? Há livros de ficção literária brasileira que possam ser usados na terapia?
Marie Fox |
O autor do artigo cita Lendo Lolita no Teerã, de Azar Nafisi, o único mencionado com tradução brasileira, que li em 2004. Faz muito tempo. Mas me recordo dele demonstrar o crescimento emocional dos personagens e o desenvolvimento da felicidade através da leitura.
Enfim, vou explorar essa nova visão da literatura. Uma consequência formal do hábito de ler que qualquer leitor assíduo já sabia, instintivamente. Deve estar aí o sucesso de grupos de leitura onde o hábito de ler regularmente e discutir emoções, aventuras, consequências e associações dos personagens nas tramas literárias oferece uma variedade imensa de situações e paralelos com a vida real que podem contribuir para o desenvolvimento emocional dos leitores.
Uma coisa sei por experiência: ler e discutir uma leitura em comum num grupo de leitores, regularmente, promove amizades sinceras, em qualquer idade. Nasce e se desenvolve um sentido de coesão, entendimento e aceitação do outro que supera meios tradicionais de se fazer amigos.
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